Aconchego e Briga de Gato e Pássaro

600 50 28
                                    

A pequena estava agitada, com seu pai ajeitando seu cabelo para que ela saísse hoje, pela primeira vez, estava indo brincar com novos amigos que fez. Seus olhos em um tom de verde vivo.

– Tsuki, se acalme, não vou conseguir fazer o penteado com você agitada assim. – Aizetsu reclamou da inquietação da menor.

– Eu estou animada, papai! Eu quero ir brincar! – levantou os braços enquanto batia os pés no chão.

– Se aquieta! Ou não vai mais! – Sekido exclamou irritado, já não queria que a menina passasse do horário de voltar, agora estava numa agitação impossível de aguentar.

A criança se encolheu, fazendo cara emburrada, colocando a língua para fora e cruzando os braços.

– Você está muito rebelde para o meu gosto, mocinha. – o oni raivoso cruzou os braços, estreitando os olhos encarando a filha.

– Aprendeu com os melhores! – Urogi se exibiu, esperando que o de olhos verdes fizesse o mesmo, mas não foi o esperado.

Ele estava deitado no chão, com uma veia saltando em sua testa. Talvez ciúmes da filha estar indo brincar com humanos idiotas ao invés dele? É, talvez.

Seja o que for, ele disfarçava muito mal.

– Termin‐ – antes mesmo do oni de azul terminar sua fala, a criança já se levantou, dando seus pulinhos de sempre.

Tsuki deu um leve giro junto dos pulinhos, como costumava fazer quando terminava os penteados que Aizetsu fazia.

– Arigato, papai! – disse com um sorrisinho no rosto.

Novamente, ela não esperou seu pai falar, já estava saindo do esconderijo que eles estavam, até sentir sua roupa ser puxada pela gola.

– Papi! – gritou irritada com o maior a puxando.

– Promete que quando voltar vamos brincar de pega-pega! – Karaku disse em um tom alto, com a cara emburrada ‐ pai ciumento? Jamais.

A menor o encarou, processando a fala do maior, até abrir um sorrisinho quando terminou de processar o assunto.

– Hai! E de esconde-esconde também! – respondeu com o mesmo tom alto, porém mais animada. Seus olhos verdes esmeralda por conta da grande empolgação.

– Combinado, pirralha! – disse animado, com seu típico e enorme sorriso voltando a sua face.

Mas não durou muito, o sorriso foi embora quando a pequena saiu, com o seu dono caindo no chão derrotado e de cabeça baixa.

– Minha parceira... – seu tom de voz parecia que havia perdido um ente querido.

– Para com essa carência! Nem o Aizetsu está assim! – Sekido reclamou da ação do outro, apontando para o citado.

– A minha criança vai voltar com cheiro de humanos imundos... – diferentes do que o oni da raiva achava, o demônio tristonho estava ainda mais para baixo do que o normal.

O de kimono massageou as têmporas, soltando um suspiro, não acreditando na situação em que estavam.

... Será possível que eu sou o único que não está preocupado ou irritado com isso? – pensou o de asas, olhando para os irmãos com desdém, não era surpresa nenhuma que algum dia a menina fosse arranjar amigos e iria querer ir na casa deles brincar, isso é praticamente uma das coisas mais normais entre os mini humanos.

.
.
.

– Itadakimasu! – as cinco pessoas falaram juntas, começando a comer o alimento a sua frente.

Uma Pequena LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora