Marcos e Pedro se esconderam tentando ser o mais silenciosos possíveis enquanto os milicianos invadiam as outras casas do beco. Eles podiam ouvir os gritos dos moradores enquanto os milicianos agressivamente perguntavam se haviam visto os policiais do BOPE. A mulher que os escondia, tremia de medo e sussurrava para Marcos e Pedro se manterem em silêncio e não fazerem barulho.
Os milicianos pareciam estar cada vez mais próximos da casa em que eles estavam escondidos. Marcos segurava a respiração enquanto tentava ouvir onde os milicianos estavam. Ele podia ouvir os passos pesados e os xingamentos dos homens enquanto arrombavam as portas das casas próximas.
De repente, um dos milicianos bate na porta da casa em que eles estavam escondidos.
O miliciano continua batendo na porta e ameaçando arrombá-la se não fosse aberta. Marcos e Pedro olham um para o outro, sabendo que poderiam ser descobertos a qualquer momento. A mulher se aproxima deles e começa a chorar, dizendo que tem medo e que não sabe o que fazer.
Marcos olhou para a mulher com uma expressão tensa e disse em um tom baixo, mas firme:
"Abra a porta. Eu sei que é perigoso, mas é a nossa única chance de despistá-los. Eles vão entrar em todas as casas até nos encontrarem, e se isso acontecer, estaremos mortos."
A mulher engoliu em seco, mas acabou cedendo às palavras de Marcos e abriu a porta lentamente. Os milicianos entraram com violência, vasculhando cada canto da casa em busca dos policiais do BOPE.
Os milicianos invadiram a casa da mulher e a encararam com armas em mãos, fazendo-a tremer de medo enquanto segurava sua criança no colo.
"Onde estão os policiais? Eles não estariam escondidos aqui não é", disse um dos milicianos em tom ameaçador. No entanto, este se destacava dentre todos os outros ali, possuia um cabelo longo e escuro, seus olhos eram ameaçadores, e ele fazia expressões de pura arrogância sobre sua face. Em seu pescoço descendo até a pele exposta do seu braço direito, estava completamente coberto por uma tatuagem de escamas de um peixe. suas roupas não eram escuras como as dos demais, ele usava uniforme branco com um aspecto um tanto rasgado propositalmente, e havia uma pichação de escrita em seu colete com os dizeres "fish"
A mulher, com a voz trêmula, respondeu: "Eu não vi nenhum policial aqui. Por favor, não machuquem meu filho."
"Não minta para nós, mulher! Nós sabemos que dois policiais foram vistos correndo em direção a esse beco!", disse outro miliciano, apontando a arma em direção à criança.
O miliciano de uniforme tático branco, olhou para o seu companheiro, que ainda mantinha a arma em punho, e disse em tom autoritário: "Baixe essa arma agora, não vamos matar uma criança."
O outro miliciano, relutantemente, abaixou a arma e respondeu: "Mas ela pode estar mentindo para nós. E se os policiais estiverem mesmo aqui?"
Ele então responde com firmeza: "Eu disse para abaixar a arma. Se você apontar para essa criança novamente, eu mesmo te mato. E quanto aos policiais, nós vamos encontrá-los."
A tensão no ar era palpável, e todos milicianos ali, permaneceram em silêncio. Aparentemente o miliciano de branco possuia autoridade dentre eles.
A mulher respirou fundo antes de falar com os milicianos, ainda abraçando seu bebê com força.
Mulher: "Por favor, eu juro que não estou mentindo. Podem revistar a casa toda se quiserem, mas por favor, não machuquem meu filho."
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PUNHOS DA CAVEIRA - ao extremo
AksiMarcos, abalado pela morte trágica de sua esposa, se vê perdido em sua vida, por não saber se ainda tem ou não vontade de continuar vivendo. Agora, o mesmo alivia sua raiva e revolta, pondo todo o seu foco na missão à qual ele e seus companheiros fo...