Era ela em frente dos preparativos da minha festa? Onwtt isso é tão bonzinho da parte dela.
Por isso que quando cheguei não perdi a oportunidade de dar um abraço de matar na Amai.
Mas vamos ao momento atual, parecia até uma memória repetida da minha infância... Ou qualquer outra parte da minha vida.
Os outros festejam, comem, bebem e se divertem enquanto eu apenas assisto com um sorriso no rosto de pura satisfação forçada.Só que agora meus olhos seguiam um ponto importante com um pouco mais de interesse. Um pontinho festejante e colorido que dançava e andava entre as crianças e os fiéis animados que tinham feito uma fila mais cedo para me darem as boas vindas um a um com muita alegria. Eu mataria quem não parecesse feliz mesmo.
Enfim, Amai parecia muito alegre e conversando. Eu não estava muito satisfeito com aquele quimono rosa floral, claro que eu o escolhi e ele é lindo, porém eu desejava tanto vê-la com o quimono branco e puro que escolhi... Ela se pareceria com os anjos dos delírios coletivos que essas multidões tem, crendo em céu e inferno.
Mas é óbvio que ela me contrariou, eu ainda tento!
A festa seguiu até aquele momento em que somente crianças em grupos e abastecidas de doces são capazes de ter energia. Foi quando um grupo de seres humanos diminutos decidiu brincar de pique esconde, eu ia me recolher, não queria ver isso, mas fiquei curioso quando Amai se ofereceu para brincar também...
Era uma visão que dava alguma satisfação, estava rodeada por ao menos dez crianças combinando as regras da brincadeira... Eu só não esperava ser incluído nela.
- Mas vocês são tantos, acho que vou precisar de ajuda pra conseguir achar vocês - ela ri e se vira na direção do templo, subindo as escadas e indo em minha direção na varanda.
A geografia da situação era a seguinte, a festa estava acontecendo no pátio do templo, um terreno plano e extenso cercado por quatro construções que tem anexos, enquanto eu estava em um terreno um pouco mais elevado, a varanda do templo que tinha uns quatro degraus de altura, estava decorada e iluminada em honra a minha pessoa.
- Douma-sama - Olha só, ela sabe me tratar com respeito - Venha brincar com a gente.
Ela pede com um sorriso no rosto, estendendo sua mão para mim com os olhos brilhando com uma alegria quase infantil.
Parecia que tinha fogo fluindo nas minhas veias ao invés de sangue... Mas não era um fogo intenso como quando vi o estrago que o sol fez em sua pele, se parecia muito mais o tipo de fogo que te fazia ter vontade se se enfiar desesperadamente em um lugar reservado e arrancar sua própria pele.
Mas acho que não transpareci isso... Mesmo que me lembrasse bastante da infância.
Parecia que a qualquer momento a minha mãe sairia de dentro da porta atrás de mim, me agarraria pela mão e expulsaria Amai de perto de mim com palavras ofensivas, falando sobre eu ser um escolhido e não ter tempo para interagir com pessoas quaisquer irrelevantes.
Eu a desobedeci. Peguei a mão que Amai me estendia e desci as escadas com ela.
Depois de tanto tempo de vida, era a primeira vez que brincava de pique esconde.
Descobri que sou o melhor nisso.
- Uau, você foi muito bem, Douma-sama - Amai bate no meu ombro rindo um pouco depois de eu ter colocado pelo menos seis crianças no chão, eu fui as carregando enquanto encontrava. Elas pareceram gostar.
- Não me chame assim se vai ser tão displicente - Ela obviamente estava debochando quando me chamava de "Douma-sama" - Tem uma coisa presa no seu cabelo...

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Cativo - Douma
Fanfiction- Por que você me deixa viva? - Choramingo, desejando a morte mais do que um copo de água. - Porque eu gosto de você... - ele diz com simplicidade, batendo as unhas enormes uma na outra - E você é feia. Ouch!