O som dos dedos impacientes batucando contra a madeira deixariam qualquer um louco. Claro que, Jungkook, não se importava nem um pouco com isso. Olhar para aquele aparelho estava lhe enchendo de ódio, esvaindo o restante de sua paciência, entretanto ainda mantinha as lumes atentas a ele. Esperançoso e sentindo-se idiota.
Tinham se passado alguns dias desde que enviou aquele fatídico e-mail para todos na faculdade e, ninguém, exatamente ninguém, havia lhe ligado ou respondido, além de, claro, o rapaz da cafeteria que lhe enfrentou no mesmo dia.
Aquilo deixava-o puto da vida, pois sabia a quem teria de recorrer no final das contas. Será que as garotas atualmente estavam mais reservadas? Ou seriam mais burras? Como nenhuma delas estava aceitando dinheiro fácil? Era por isso que estava tão encucado. Cansado, apenas se levantou, guardando o celular no bolso e terminando de beber o restante de whisky em seu copo, sentindo-o descer rasgando por sua garganta, fazendo-o resmungar.
Esgotado de sua valiosa paciência, andou em direção ao hall de entrada. Mordeu levemente os lábios em meio a pensamentos e, ao ver a chave de seu carro ali pendurada, imediatamente a pegou e saiu de casa. Não era prudente pegar a direção depois de beber algumas doses de álcool, mas é claro que Jeon não se importava com isso também. Tinha que perder um pouco de seu orgulho naquele momento e era melhor que fizesse isso com um pouco de álcool passeando por seu corpo.
Destrancou o carro, entrou e o ligou. Pegou a direção firmemente e saiu do pátio bem cuidado, observando um dos jardineiros trabalhando por lá. Abriu a janela do carro e de seguida um sorriso quando o vento bateu em seus fios longos. Precisava cortar. Pisando fundo no acelerador, o veículo respondeu, indo cada vez mais rápido na estrada. Levava uma buzinada ou outra pelas ultrapassagens arriscadas e, como resposta, apenas dava o dedo do meio aos autores.
Não demorou muito para que chegasse ao seu destino e estacionasse bem em frente a aquele mesmo estabelecimento de dias atrás, que ainda estava bem convidativa e agradável aos seus olhos. Entrou pelas portas, ouvindo novamente aquele sininho tocar, anunciando sua presença no local, assim como da outra vez.
Para sua surpresa, não encontrou o rapaz de madeixas negras atrás da bancada e sim, outro rapaz, com uniforme. Revirou os olhos, já sabendo que teria mais dificuldades para enfrentar seu orgulho do que esperava. Sem mais delongas foi até o mesmo em grandes passos, mas demorados, arrumando os trajes que usava despretensiosamente.
- Do que precisa, senhor? - o rapaz perguntou sorridente, de forma amável e educada.
Jeon poderia dizer que ele parecia bastante carismático só por esse gesto, isso se não fosse por educação, claro. Era o padrão de qualquer atendente.
- Vim aqui uma vez e fui muito bem atendido por um rapaz. - iniciou sua explicação. - Ele é dessa altura. - sinalizou um pouco abaixo de seu pescoço. - Tem cabelo escuro, preto mais precisamente. Acho que seu nome era Ji... Jin... Ji-
- Jimin?
- Isso! Exatamente! Onde ele está?
O garoto do outro lado do balcão apenas sorriu desconfiado, olhando-o de cima para baixo. Isso não deixou Jungkook acanhado, ou coisa do tipo, apenas o fez erguer uma sobrancelha. O olhar daquela forma chegava a ser desrespeitoso. Ainda era um cliente.
Na verdade, era... arrogante e inadmissível. Ele sequer sabia quem era?
- Ele não veio. Hoje é o dia de folga dele. - Jeon bufou desviando o olhar.
Ótimo, mais trabalho.
Tirar uma folga bem quando ele saiu de sua preciosa casa para o procurar? Agora teria que dar seus pulos.
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Namorado Por Contrato | Jikook
Fiksi Penggemar[EM ANDAMENTO] Em meio a um destino implacável, Jeon Jungkook enfrenta uma encruzilhada desafiadora: contratar alguém para representar sua namorada e escapar de um casamento arranjado. Quando um inesperado candidato, Park Jimin, se oferece para o pa...