Kim Seungmin é um jovem ômega que teve sua vida destruída ao ser obrigado a casar-se com o cruel alfa Lee Doyoon. Agora, ele enfrenta uma nova provação quando Doyoon o "penhora" como garantia para um negócio obscuro. Sem poder resistir, Seungmin cai...
ATENÇÃO. contém gatilhos e conteúdo sensível, incluindo violência doméstica, abuso físico e emocional, coerção sexual, ameaças e humilhação.
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Sem fazer a mínima ideia de qual era o seu destino, Seungmin arrumou as malas com o esposo lhe apressando, berrando que não tinha como esperá-lo o dia todo. Ao terminar de organizar a do filho, caminhou ao seu aposento, o menor quarto de hóspede da mansão, que ficava no final do corredor, onde não batia sol.
Assim que se mudou, no primeiro ano de casado, ele foi forçado a dividir o mesmo quarto que Doyoon; porém, por sorte, o marido perdeu rápido o interesse nele e arrumou um novo brinquedo. Assim, passou a se incomodar com a presença e existência do ômega, com o som da respiração dele, o cheiro doce e enjoativo, em simplesmente olhar na cara dele. Em uma madrugada alcoolizado, após passar dois dias inteiros perdendo dinheiro em cassinos, Doyoon acordou Seungmin aos tapas, o arrastou para fora do quarto e rosnou: “Quem aguenta um retardado como você resmungando no pé do ouvido?”
Para Seungmin, foi um verdadeiro alívio. Não precisar compartilhar a cama com o esposo serviu para diminuir as agressões, para evitar não ser repentinamente acordado aos murros, não ter as roupas rasgadas e o seu corpo brutalmente violado. Aquele pequeno cômodo, isolado e estreito, se tornou o seu refúgio, que o permitia se manter por mais tempo fora das vistas do leão alfa. Não era sempre que conseguia evitá-lo; de vez em quando, quando estava sem amante, sentindo-se entediado ou no cio, Doyoon o procurava e jamais aceitava recusa, ou se condoía com as lágrimas, afinal, como ele costumava dizer: “Você é meu esposo, Seungmin, não tem que querer, é sua obrigação me servir e me satisfazer.”
Seungmin fechou o zíper da mala, que raramente usava, exceto quando era ‘convocado’ a acompanhar o alfa em alguma viagem por exigência do sogro, Lee Jongsuk, e se virou, encarando aflito o alfa escorado na batente da porta.
"Estou pronto", comunicou apreensivo. "Precisa que eu faça a sua também?"
"Não, eu não vou viajar, apenas vocês vão", revelou com voz mansa e, sorrindo maldoso, afastou-se lentamente da entrada, fechou a porta, girou a chave e caminhou na direção de Seungmin. Este cerrou os punhos e empalideceu ao ver-se preso no aposento com o marido. Conhecendo-o, ciente de que lutar só o deixaria mais violento e excitado, o ômega não tentou se desvencilhar do toque ao ter o pescoço agarrado em um aperto firme.
"Por um tempo, Seungmin, você ficará longe de mim, sob a responsabilidade de outro alfa, mas não se esqueça, em hipótese alguma, que você é minha propriedade, que eu sou o seu verdadeiro dono. Estou apenas cedendo-o, emprestando por um tempo. Não invente de dar a pata e abanar o rabo para outro que não seja eu. Você é meu animal de estimação! Consegue entender?"
