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Às vezes penso que somos as estrelas mais brilhantes

Eu não demoro muito em ver Diana em meio ao caos, em ver tia Ivy abraçada a ela, mesmo que isso esteja molhando consideravelmente a italiana

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Eu não demoro muito em ver Diana em meio ao caos, em ver tia Ivy abraçada a ela, mesmo que isso esteja molhando consideravelmente a italiana. Mesmo com a confusão que começa a se armar, por conta de Thiago ter tomado um tiro e de Jensen estar — praticamente — gritando na cabeça dos profissionais.

— Você está bem? — sou puxado antes que consiga chegar em Diana e encaro os olhos de meu pai. Eu apenas o encaro. Não tenho uma resposta para ele agora e odiaria ter que mentir, o que o faz levantar minha mão direita para encarar meus punhos. — Pelo menos você não tomou um tiro.

— Eu vou ficar bem — respondo e volto a me afastar, indo em direção da Diana e pronto para armar uma guerra, até encontrar seus olhos lagrimosos. — Que merda, Diana...

— Que merda, Nicolas — sussurra enxugando mais lágrimas e tia Ivy se afasta após um aceno.

— Vou ver meu sobrinho — é tudo que diz antes de escapulir e sumir em meio a confusão.

Eu apoio minhas mãos nos quadris e Diana franze o cenho ao me encarar.

— Ouça, eu sei que deve estar com raiva de mim, mas eu não me importo — começa com a maldita confiança que sempre teve. — Eu não me importo porque eu sempre agi por mim e nunca falhei, sem contar que possivelmente salvei a vida de Dayane.

— E colocou a sua em risco.

— Eu não pensei nisso, Nicolas. Eu só não queria que Dayane vivesse o mesmo terror que eu vivia na adolescência, não queria ver Letícia sofrendo mais, eu não queria nada disso. Na verdade, eu sou o problema da sua família — eu junto as sobrancelhas. — Talvez eu não devesse namorar com você, nem manter contato com você. Vocês são sensacionais demais para ter alguém como eu e... E não é o certo. É isso. Nós estamos terminando.

— Claro — concordo revirando os olhos e Diana fixa os seus em mim. — Esperava que tudo aconteça assim? Pois se sim, espere sentada. Nós não vamos terminar por puro egoísmo seu, vamos conversar depois que tivermos de cabeça fria.

Ela fica calada, apenas calada, e eu começo a me afastar.

— Não, mas não vai acontecer do seu jeito também — volto e a puxo para um abraço apertado, segurando a vontade de chorar aliviado que acaba de me atingir. — Eu fiquei com tanto medo, Furiosa.

— Eu também fiquei — concorda passando os braços por meus quadris.

— Troque de roupa, por favor. Não fique com essa roupa molhada. Eu vou comprar alguma coisa pra gente comer — seguro seu rosto, levantando seus olhos até os meus, e beijo a ponta do seu nariz. — Você é a mulher da minha vida, Diana. Eu não vou deixar você se separar de mim, me ouviu?

— Ouvi — concorda.

— Porém nós estamos brigados e eu quero dormir só com a Iolanda hoje — volto a me afastar, fingindo raiva, e Diana solta uma risadinha.

VÍTIMA DO ERRO (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora