23 de maio- Aprendizados (1)

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Eu me sinto hipócrita escrevendo um capítulo sobre Aprendizados porque eu sinto que não aprendi nada nos 18-19 anos que estou viva

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Eu me sinto hipócrita escrevendo um capítulo sobre Aprendizados porque eu sinto que não aprendi nada nos 18-19 anos que estou viva.

Mas eu acho que, no mês de maio especificamente aprendi algumas coisas que foram  importante. Aliás, não só no mês de maio mas nos últimos 10 meses que estou com 18 anos. 

Então como começar?

Vou começar por tópicos, ok?

1-Aprendi que disciplina realmente te salva.

No começo da adolescência, passei a adotar essa ideia de que disciplina é maçante e que mata a sua juventude. Aos 16, essa era quase uma filosofia de vida:

Não ter disciplina é super divertido.

Mas aos poucos os problemas começaram a pipocar e ansiedade só aumentou de tamanho. Parte disso eu atribuí a falta de disciplina porque, realmente, não ter uma boa rotina estabalecida ajuda a ampliar a ansiedade.

Esses dias eu percebi o quanto estava afetada pela indisciplina. O foda é que quando você não tem isso na vida, você se perde fácil. Por mais que eu tenha sonhos, não adianta se não tiver disciplina. Qualquer coisa pode me jogar contra a parede.

Então, ter uma rotina e disciplina é um dos meus aprendizados de 18 anos.

Mas, ei, não exagere, viu? Quando falo de rotina, digo sobre ter um horário para dormir, estudar, etc. Tem gente que fica piradona com isso e não é bom.

2-Autoconfiança não é sobre desfilar com elegância

Aprendi que autoconfiança é entender que você vai fazer muita cagada na vida, estar disposto a fazer as cagadas e se perdoar depois de fazê-las.

As pessoas têm muito essa visão de que autoconfiança é sobre ser badass. Os filmes mostram muito essa faceta autoconfiante e esteriotipada que não tem muito a ver com a realidade. Mais do que aparentar a autoconfiança, é tê-la.

E quem tem é o tipo de pessoa que está 100% crente de que vai errar. Em algum momento ela vai parecer um palhaço e tá tudo bem. Não é o fim do mundo.

3-Preste atenção com quem você anda ou andou.

Eu acho que as pessoas com quem você se relaciona mostra muito quem você é: suas perspectivas, sua visão sobre si e, acima de tudo, o que você acha que merece.

Olhe para a pessoa que conversa e se pergunte se você merece aquele tipo de pessoa ao lado. 

Eu lembro que no ensino médio eu costumava andar com uma menina super para baixo. Ela tinha uma autoestima, autoconfiança e animação extremamente baixa e eu grudava nela e, obviamente, ela grudava em mim por não ter nada dessas qualidades importantes.

Percebi, com tempo, que ela drenava minha energia. Não estou dizendo que ela era uma má pessoa, mas era péssimo para mim e eu descobri que eu a via como o tipo de pessoa que, na verdade, eu queria bem longe. Por que aceitava?

Simples, porque eu achava que era aquilo que eu merecia.

Aos 18, agora, eu a afastei. Foi difícil e ela ficou ofendida, mas foi o certo. Agora que passei a construir a minha autoestima, percebi que esse era um passo necessário: 

Me afastar de quem eu não sentia que merecia.

Isso me lembra muito da frase do livro As Vantagens de Ser Invisível

"Aceitamos o amor que julgamos merecer."

Isso se aplica a qualquer relacionamento em nossas vidas.

4-Xingue.

Caralho. Porra. Vai tomar no cú.

Xingue.

Agora eu percebo que um xingamento vale mais do que trinta sessões de terapia porque é aquele momento que você tira de si tudo que te faz mal.

5-Respeite seus limites

Em algum momento do ano passado para cá eu sofri Estafa.

"A estafa mental ou síndrome de Burnout é uma condição de cansaço emocional, mental, físico e social, cuja incidência vem aumentando com os tempos, devido ao ritmo de trabalho cada vez mais frenético."

Site Eu Médico Residente

Foi uma dor no peito, um cansaço inexplicável que progrediu até eu não conseguir levantar. Eu estudei mais do que devia mas não sentia que estudei tanto porque eu me comparava aos estudantes que estudam 14 horas por dia.

Eu imaginava que, se eles conseguiam, eu também conseguiria e me enganei. Não é que eu sou fraca, mas tenho meus limites.

Hoje em dia faço tudo em marcha lenta. É difícil porque você sente que está perdendo um tempo precioso, mas pelo menos eu não paro porque meu corpo está gritando de dor. Evito ao máximo pensar sobre produtividade e, qualquer coisa, fiz o suficiente.

Não deixe que ninguém diga que você fez pouco.


As outras lições comentei nos artigos passados, não faria sentido repeti-los aqui.

:)

Um Livro Sobre a Porra da AnsiedadeOnde histórias criam vida. Descubra agora