Capitulo 09 - Ultimos Capítulos

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Aquele foi o pior dia da vida de Kushina. Minato mostrou-se gentilíssimo, mas em momento algum mencionou o que havia acontecido na noite anterior. Tampouco explicou seu mal humor ao deixar o hotel pela manhã. Mostrava-se tão distante quanto em outros dias do passado. Só que dessa vez era pior, pois havia algo maior adormecido em seu íntimo.
Kushina ficava intrigada. Se ele tivesse se arrependido da noite que passaram juntos certamente teria lhe dito. Ou seria aquela frieza uma maneira mais sutil de demonstrar arrependimento?
Ela só sabia dizer que a frustração que trazia no peito a amargurava. Um mês atrás, não sabia dizer o que era desejo, paixão, satisfação, e agora que descobrira o significado dessas palavras, desejava-o mais do que nunca. Sonhava com Minato, pensava o tempo todo nele, morria de saudades quando ficavam afastados. Ele, contudo, parecia não perceber aquela febre que a consumia, muito embora Kushina estremecesse quando ele se aproximava e seus olhos brilhassem quando o fitava.
Ele anunciara, durante o breve almoço de negócios, que iriam voltar para casa no dia seguinte e Kushina não saberia dizer como conseguiria sobreviver dali para frente. Por outro lado, talvez fosse melhor assim. Minato passava poucas horas por dia no escritório e a distância se imcumbiria de matar aquela paixão.
Contudo, pensar no futuro não melhorava o presente.
Kushina já havia se despedido e rumado para o quarto, porém todo o seu corpo parecia arder de paixão. Afogueada, tirou a camisola e deitou-se nua sobre os lençóis, pensando em Minato. Os cabelos ruivos lhe emolduravam o rosto rosado, mas nada era capaz de diminuir o calor que a fazia arder por dentro. Sabia que deveria levantar-se e apagar a luz, porém não se abalou.
De repente, a porta se abriu e Minato entrou no quarto. Seu rosto já sério tornou-se ainda mais circunspecto ao vê-la estirada na cama. Ele usava um robe preto aveludado e nada mais; os cabelos brilhavam molhados pela água do banho. Nem mesmo a ducha gelada o ajudara a esquecê-la e agora, vendo-a ali nua, era fácil entender por quê. Tentara com todas as forças e de todas as formas manter-se distante dela, mas não era mais possível prolongar aquele sofrimento. Ouvira-a rolar na cama e gemer baixinho, da mesma maneira como Kushina o ouvira na noite anterior.
Fechando a porta com determinação, tirou o robe aveludado e aproximou-se da cama.
Kushina não se mexeu. Ele estava visivelmente excitado e não fazia questão de disfarçar o que sentia. Kushina viu a intenção estampada em seus olhos antes mesmo que Minato se deitasse ao seu lado e se curvasse sobre ela para poder admirar-lhe o corpo rosado.
Kushina então mexeu-se, excitada, os olhos vidrados de paixão, o sangue fervendo nas veias.

– Eu te desejo – ela confessou. – Sinto muito, mas não suporto mais esse sofrimento.
– Sim, eu sei como se sente. Eu também te desejo, Kushina. – Minato curvou-se para roçar a boca nos lábios entreabertos dela e franziu as sombrancelhas, admirado, ao senti-los abrirem-se sob os seus. – Quem sabe depois de mais aliviados nós dois consigamos dormir.

Contudo, Kushina logo segurou a mão que Minato já deslizava pelas suas costas. Curioso, ele ergueu o rosto com uma expressão indagadora.

– Não, assim não – ela murmurou com dificuldade. – Eu te quero por inteiro.
– Kushina…

Ela viu a hesitação estampada nos olhos dele. Minato era um homem de criação um tanto antiga e certamente devia estar pensando no aspecto moral da situação. Kushina, porém, não estava nem um pouco preocupada com o que os outros iriam dizer ou pensar.
Provocante, deslizou uma das pernas macias sob as dele e deitou-se na curva dos quadris de Minato. Lançando-lhe um braço às costas, pressionou os seios contra o peito dele, enquanto o tocava delicadamente com a outra mão.

– Por favor – murmurou de encontro aos lábios dele, anciosa por desfrutar uma intimidade que não vivia desde o trágico final de seu casamento.

Tocá-lo com tanta liberdade a deixava ainda mais excitada, levando-a a insinuar-se ainda mais.

Uma noite em ParisOnde histórias criam vida. Descubra agora