Esse título me dá vontade de rir.
Bem, se eu sentisse algo assim iria rir. Eu acho.Tenho certeza que qualquer um pagaria pra saber como eu penso, as vezes até o mestre Muzan parece querer isso. O que é bem ridículo, na minha opinião, já que nem eu mesmo consigo explicar meus pensamentos.
— Ah, eu estava faminto — Murmuro lambendo os dedos após devorar mais uma refeição deliciosa pouco antes de amanhecer.
Isso me lembra algo... Quando fui ver a Amai eu estava justamente indo para me alimentar, só que eu não consegui... De novo.
Me encostei em segurança pra dormir até o anoitecer, era um bom lugar e com tranquilidade eu podia deixar esse ambiente confortável o bastante para relaxar, só estava inquieto... Eu estava inquieto a meses.
Recapitulando, eu tava me divertindo taaanto com meus amigos de gelo, fazendo coisas legais mesmo sabe. Quando a coisinha mais suja que eu vi na vida parou bem ali na minha frente.
Ela estava imunda, dava até nojo... Mas... Mas...– Aaaaa — grito... Não existe um sentimento específico quando eu falo, mas parece frustração quando ponho a mão bem acima do lado esquerdo do meu peito — Por que continua acelerando?
Afundo minhas unhas em meu próprio peito arrancando meu coração fora, a dor não era relevante, já que eu continuava do mesmo jeito, o órgão muscular na minha mão não fazia muita diferença na minha paz
— Ah, gostoso como sempre... Tão... — Murmuro após lamber o meu próprio sangue residual nos meus dedos após por no lugar — Doce...
Amai...
Quando meu corpo atingiu o estado natural de inatividade, me recordei mais ainda de quando a conheci... Principalmente depois que ela tomou um banho.
As camadas de sujeira dificultavam muito ver seu rosto.— Você parece melhor agora — Dou uma risadinha, eu nem tinha olhado para ela de verdade.
— Acho que me sinto melhor também, senhor... Douma — ela diz em um tom estranho, gemendo de dor ao se sentar. Meu olhar foi rápido e eu afiadamente vi seus pés em carne viva.
— Por quanto tempo você andou, senhorita? — perguntei de maneira doce e interessada, com os anos de prática percebi como as pessoas preferem assim.
— Não muito, apenas alguns dias — ela estava desconfiada e isso me deixou com um alerta ativo
Ela tem atitude, não é? Nenhuma mulher tinha coragem de ficar resistindo a mim por muito tempo.
Foi quando eu vi de verdade o seu rosto, eu já tinha visto aquele olhar em algum lugar e não sou capaz de lembrar. Até hoje eu não entendo o que era!
Enfim, ela parecia saber de algo... Assim como outras idiotas que descobriram sobre eu ser um oni, mas não teria como ela descobrir tão cedo...
Aaah como eu estava deliciosamente enganado.
Não faziam nem dois meses que ela estava aqui, era uma noite calma e tinham até crianças brincando e eu as observava (eles são tão fofos e as pessoas são legais com bebês), quando sinto alguém segurando a manga da minha roupa, puxando o tecido grosso e caro.
Me virei e vi seu rosto marcante e determinado... Tão feia. Estava com os cabelos trançados e um quimono muito leve pra noite que estava fazendo. Ela tremia de frio.
— Quantas pessoas você já devorou?
Ela pergunta enquanto uma nuvem de fumaça sai de seus lábios. Me pegou desprevenido.
— Do que está falando, bobinha? — eu me inclinei na sua direção, não importa a altura que ela tenha, qualquer um é baixo para mim.
Ela quase me desmascarou ali... Mas como ela não parecia assustada ou com vontade de contar isso a todos. Então apenas conduzi a situação.

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Cativo - Douma
Fanfiction- Por que você me deixa viva? - Choramingo, desejando a morte mais do que um copo de água. - Porque eu gosto de você... - ele diz com simplicidade, batendo as unhas enormes uma na outra - E você é feia. Ouch!