The Rain - Simone & Soraya

Sim

No capítulo anterior...

— Bom... — dei um passo para frente, aproximando-me de seu corpo. — Então nesse caso eu também tenho uma pergunta pra você.

— Qual? — ela sussurrou.

— Você aceita namorar comigo?

•

POV Soraya Thronicke

— É claro sim, meu amor.  — Respondi.

Simone abriu um sorriso enorme e uniu nossos lábios, iniciando um beijo calmo.

Ali, envolvida pelos seus braços e rodeada pela sua família e nossos amigos, eu finalmente experimentei a sensação de ser amada de verdade.

Eu nunca havia me sentido tão em casa como agora.

Assim que encerramos o beijo e os olhos castanhos escuros voltaram a me olhar, eu tive certeza.

Era ela.

E eu a queria mais do que tudo.

[...]

O retorno para casa pós feriado foi maravilhoso.

Era o dia da minha entrevista no O Globo. Assim que cheguei ao prédio do jornal fiz questão de ligar para Fairte e a questionei se Simone havia tomado o remédio para dor de cabeça, pois antes de sair, ela havia de queixado de dor pra mim.

Ela me respondeu que iria até a farmácia comprar os comprimidos e que em breve me daria um retorno, porém eu fui chamada para a entrevista e não obtive sua resposta.

Até agora.

Abri meu aplicativo de mensagens e notei que havia três notificações dela.

Fairte Tebet: Olá, querida!

Fairte Tebet: Acabei de entregar a caixinha de comprimidos para Simone e ela já tomou. Eu a vi enquanto o fazia, pode ficar tranquila.

Fairte Tebet: Espero que tudo tenha corrido bem em sua entrevista. Obrigada por cuidar da minha menina. Te vejo em breve! Se cuide também! Beijos!

Sorri ao ver as mensagens da mulher.

Respondi agradecendo-a e falando que havia corrido tudo bem durante minha entrevista.

Ainda com meu celular em mãos, fiz menção de ligar para Simone, porém fui impedida pelo nome da minha mãe brilhando no visor do aparelho.

— Oi, mãe! — falei ao atender a chamada.

— Filha! Como você está? — ela perguntou. — E sua entrevista, correu tudo bem?

— Eu estou bem e vocês, como estão? Tudo correu super bem. Estou animadíssima! — respondi.

— Estamos bem também, querida! Onde você está agora?

— Estou em frente ao prédio do jornal. — falei.

— O que acha de vir aqui para casa?

— Jantar em família? — falei animada.

— Exatamente! — ela riu do outro lado da linha.

— Chego aí em meia hora!

[...]

Enquanto fazia o trajeto até a casa dos meus pais, decidi ligar para Simone.

— Oi, meu amor! — ela falou ao atender a chamada.

— Oi, princesa!

— E aí, como foi lá?! Estou esperando sua ligação desde que você saiu com o carro daqui da loja. — ela riu.