19

682 75 2
                                    

Amor, anjos como você não podem voar para o inferno comigo

Quando eu abro olhos a primeira coisa que penso é: céus, eu não escovei os dentes pra dormir; e o segundo é: CÉUS, EU DORMI NO APARTAMENTO DO NICOLAS NA NOSSA TERCEIRA FODA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando eu abro olhos a primeira coisa que penso é: céus, eu não escovei os dentes pra dormir; e o segundo é: CÉUS, EU DORMI NO APARTAMENTO DO NICOLAS NA NOSSA TERCEIRA FODA.

— Meu Deus — digo em um sussurro quase inaudível e coloco as mãos na testa como se quase me arrependesse disso.

Eu não me arrependo disso.

Por Deus, eu não me arrependo de ter tido Nicolas a noite inteira dentro de mim, das palavras sujas e das piadinhas nas horas erradas dele. Eu não me arrependo de estar na mesma cama que ele, eu me arrependo de estar levando a sério demais isso "não deixa-lo escapar"

— Meu Deus... — puxo um lençol para cobrir minha nudez e começo a sair da cama calmamente, porém eu acabo puxando boa parte do edredom que cobria Nicolas sem sequer perceber que há um edredom entre nós. Então, percebe e levanta a cabeça.

A primeira coisa que eu faço é paralisar e morder os lábios. A segunda é encarar seus braços fortes e suas costas. Nossa. O Nicolas tem belas costas e eu não sabia que era tão fissurada por isso até vê-lo assim.

O silêncio falha quando sua cabeça se vira com preguiça e ele me vê quase em pé, então um sorriso preguiçoso se abre e ele esfrega os olhos cansados.

— Já ia fugir de novo? — sua voz grave pelo sono ressoa pelo quarto inteiro.

— Eu tenho que pegar Jack — sussurro como se ele ainda estivesse dormindo e ganho outro meio sorriso. — É sério, Nicolas. Eu tenho que pegar o Jack... Ele está na casa de uma tia... E... E eu não gosto de tê-lo longe por muito tempo.

— Irmã da mãe biológica dele? — por céus, Nicolas é esperto ao extremo.

— Sim — concordo e ele suspira fundo.

— Eu tenho audiência daqui duas horas também — eu franzo o cenho.

— O que isso significa?

— Isso me impede de te puxar de volta — rindo eu levanto da cama, sentindo os olhos atentos dele em meu corpo. — Quando você volta?

— No dia de São Nunca, que tal? — provoco.

— Se você não voltar aqui até sete dias, Diana, eu te sequestro e te levo para alto mar — ameaça me fazendo rir mais ainda e eu sigo para o banheiro após recolher minhas roupas. — E ISSO FOI UMA AMEAÇA, OK??!

— Ok! — grito de dentro do banheiro vestindo minha roupa rapidamente.

— Não quer tomar café aqui?

— Não, Nicolas — respondo colocando meu sutiã.

— Nem um beijinho de bom dia?

— Nicolas, nós não namoramos.

VÍTIMA DO ERRO (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora