Capítulo 2 - Andy Biersack?

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Suyane.

— Diga, Macky. — Chamo Bill pelo apelido que sua avó lhe deu por conta do seu vício em fast food, ouvindo seu riso do outro lado da linha.

— Eu ouvi a sua mensagem de voz... Está tudo bem? Você parecia estranha. — E, como sempre, ele notou que eu não estava nos meus melhores dias.

— Eu e minha equipe estamos desempregados. — Falei e soltei uma risada nasal, pegando minha carteira de cigarro em meu bolso. Eu já havia descido da van e estava na frente do hotel, enquanto isso, os outros já haviam ido para o nosso quarto.

— Mas como isso aconteceu? — Seu tom de voz era de preocupação.

— Nós encerramos o contrato com aquela modelo. Sei que temos que ser profissionais, mas ninguém merece passar por tanta humilhação. — Deixei meu telefone apoiado entre meu ombro e meu rosto para ficar com as mãos livres. Finalmente tirei um cigarro da carteira e a guardei, voltando a pegar meu aparelho em mãos. — E você? Está se alimentando bem?

— Na medida do possível, sim. Nós voltamos para a Alemanha ontem e temos um show daqui três dias, depois vamos ter mais um tempo para descansar.

— Entendo. — Dou um trago e solto a fumaça devagar, como se todo o meu estresse pudesse ir embora junto com ela. — Bill, eu...

— Desculpe, Suy. Eu preciso ir. Tchau. — Ele desligou rapidamente, sem nem deixar eu me despedir.

Fiquei alguns segundos tentando raciocinar o que acabara de acontecer. Desde que eu falei sobre a minha demissão, ele parecia meio inquieto, porém, pensei que fosse apenas impressão, já que Bill sempre fora meio agitado, principalmente quando estava feliz com algo. A questão era: o que o havia deixado daquela forma?
  Após terminar de fumar meu cigarro, o joguei no chão e pisei em cima para apagá-lo. Um suspiro saiu de meus lábios quando encarei o contato de Bill em meu celular pela última vez, não demorando para guardar o aparelho em meu bolso, seguindo o caminho até meu quarto.

  Meus pensamentos não rodeavam o garoto, e, sim, seu gêmeo. Mesmo mantendo contato com o gêmeo mais novo, nós não tocávamos no nome de Tom. Eu não sabia se o mesmo havia pedido para que Bill não falasse sobre ele comigo, se fosse o caso, seria um mal sinal. Eu já havia superado nossa última briga e suas criancices, e eu esperava que ele fizesse o mesmo. Já faziam anos desde que brigamos pela última vez.
  Chegando no meu quarto, aproximei meu cartãozinho do leitor, que destrancou a porta de imediato. Assim que a abri, pude ter a visão de Alex e Mayla deitados em suas camas. Ambos olharam em minha direção assim que me aproximei.

— Parece que você foi atropelada. — Minha amiga comentou e os dois começaram a rir.

— Hahaha, deveras hilariante. — Reviro os olhos, segurando um riso. — Aonde está Michael?

— Ele entrou no banheiro antes de você chegar, provavelmente foi cagar ou tomar banho.

— Você é uma puta. — A xingo, não conseguindo conter o riso.

Ela sorriu em resposta e eu fui em direção ao banheiro, batendo na porta para que Michael a abrisse. Assim que ele o fez, entrei ignorando a voz de Mayla nos pedindo para não gozar nas paredes.

— O que você estava fazendo? — O maior me questionou enquanto tirava a camiseta com um ar desconfiado.

— Eu estava falando com Bill. — Respondi, também começando a tirar minhas roupas para tomar banho.

— Você está fedendo a cigarro, Suyane. — O encarei, notando que o mesmo já estava totalmente desprovido de roupas. E, sinceramente, que homem mais gostoso. Eu o olhava de forma descarada, enquanto ele me encarava sério.

As it was - Tom Kaulitz. Onde histórias criam vida. Descubra agora