Henry antes de se encontrar com Patrick, foi até a casa de Victor primeiro.
Chegando lá, viu Victor sentado na calçada somente de calção, tomando uma cerveja. Ele estava de bicicleta e parou em frente a calçada do garoto, quase passava por cima dele.
— Tá me vendo aqui não é?— Victor diz com um tom irônico, olhando para Henry enquanto levantava seus óculos de sol.
—Foi mal ai, você é tão branco que seu brilho me cegou— Henry disse dando um sorriso, descendo da bike.— E ai, tem um tempo pra mim?
—Claro cara, pega essa cadeira aqui— Victor virou o rosto e alcançou outra cadeira ao seu lado, puxando-a a mais perto e a abrindo para Henry.
— Você pega essas cadeiras esperando que alguém apareça?— Henry questiona, indo até a cadeira e se sentando.
—Ah, nunca se sabe quando algum parceiro aparece né— Victor sorriu, dando um gole de sua cerveja.
Henry bowers on
//Eu dei uma risadinha, e coloquei um óculos de sol que estava solto no chão. Encosto minhas costas na cadeira preguiçosa e relaxo ao lado do meu amigo.
Victor virou o rosto para mim.
— E ai, tá precisando desabafar? Sabe que eu sou teu terapeuta particular— Ele disse com um leve sorriso, mas logo mudou para seriedade novamente.—Ah... Não é que... Eu vou dormir na casa do Patrick hoje— Eu digo parecendo pensativo.
—Hum, e o que tem de ruim nisso?— Victor questionou, percebendo que eu estava um pouco longe dali.
—...— Faço um breve silêncio.— Eu acho tão estranho a minha amizade com o Patrick, eu sinto uma mistura de ódio e... Promete não rir de mim?
Victor afirma com a cabeça, não dizendo uma palavra, apenas me escutando.
—... Eu sinto ódio e... E um sentimento forte por ele, algo bom, mas eu não quero sentir, é como se ele não merecesse isso. Você sabe, ele é meio... Errado.— Eu dizia pensando muito bem nas minhas palavras, não queria parecer estranho ou até um homosexual apaixonado.
—Cara, eu... Eu acho que eu odeio o Patrick. Eu odeio seu sorriso torto, eu odeio seu cabelo escuro, eu odeio a maneira que ele lubrifica os lábios quando sorri, odeio... Aquela blusa do Tom, odeio o som da voz dele.— Eu dizia, com incerteza na voz, mas eu tentava enganar a mim mesmo, tentando odiar Patrick.
—Henry...— Victor me chamou, mas eu ignorei e o interrompi.
—Eu não o odeio... Esse "odeio" são palavras irrelevantes, a verdade é que... Que eu sou um completo imbecil por ainda estar falando com ele, eu não devia— Eu olhei pra rua, que estava silenciosa, e aquilo me acalmava.
—Henry... Você não acha que pode sentir algo pelo o Patrick... E eu não digo ódio, digo... Sei lá talvez... Amor— Victor disse hesitando um pouco, ele sabia que eu não gostava nada disso.
Eu virei para ele um pouco indignado.
— Que? Claro que não Victor! Deixa de besteira— Eu disse, sem aumentar o tom de voz, mas claramente estava intrigado.
—Cara, foi só minha opinião, pode ter certeza como eu entendo isso— Victor pegou no meu ombro, e eu não queria bate-lo, pois eu sabia que ele podia realmente estar certo.
—Pensa bem, tudo isso que você disse que "odiava" pode ser uma forma que você encontrou de negar que ama— Ele disse olhando diretamente para mim.— Você ama o sorriso torto do patrick, ama o som da risada dele, ama tudo isso que tem nele, você sente atração por ele.
Eu volto a olhar para a rua, e realmente fazia sentido.
Henry off
Henry estava em frente a casa de Patrick, após ter ido a casa de Victor. Ele tocou a campainha parecendo pensativo, esperando o moreno abrir a porta para ele.
Ele olhava para a porta, enquanto apoiava sua mão na parede.
Finalmente o garoto abre, e dá aquele sorriso torto para Henry (o sorriso que ele tanto "odiava")
—Henry! Sentiu saudades né?— Patrick disse com um tom sarcástico, dando um leve soquinho no ombro de Henry.
O loiro ficou irritado com a simpatia de Patrick, o jeito que ele o recebeu, a sua voz arrastada levemente agradável, seu soco fraco como cumprimento, e aquele maldito sorriso. Henry odiava como tudo aquilo mexia com ele.
Sem dizer uma palavra, ele apenas entrou na casa com a cara fechada. E o sorriso de Patrick enfraqueceu um pouco.
— Ué, tá tudo bem contigo? Parece que tá com raiva...— Patrick diz, não parecia preocupado, somente curioso para saber o que aconteceu com Henry.
— Dês de quando você liga?— Henry diz num tom seco e um pouco rude.
— Caralho mano, se você veio dormir na minha casa pra ser grosso comigo, então pode sair daqui— O moreno disse um pouco indignado e surpreso.
—... Eu só vim aqui porque você pediu pra que eu vir— Henry respondeu, sem conseguir olhar para Patrick.— Eu só... Só quis...
Patrick se aproximou de bowers, sem más intenções, expressava seriedade e bem firme.
— Você veio aqui por mim?... Por que... Ninguém te obrigou a vir, né?— Patrick disse corando um pouco, e desviando o olhar para o lado.
Henry também não conseguia olhar para ele, ele estava de cabeça baixa.
— Você iria me infernizar se eu não tivesse vindo— Henry deu um leve sorriso.
"Droga! Que maldição, eu não consigo odia-lo... Eu quero tanto odia-lo..."
Pensou Henry.
Patrick deu uma risadinha.
—Verdade... Mas relaxa, eu não iria me humilhar tanto assim por você— Patrick diz num tom irônico, dando um grande sorriso, e os dois começaram a rir juntos.
Henry não estava satisfeito com aquilo, mas não conseguia conter sua felicidade ao ver Patrick sorrindo.
Henry bowers on
—Henry... Eu te odeio...— Patrick disse, com um sorriso. Por um momento olhei para ele com meus olhos brilhando, um pouco surpreso.
Eu lembrei das palavras de Victor, que a palavra "odeio" pode ser algo para esconder o que eu realmente sinto... Será que... Que Patrick sente a mesma coisa?...
Eu dei um leve sorriso, já não tentava esconder minha felicidade.
—Eu... Também te odeio, te odeio muito— Nós dois trocamos olhares, e ele se inclinou um pouco para perto de mim, e nós nos beijamos, aquilo que queríamos dês do início da conversa.
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PRONTOOOOO, CONTINUEI "ATRAÇÃO VIOLENTA", SATISFEITOS?