The Rain - Simone & Soraya

Paris (Final)

POV Soraya Thronicke

Paris.

A escolha do destino foi muito fácil.

Nos baseamos em nosso mapa de lugares para conhecer antes de morrer.

Para não ter preferências e garantir que a aventura da viagem seria ainda maior, decidimos numerar cada destino, colocando-os dentro de uma caixinha, de onde retiramos um número, que revelou para onde iríamos.

E então fomos...

Fazia aproximadamente duas horas e meia desde a nossa chegada até a terra dos apaixonados.

Simone como uma grande burguesa que era, escolheu a cobertura do hotel para ficarmos hospedadas. E é claro que eu não iria reclamar disso.

Já havíamos desfeito as malas, arrumando nossas coisas nas gavetas vazias do quarto e armários do banheiro.

Eu estava jogada na cama fofa recheada de cobertas e travesseiros, fitando o teto decorado com arabescos dourados enquanto sorria feito boba, não acreditando que estava do outro lado do oceano ao lado da mulher que tanto amava.

— Baby, eu estava falando com um rapaz no saguão e ele me disse que em 30 minutos sairá um mini-ônibus de frente do hotel para a Torre Eiffel. O que você acha de irmos? — Simone falou animada ao entrar no quarto.

Sentei-me na cama e a olhei, vendo-a desenrolar o cachecol de seu pescoço, deixando-o atrás da porta.

Sorri genuinamente ao vê-la despir-se lentamente, camada por camada de roupa, até estar apenas com uma camiseta de manga comprida.

— Vem cá. — chamei-a batendo em minha coxas.

Ela riu e prontamente caminhou até a cama, subindo em cima do colchão para logo em seguida ajeitar-se sobre minhas pernas.

Levei minhas mãos até seu quadril e comecei a fazer carinho ali.

— Você não respondeu a minha pergunta. — ela cerrou o olhar pra mim.

— Eu acho que é uma ótima ideia, amor. — inclinei meu rosto até encontrar a lateral de seu pescoço, onde comecei a distribuir alguns beijos.

— So... — sua voz falhou.

— Hm? — murmurei sem deixar de beijar sua pele.

— Se continuarmos nesse ritmo nós vamos perder o ônibus. — ela arfou ao sentir meus dentes mordiscando seu pescoço.

— Não se formos rápidas. — sussurrei.

— Você não presta, Soraya. — ela falou, empurrando meu corpo contra o colchão e deitando por cima de mim.

— Muito menos você. — sorri com malícia antes de beijá-la.

[...]

— Tem espaço para mais duas? — perguntei rindo sem graça enquanto corria até o mini-ônibus na frente do hotel.

O motorista do veículo revezou o olhar entre Simone e eu, que estávamos ambas ofegantes, antes de nos deixar embarcar.

Conseguimos dois lugares lado a lado no meio do veículo.

Olhei-a e fitei seus olhos ainda escuros por alguns segundos antes de começar a rir.

Eu me sentia como uma adoslecente de novo.

Simone balançou a cabeça negativamente enquanto sorria com o canto dos lábios.

O hotel não ficava muito longe da Torre, o que não implicou em ter que enfrentar um trânsito horrível até a atração turística.