Namorado Por Contrato | Jikook

Encontros e Desencontros: Quando as Mascaras Caem.

Três dias.

Já tinham se passado três dias desde que Jimin havia sumido do mapa após o dia relativamente agradável que tinham tido. Jungkook, claro, estava puto. Dezenas de mensagens enviadas, centenas de ligações e nenhuma bendita resposta. A irresponsabilidade de Park seria duramente questionada quando ele dê-se as caras.

Ah, ele escutaria muito.

— Ei, cara! Você vai, né? — Yugyeom o cutucou, em seguida passando o braço por seus ombros, o trazendo para perto. — Tá no mundo da lua? — zombou, fazendo Jeon rir fraco, negando. — Então, você vai? — perguntou novamente.

— Ir onde? — perguntou, perdido na conversa recente.

— Caralho, Jungkook, não está batendo muito bem hoje. — um dos outros garotos disse, negando.

— Deve estar pensando em qualquer uma das peguetes dele. — Yugyeom comentou rindo, e sendo acompanhado. — A festa da Momo. — explicou finalmente. — Aquele esquema, todo mundo doidão e com um par de peitos do lado. — sorriu cafajeste, batendo levemente no peito do Jeon.

— Hm, é, claro. — o tatuado resmungou. — Eu não perderia algo assim. — coçou a garganta, desinteressado.

— Não poderia ser diferente com você. — o rapaz soltou o outro e a roda adentrou em algum outro assunto.

Enquanto a conversa rolava desenfreada, Jungkook checava o celular mais uma vez. Nada. Absolutamente nada. Resmungou frustrado passando a mão pelos fios castanhos, mordiscando a parte interior da bochecha. Guardou o aparelho no bolso, cruzando os braços.

Estava decidido. Iria na casa daquele abusado. Caloteiro de meia tigela. Quem ele pensava que era para o ignorar?

Permanecendo inquieto, em seu canto, observava a conversa dos amigos sem vontade alguma de participar. A expressão séria não passou despercebida aos olhos do loiro que notava sutilmente um comportamento diferente no rapaz. Era perceptível que alguma coisa havia mudado naquelas últimas semanas.

Não muito longe dali, um semblante exausto e debilitado caminhava pelos corredores. Jimin. As mãos trêmulas e o rosto levemente inchado eram indícios de que poderia ter acontecido. E tinha. O moreno apoiava-se nos livros que carregava, como se eles fossem o impedir de ir ao chão a qualquer instante. O caminhar era lento e, para sua sorte, ninguém se importava o suficiente para se aproximar, nem ao menos era notado. Isso era um alívio.

Jimin beirava a um colapso.

E mal sabia o que o esperava. Para sua infelicidade não era invisível. Então, no momento em que um certo tatuado bateu os olhos em si, não desviou mais, como uma águia, acompanhando-o furiosamente.

Sem sequer notar, um suspirar saiu dos lábios sem cor do rapaz e, ao perceber toda a movimentação no corredor, foi rápido em ir para a sacada. O único lugar onde poderia passar a respirar ar fresco e se aproveitar da solidão para poder digerir tudo o que aqueles três dias lhe proporcionaram. Mas, bom, isso era muito a se desejar.

— Eu já volto. — Jungkook comentou, visivelmente desconcertado, deixando o restante do grupo desentendido. — Não me esperem. — completou, antes de caminhar na mesma direção que Park havia ido.

— O que deu nele hoje? — um deles perguntou, sem entender, recebendo caretas igualmente confusas.

Os passos eram pesados, rápidos e o corpo se movia em meio às pessoas, pouco se importando em esbarrar em alguma delas. Chegando ao pequeno lance de escadas, subiu e, ofegante, se deparou com o Park, próximo a beirada, parado. Com a sobrancelha erguida, colocou as mãos no bolso, se aproximando sutilmente.