CAPÍTULO 22 "Entre Abraços e Lágrimas: A Perda de um Amigo"

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Marcos e pedro haviam acabado de derrotar Mr.fish, mas agora precisavam escapar dos seguidores restantes, que estavam determinados a vingar a derrota do peixe branco.

Marcos, sabia que precisava proteger seu parceiro, que estava debilitado dos ferimentos sofridos na batalha anterior. Pedro mal conseguia andar, seus passos eram lentos e vacilantes, e ele apoiava-se em Marcos para se manter de pé.

Com sua força e coragem, Marcos levantou Pedro em seus ombros. Ele sentiu o peso do seu companheiro, mas isso não o impediu de avançar. Eles desceram da laje e sairam rapidamente dali enquanto percorriam corredores estreitos e labirínticos, tentando se esconder e despistar os milicianos que os perseguiam implacavelmente.

A cada esquina, Marcos avaliava rapidamente a situação, verificando se o caminho estava livre ou se era necessário encontrar rotas alternativas. Os gritos e disparos ecoavam ao longe, aumentando a tensão no ar. O tempo parecia ter desacelerado, tornando cada segundo uma eternidade.

Enquanto avançavam, Marcos e Pedro ouviam passos rápidos se aproximando. Os milicianos restantes estavam cada vez mais perto, e a adrenalina percorria suas veias. Marcos sabia que não podiam se dar ao luxo de parar. Ele aumentou sua velocidade, correndo pelos corredores, enquanto Pedro segurava firmemente seu pescoço, sentindo-se seguro nas costas do amigo. A verdade era que Pedro não estava bem. Mal conseguia manter seu único olho restante, aberto.

Eles se esgueiravam tentando manter-se ocultos. Porém, a cada passo, os milicianos se aproximavam, impiedosos. De repente, em um momento de desespero, Marcos avistou um longo, porém apertado corredor feito de várias paredes de casas diferentes. Sem hesitar, ele desviou do caminho principal e correu o mais rápido que pôde para se esconder naquele corredor ja que aparentava ser um bom lugar para isso. O cansaço começava a pesar em seus músculos, mas ele se recusava a desistir.

Marcos segurou Pedro com força, ambos ofegantes cobertos de sangue e suor. Eles olharam um para o outro, compartilhando uma mistura de alívio e determinação.

Com cuidado e preocupação estampada em seu rosto, Marcos gentilmente encostou Pedro em uma parede próxima. A tensão estava palpável no ar enquanto ele examinava os ferimentos de seu amigo. Pedro, com um olhar resignado, sabia que sua situação era grave. Os ferimentos eram profundos e a perfuração em seu olho não cessava de excretar líquidos desagradáveis.

Marcos segurou a mão de Pedro, olhando diretamente em seu olho. Uma tristeza profunda se refletia em seu olhar, pois ele sabia que as lesões eram muito sérias. Ele falou com a voz embargada:

"Pedro, meu amigo, estou vendo como você está... Sinto muito que esteja passando por isso."

Pedro respondeu com um sorriso fraco, lutando para encontrar palavras:

"Marcos, não se culpe. Estou ciente da gravidade dos meus ferimentos. Você me trouxe até aqui, e isso é o que importa. Estamos juntos nessa, lembra?"

Marcos balançou a cabeça, tentando conter a emoção. Ele sabia que a coragem e a determinação de Pedro eram admiráveis, mas não podia deixar de se preocupar.

"Eu sei, Pedro. Mas você precisa de ajuda médica urgente. Precisamos encontrar um ponto seguro e chamar reforços para cuidarem de você."

Pedro assentiu, consciente da necessidade de assistência médica imediata. No entanto, ele sabia que escapar dali seria um desafio, especialmente com sua condição debilitada. A dor e o desconforto não o impediam de ser grato por ter Marcos a seu lado.

PUNHOS DA CAVEIRA - ao extremoOnde histórias criam vida. Descubra agora