Capítulo 8 - Tom and... Ethan?

874 89 84
                                    

Suyane.

Três horas haviam se passado. Eu estava guardando os tecidos pois já tinha avançado mais que o esperado, então senti que merecia um descanso.
Dei uma arrumada no quarto porque meu trabalho causou uma bela bagunça, e quando fui guardar minha carteira, um papelzinho dobrado caiu de dentro dela. Com uma feição confusa, peguei o papel e ao ver o que tinha ali, não consegui acreditar. Simplesmente não entrou na minha cabeça. Era um número de telefone com o nome de Andy Biersack em baixo. Me questionei em que momento ele havia colocado aquele papel ali, e logo me recordei de quando estava saindo do avião e ele me estendeu a carteira.
  Agora, esse realmente era seu número ou era apenas uma brincadeira de sua parte? A única forma de descobrir, era ligando para o tal número. O digitei em meu celular e fiquei pensando por alguns segundos. O que eu diria se Andy atendesse? Eu ainda era uma fã sua, eu não sei se conseguiria dialogar com o rapaz como uma pessoa normal, sem falar que eu não sei se ele me passou seu contato como uma tentativa de flerte. Se fosse o caso, eu sentiria que estava traindo Michael.

  De qualquer forma, eu já tinha problemas demais para resolver, e não queria ter mais um. Respirei fundo e guardei o papel de volta em minha carteira, deixando-a dentro da gaveta antes de sair do quarto. Para a minha felicidade, encontrei Bill quando cheguei na sala. O mesmo estava no sofá com uma caixa em mãos, mexendo na mesma como se procurasse algo.

— Bibo! — Anúncio minha presença e sento ao seu lado.

— Você quase me assustou, pena que seus passos são extremamente barulhentos! — Mostrei a língua pra ele. — Você nunca ouviu que quem mostra a língua está pedindo um beijo?

— Oh, nojeira! — Faço uma careta e ele gargalha dando um tapa em meu braço. — O que você está fazendo? — Indago direcionando o olhar para a caixa.

— Meu esmalte preto acabou e eu peguei essa caixa de esmaltes emprestada com a minha mãe, mas tem muitas cores e eu não acho a que eu quero.

— Você deve ser bem cego. — Enfio a mão na caixa e puxo o esmalte preto de lá, vendo os olhos do garoto brilharem.

— Você é foda. — Deixou a caixa de lado e eu pude notar que o mesmo segurava um esmalte branco também.

— Quer que eu pinte pra você? — Seus olhos brilharam mais ainda.

— Quero! Mas você vai ter que me deixar pintar as suas também.

— Fechado!

E, assim, uma noite agradável se iniciou. Nós conversamos bastante enquanto pintávamos nossas unhas. Eu sentia falta de ter momentos assim com Bill. Só nós dois, um aproveitando a companhia do outro, sem ninguém para nos atrapalhar. Com esse pensamento, comecei a me perguntar aonde estavam os outros. Era estranho saber que várias pessoas moravam ali e mesmo assim a casa parecia mais vazia que o normal.

— E os meninos?

— Georg e Gustav saíram com a sua amiga. — Franzi o cenho. — É, eu também achei estranho. Tom me disse que tinha um encontro e eu deduzi que fosse com alguma garota que ele queria comer, então nem me importei.

— Entendi... — Respiro fundo.

— E o seu namorado? — Dei de ombros.

— Sei lá. Ainda não o vi hoje.

Eu havia esquecido a existência de Michael por algumas horas, o que era extremamente bizarro. Se Bill não perguntasse sobre ele, eu provavelmente dormiria sem lembrar do meu namorado.

"Namorado."

Essa palavra ecoou pela minha cabeça por alguns instantes. Eu ainda tinha um namorado?

— Tom me mandou uma mensagem me pedindo para buscá-lo. Provavelmente bebeu demais. — O maior se levantou. — Você vem?

As it was - Tom Kaulitz. Onde histórias criam vida. Descubra agora