Antes do Sol se pôr

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Em uma pequena vila rodeada pela floresta, havia um pequeno círculo de crianças brincando enquanto uma dupla de adultos as vigiavam.

As crianças se divertiam, tanto que não notam uma outra criança se aproximando, era uma menina de cabelos negros e olhos amarelos bem chamativos, com uma típica roupa japonesa em tons de preto e branco, com as mangas um pouco mais longas que o normal. Ela possuía um sorriso em seu rosto, enquanto abraçava uma pelúcia de coelho, que por algum motivo possuía chifres no topo da cabeça.

Os adultos que olhavam o círculo de crianças observa a pequena que acabará de chegar, por algum motivo, a pequena lhe davam uma sensação de perigo, não parecia ser confiável. Eles então chamam os pequenos que estavam brincando, dizendo que já estava na hora de ir, deixando-os um pouco cabisbaixos.

– Hai! Posso brincar também? – a voz animada da pequena de olhos amarelos é ouvida pelas crianças, que ao olharem sentem a mesma de perigo que os adultos.

Eles correm para longe da pequena, indo para perto de seus responsáveis, com o sorriso que ela tinha se desfazendo, ela solta um suspiro triste, mais uma vez, se recusaram a brincar com ela.

A criança de cabelos negros da meia volta, indo em direção a floresta que cercava a vila, porém, é impedida por alguém segurando seu braço. Era outro adulto, que parecia preocupado com a criança, mesmo com a sensação ruim que ela parecia trazer. Ele usava uma roupa estranha junto de uma espada.

– Pequena, a floresta é perigosa – ele se agacha para ficar na altura da criança – onde estão seus pais?

A criança encara o adulto e olha para a floresta em seguida, apontando para em meio as árvores.

– Estão lá – disse a morena com coelhinho de pelúcia em seus braços.

O maior fica confuso, não tinha o porquê os pais da criança estarem lá, a não ser... devorados por onis, essa foi a conclusão que o homem chegou.

– Olha só, pequena, eu sinto muito, mas eu acho que- – sua frase é interrompida por ele mesmo ao não notar a presença da criança ao seu lado, vendo ela voltando a ir para a floresta.

Ele a pega no colo dessa vez, quase entrando em desespero, não deixaria uma criança morrer para os onis, mesmo que ela começasse a gritar e chorar para ir, que foi isso que ela fez.

– Eu quero meus pais! – gritou a criança entre lágrimas, enquanto o maior tentava acalmá-la.

– Por favor, se acalme! Não tem como seus pais estarem lá – disse o adulto tentando acalmar a pequena de olhos... azuis?... não eram amarelos?

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– Tsuki?... – o demônio de olho azul vira sua face para a entrada da caverna ao escutar o grito da criança, não era muito longe da vila.

Esse, mais outros três onis que estavam na caverna, ficaram irritados com o grito da criança.

Quebra de tempo

A criança estava sentada no canto da parede, abraçando com força seu coelhinho de pelúcia, ela parecia falar com ele, ao mesmo tempo que ficava mais calma e seus olhos ficavam cinza, causando um certa confusão no trio de exterminadores que estavam naquela residência.

– Tá, então ela diz que os pais dela estão na floresta? – perguntou um dos exterminadores enquanto encarava o que trouxe a criança, que apenas afirma com a cabeça.

– Pobre criança... – disse a garota exterminadora, que olhava a criança com pena, a probabilidade dos pais da criança terem sido mortos pelo oni que vieram eliminar era grande.

Uma Pequena LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora