03. Crise do almoço

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O loiro correu para longe, seu colarinho o sufocava, e mesmo que o afrouxasse parecia asfixia-lo.

Atrás, nada menos que seu pesadelo com sobrenome Potter.

No banheiro escuro tirou rapidamente seu suéter, tentando se aviliar da falta de ar e calor constante.

Seu corpo queria desabar ali mesmo, estava fazendo de tudo para cumprir sua missão, era o escolhido, mas se sentia fraco, incapaz. E a verdade era que não queria fazer mal a ninguém, se sentia mais apavorado por ter aquela vida.

Lágrimas de lamento saíram rapidamente, mas parou por ouvir a voz sorrateira de Harry, que se apeoximou silenciosamente

— Eu sei o que fez, Draco — baixo o suficiente para só os dois ouvirem, mas com um banheiro vazio se fez um eco perceptível

Sem pensar duas vezes, o loiro dosparou um feitiço que foi facilmente deviado pelo moreno. Os dois ficaram lançando feitiços bobos um contra o outro

Por algum instante, o silêncio se fez presente, porém o loiro foi denunciado pelo barulho dos sapatos, e Harry não resistiu a lhe atacar.

Sectumsempra !

O corpo de Draco foi arremessado violentamente para a superfície molhada

...

Me agaixei rente ao seu corpo, vendo sua blusa que era branca agora inundada de sangue, que se espalhava a cada segundo, como se sua pele estivesse sendo cortada de dentro para fora.

— Harry? O que você fez? — olhei desesperada para Draco, que se contorcia de dor — Malfoy, ta me ouvindo?

Harry apenas observava, com um olhar de arrependimento e o loiro mal se movia.

— Eu passei.. dos limites  — olhava incrédulo

Por merlin, Snape chegou em um instante, ficou ao lado de Malfoy e o analisou, logo em seguida fitou Harry com um olhar nada agradável

— Se afaste, Stanford — ele levou sua varia perto do peito de Draco e começou a falar palavras bem baixas e seus ferimentos foram sumindo e o sangue indo embora — Voltem, e não contem nada do que aconteceu aqui.

Certamente Snape teria uma conversa séria com Harry depois. Olhei uma última vez para Draco desconsolado, e me virei saindo do banheiro junto a Harry

— É ele quem tenta matar dumbledore — harry tentou se explicar

— Não deveria usar esse feitiço em Draco, apesar das coisas que ele ja fez. Deve ser só mais um subordinado — o moreno assentiu

— Mas e porquê está tão preocupada com Malfoy? Gosta dele? — ele fitava meus olhos profundamente, como se quisesse tirar minhas verdade

— Não gosto, apenas sinto empatia pelo mesmo — desviei do olhar queimante de Harry

— Desde quando? Sabe como ele nos tratava quando éramos mais novos? E ainda vem com essa história

— Sei Harry, ele tem me tratado bem. Não brigamos mais, sei que ele ainda não mudou mas todos merecem uma segunda chance. E talvez essa seja a dele.

— Com todas essas coisas que ele está fazendo agora, duvido muito. Por favor Oli, talvez você só esteja caindo em um de seus papinhos. Quando você achar que ele mudou vai para cama com ele e nos desdenhar

— Eu nunca faria isso ! — cresceu um certo rubor em minha face, mesmo que não sentisse nada romântico por Draco era vergonhoso ouvir sobre essas relações, porque eu sempre imaginava com imagens na minha cabeça.

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