•Capítulo 06•

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[Fim dos Pesadelos.]

(O seu pensamento)

Aquele foi o segundo pesadelo que eu já tive em minha vida inteira, e sem duvidas o mais assustador também. Eu não sabia porquê eu tive um pesadelo do tipo, ver todos serem mortos, e a vila ser destruida, acho que deve ser por causa de um certo medo ou algo parecido.

Eu esperava que nunca mais teria esse sonho maluco novamente, mas estava enganado. Oito dias se passaram, e dia por dia todas as noites eu tinha esse maldito pesadelo, mas ele era diferente, não era a Julie que era puxada pela casa, e sim outro fantoche, não era o Barnaby sem cabeça que dançava com Wally no palco, e sim era outro boneco. Ai tudo se repete, eu converso com ele, eu vejo o resto dos moradores pendurados, eu corro do porão da casa, a casa se transforma em um monstro, e depois eu acordo.

Durante oito dias esse pesadelo me atormenta. Toda vez que eu ia visitar os vizinhos, eles percebiam alguma coisa de errado comigo, eu parecia perturbado, parecia que não dormia a dias. Eu sempre encarava Wally quando conversava com alguém, embora tenha sido só um sonho, eu ainda tinha minhas duvidas sobre ele, afinal ele é um dos personagens mais misteriosos de Welcome home.

O oitavo dia havia chegado, Eu estava com medo de dormir porque saberia que eu poderia ter esse sonho de novo. Eu encosto a cabeça no travesseiro e tudo fica escuro. Infelizmente o pesadelo se repete, Eddie é puxado para dentro da casa, eu entro, sigo até aquela porta velha e chego ao porão. O palco se ilumina e mostra novamente aqueles sapatos pretos e brancos e calça arco-íris.

Quando ele dá um passo a frente, vejo que parecia o... Wally? Tinha algo de diferente nele. Ele era ele mesmo, mas o que mudou nele foi o seu cabelo, ele não era o mesmo cabelo azul, super sedoso, e com um formato maluco, e sim seu cabelo estava vermelho, e com outro formato, com um formato de coração. De trás dele, surgiu outras duas figuras, dois corpos de Wally, só que sem cabeça, e ficaram logo do lado do Wally de cabelos vermelhos.

O sonho seguiu como se fosse programado. Eu comecei a falar as mesmas coisas.

— Olá _____! Gostou de sua festa? — Ele me perguntou com uma voz calma, mas ela parecia  mais áspera que o normal. Agora entendo porque a voz não parecia a de Wally.

— Quem é você? o que está acontecendo? O que aconteceu lá fora, e o que aconteceu com o Wally? E porque tem dois?

— Oh, Wally não estava se sentindo bem, ele estava se sentindo meio maluco, e acabou perdendo a cabeça, mas quem nunca perdeu a cabeça não é mesmo ____? — ele me diz de forma meio irônica.

Aquela figura parecida com Wally estava fazendo movimentos bizarros, como se estivesse dançando, os corpos sem cabeça de Wally o seguia, repetindo os mesmos movimentos que ele fazia.

— Porquê você incendiou a vila? — eu grito para ele.

— Aquelas casas eram muito cafonas e coloridas. Com um fósforo e um pouco de querosene eu dei uma repaginada nelas hehe! — ele diz.

Eu estava em choque. Foi esse fantoche que eu nunca tinha visto antes que destruiu toda a vila, e disse isso com maior tranquilidade, como se aquilo fosse nada para ele.

— Porque fez isso? Quero saber porque fez isso! — eu grito para ele. Ele não diz nada é apenas me encara.

— Onde estão os moradores da vila? O que você fez com eles? — eu grito novamente, sentindo as lágrimas surgirem nos meus olhos e logo escorrerem por minha bochecha.

— Olhe para cima! — ele apontou para cima, os corpos sem cabeça de Wally fizeram o mesmo.

Uma luz surge acima de mim e olho para cima. Meus olhos se arregalam com a visão, eu levo uma mão a boca, enquanto eu chorava. Todos os moradores estavam lá pendurados pelas mãos por ganchos, que perfuravam sua pele, deixando sair parte da espuma sintética. Claro que eu já sabia disso. Eu olho para aquele fantoche que tinha um sorriso no rosto.

— Eu que desejei isso ______! — Ele diz com uma voz mais sombria.

Eu não podia acreditar naquilo. Minha lanterna voltou a funcionar, então decidi fugir dali. Eu iria correr até sair daquele lugar e voltar a minha casa, fora desse mundo. O porão começou a desmoronar, eu voltei o mais rápido possível.

— Não pode fugir para sempre _____! Eu sempre vou te achar! Ela vai pegar você! HAHAHAHAHAH! — Ele gritou enquanto eu corria.

Depois disso o resto foi o mesmo. Eu sai correndo do porão, sai da residência, e depois a casa virou um monstro. Eu estava esperando a casa me atacar e eu acordar, quando ela fez isso eu coloco os braços na frente do meu rosto tentando me defender, sendo que isso nem teria efeito, eu seria atacado e acordaria todo suado e paranóico na minha cama.

Mas isso não aconteceu. Quando eu abro os olhos e tiro os braços da frente vejo a casa, já transformada em um monstro, só que congelada na minha frente. Eu dei um passo para trás, enquanto minha consciência parecia voltar. Eu estava tendo um sonho lúcido. Eu poderia controlar ele. Todas as chamas que engoliam as casas estavam paradas no ar, só eu conseguia me mexer.

Eu olho ao redor do grande terreno da vila. Tinha algo de errado, isso nunca aconteceu antes. Senti algo fino e de superfície lisa em minha mão, o que era estranho porque eu só estava segurando a minha lanterna, eu olho para minha mão e vejo que estava segurando um envelope, um envelope vermelho carmesim com um selo de borboleta nele.

Quando eu rasguei o selo, peguei o papel branco desgastado de dentro dele, joguei o envelope no chão e abri a carta. Na verdade aquilo parecia um mapa, tinha várias casas, mostrava um lago, e um cemitério. Mas algo me pegou de surpresa, de todas as casas, uma se destacava, era um casa vermelha, que ficava logo no centro. É a casa de Wally, mas e essas outras casas? Não pareciam com nenhuma das casas dos moradores. Aqui deve ter umas 15 ou 20 casas.

minha cabeça começou a doer de repente, e tudo ficou escuro, e eu acordo novamente.
Eu não estava aguentando mais, primeiro uma voz medonha canta na minha cabeça quando eu cheguei aqui, agora esses sonhos malucos. Eu precisava falar com alguém, eu vou falar com o Frank.

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