Suyane.
— E aí, idiota. Não me ouviu bater? — Adentro o quarto de Tom e dou de cara com o garoto deitado em sua cama apenas de cueca. Ele revirou os olhos e fechou a revista que estava lendo, jogando-a em um canto qualquer assim que me viu.
— Eu ouvi, mas não queria que você entrasse.
— Como você sabia que era eu? — Fechei a porta atrás de mim.
— Você é a única psicopata que quase destrói a porta quando está batendo.
— Faz sentido. — Me sento na beirada da cama sentindo seu olhar acompanhar cada movimento meu.
— O que você quer? — Cruzou os braços.
— Por que você está agindo igual uma vagabunda? — Questiono e ele arqueia a sobrancelha.
— Eu estou normal. — Foi a minha vez de revirar os olhos.
— Então tá. Depois não adianta querer conversar porque quem não vai querer sou eu. — Me levanto da cama e vou em direção a porta.
— NÃO! — O maior se levanta e me segura pelo braço.
— Você sabe que agir feito idiota não dá certo comigo. Eu não vou correr atrás de você, então se não quiser conversar, só me deixa em paz. — Ele fica em silêncio e me puxa devagar até a cama e eu o acompanho sem reclamar. Era melhor ceder do que deixar as coisas como estavam. Nos sentamos um de frente para o outro e sem usar força, ele segurava minhas mãos, como se tivesse medo de eu fugir ou algo do tipo.
— Me perdoa. — Tom desvia o olhar. — Por tudo, desde aquele dia na cozinha, até agora. — Parecia estar sendo difícil para ele ter que assumir que errou.
— Me desculpa pelo murro. — Digo e ele ri.
— Ah, não doeu tanto assim... O problema é que eu preciso me maquiar todo dia para que não vejam o roxo em meu rosto. — Aproximo minha mão do local aonde eu havia batido naquele dia e o toco devagar.
— Pelo menos não inchou. Poderia estar bem pior. — Sorrio fraco e sinto seu rosto deitando em minha palma.
— Vou ter que concordar. — Ele fecha os olhos e eu acaricio seu rosto com meu polegar. — Michael te bateu naquele dia? — Respirei fundo.
— Não exatamente. Ele surtou e começou a jogar suas coisas no chão e eu fui tentar impedí-lo, nisso ele me empurrou para que eu mantesse distância e eu escorreguei e bati a testa. — Tom abriu os olhos. — Fique tranquilo. Tenho certeza que não foi algo proposital.
— Eu não consigo ficar tranquilo sabendo que aquele idiota te machucou.
— Apenas deixe comigo. Eu vou resolver essa situação e vai ficar tudo bem.
— Não sei como você consegue namorar um cara assim. — Eu rio.
— Acho que eu nem tenho mais um namorado.
— Sério? — Ele arregala os olhos enquanto sorri. — Aleluia! — Retiro a mão de seu rosto e a uso para bater em seu ombro. — Opa, quero dizer... Nossa, que pena, vocês eram um casal tão lindo. — Não consigo conter o riso após sua voz sair com tamanho sarcasmo.
— Você é um grande cuzão.
— Foi mal, mas vocês dois não combinavam em nada.
— Isso é verdade. Falando no Michael, eu preciso encontrá-lo agora. Temos muito o que conversar. — Tom concorda com a cabeça e eu me levanto e vou até a porta. Antes de sair do quarto, me virei para o rapaz e notei que ele ainda sorria. Um suspiro saiu de meus lábios e eu deixei o ambiente para ir atrás de Michael.
VOCÊ ESTÁ LENDO
As it was - Tom Kaulitz.
RomanceAonde uma jovem estilista fora contratada para trabalhar com o Tokio Hotel, a banda no qual seus amigos de infância faziam parte. No entanto, algo que parecia ser perfeito acabou se tornando seu pior pesadelo. Viver ao lado de Tom Kaulitz e ter qu...