Capitulo 17 - I know what you're feeling inside.

697 57 21
                                    

Suyane.

Dois dias haviam se passado desde o ocorrido com Tom. Ele e os meninos estavam trabalhando em um álbum novo, e por conta disso, estavam trabalhando em dobro, então eu mal pude conversar com eles. Isso não foi tão ruim porque eu e o gêmeo mais velho não estávamos em um clima muito bom.
  Meu único diálogo com os garotos aconteceu ontem à noite. Eu estava de saco cheio porque a pia estava cheia de louças, não existiam mais pratos limpos para usar e eles não eram capazes de limpar o que sujavam. Além de tudo, eu ainda fiz questão de cozinhar para a banda porque sabia o quão ocupados eles estavam, porém me arrependi amargamente disso, já que Gustav fez questão de ressaltar que só havia tanta louça suja por culpa minha. Eu não preciso nem dizer que eu surtei, não é?

Após uma longa discussão, Tom havia posto um fim em tudo quando disse que lavaria toda a louça. Eu não acreditei tanto quando ele falou, visto que parecia que o rapaz tinha dito aquilo da boca pra fora na intenção de que todos parassem de brigar.
  No fim, eu tinha razão. Afirmo isso porque nesse exato momento, eu estou em frente à pia no qual contêm uma pilha enorme de pratos. Com o rosto queimando de raiva, fui até a sala onde os garotos assistiam algo na TV e retirei o fio da tomada, ignorando as diversas reclamações que eles soltaram assim que a tela do aparelho ficou escura.

— Qual foi o combinado de ontem? — Questionei de braços cruzados. Minha voz saiu com amargura, deixando claro meu ódio.

— Vish... — Tom resmungou e coçou a nuca. — Eu esqueci. — Ele deu de ombros e os meninos riram. Seu tom de indiferença me deixou com vontade de subir em cima dele e arrebentar seu rosto na porrada, no entanto, eu apenas me contentei em respirar fundo, ficando com uma expressão mais calma - embora eu estivesse tremendo de ódio.

— Ah, é? Não precisa mais lavar, Kaulitz. — Digo da forma mais sonsa do mundo e com um sorriso no rosto, volto até a cozinha.

Os olhares curiosos deles me seguiram até que eu saísse de seus campos de visão. Todos pareciam estranhar o fato de que eu não iniciei outra discussão, e eu nem pretendia fazê-lo.
  Peguei o primeiro prato sujo em mãos e sem receio nenhum, o soltei no chão. O barulho do mesmo caindo e se quebrando em diversos pedaços não se passou despercebido.

— Que porra foi essa!? — Georg questionou e eu peguei outro prato, repetindo o que havia feito anteriormente. Assim que ouvi o barulho dos passos de todos eles vindo para a cozinha, fiz questão de trancar a porta.

— Suy? — Dessa vez, foi a voz de Bill que se fez presente. Ele tentou abrir a porta, no entanto, falhou.

— Ô Suyane, que porra é essa!? — Tom perguntou batendo na porta.

— Do que vocês estão falando? — Indaguei soltando o terceiro prato, ouvindo-os gritando para que eu parasse enquanto forçavam e batiam na porta. — Está sem espaço na pia, e como os pratos estão sujos, eu decidi jogá-los fora. É uma decisão bem mais inteligente do que lavá-los, não?

— Você enlouqueceu! — Gustav disse e eu ouvi algo batendo forte contra a porta, então deduzi que o loiro havia a chutado.

— Resposta errada, Fuinha. — E mais um prato foi ao chão.

— Caralho, Suyane, para com essa merda! — O Kaulitz mais velho parecia ser o mais desesperado ali.

— Desculpa, eu não consigo escutar vocês. O barulho dos pratos quebrando está muito alto. — Respondo e pego mais um prato em mãos.

— Suy? Tá me ouvindo? — Bill finalmente disse algo. — Você venceu! Nós vamos tentar ser mais organizados! — Os meninos discutiam com o mais novo, parecendo não compreenderem o porquê de ele estar cedendo. — Nós já discutimos ontem por conta disso, havíamos arrumado uma solução, porém não adiantou de nada. Tom, pelo amor de Deus, lava essa porra dessa louça igual você disse que faria. — Ele pediu ao irmão e eu suspirei, colocando o prato de volta em cima da pia. Os garotos discutiam entre si e eu aproveitei que estavam distraídos para destrancar a porta. Assim que a abri, eles ignoraram a bagunça atrás de mim.

As it was - Tom Kaulitz. Onde histórias criam vida. Descubra agora