In Love : Kimchay

End?

     Era finalmente o dia, o dia em que veria seu irmão subir ao altar junto de seu cunhado, que se casariam e mais um ciclo em suas vidas iria se dar início. Todos estavam ansiosos, Pete andava de um lado para o outro desde que chegaram e Tem falava sem parar. Enquanto Porsche estava sentado na frente de um espelho que tomava a parede inteira, apenas observando seu terno branco muito bem decorado. Era impossível não ver as lagrimas surgindo em seus olhos enquanto seus dedos desciam pelos detalhes da roupa. Seu sorriso era tão grande, Porchay não resistiu a sorrir junto, se aproximando e apenas acariciando as costas do mais velho, para não bagunçar o noivo com um abraço apertado. Mas após a cerimônia com certeza ia o apertar com muito força e provavelmente chorar com ele.

       Porsche secou sua lágrima com cuidado, para não estragar a maquiagem em seu rosto. Então se virou para Chay, ainda sorrindo. Ele juntou sua testa ao do irmão mais novo e susurrou para ele, "isso vai acontecer mesmo?". Porchay acenou positivamente rindo baixinho, observando os olhos felizes do moreno. Ele foi criado por Porsche, viu seu irmão sofrer diversas vezes pela rejeição de seus pais, os momentos difíceis que passaram, quando o mais velho teve mais de dois empregos para conseguir manter tudo e depois de tanto esforço, suor e lágrimas, chegou ao topo, finalmente dando a ambos uma vida merecida. Porsche era o orgulho de sua vida, quem o protegeu de tudo e todos, o deu comida, casa, tudo...além de seu irmão, praticamente um pai para si. Kinn apareceu e depois de tanta dor, Porsche finalmente parou de se fechar para o amor, parou de ver aquele sentimento como um peso em sua vida ja cheia de obstáculos. Deixou que o homem alto e bonito tomasse seu coração e agora estava pronto para se casar com ele depois de alguns anos namorando e morando juntos. Uma fase difícil para Porsche, após o início da relação, foi quando ele se mudou com Kinn e Porchay foi morar sozinho, ele morria de medo de deixar o garoto só. Mas conseguiu superar isso, um pouco...

       Porchay presenciou diversas das brigas dos casal, as desculpas, algumas das conversas de reconciliação, enquanto ainda morava com Porsche. Ele podia ver como seu irmão e seu cunhado se esforçaram um pelo outro a cada segundo do relacionamento. Kinn era um tanto irresponsável emocionalmente com certas pessoas a sua volta, como seu próprio irmão, Porsche ajudou a mudar isso, mesmo com algumas mancadas do homem. Mas Kinn também sempre esteve de braços abertos para o namorado se abrigar, quando estava triste, machucado, exausto e até mesmo quando estava feliz, ele estava ali independente da situação. Eles se amavam isso era mais do que claro, feitos um para o outro, almas gêmeas...

       Porchay poderia não acreditar tanto em coisas assim, almas que foram feitas para se encontrar, com o destino os unindo. Mas assim como Kinn e Porsche pareciam uma exceção, Kim também o fez pensar mais sobre isso. Como sua alma foi feita para encontrar a de Kim, com um pequeno obstáculo o distraindo, mas mesmo assim o encontrando. Era bom pensar que eram alma gêmeas.

        Um dia Porchay estaria se arrumando para casar com seu namorado, assim como seu irmão, disso ele tinha certeza, e Porsche o levaria para o altar, como um pai faria com o filho.

       ─ O momento irmãos está maravilhoso, mas eu realmente preciso te encarar indignado por estar se casando com meu primo idiota ─ A voz grave de Vegas chamou a atenção dos dois, tirando uma risada de Pete que estava de braço dado com o homem. Chay também acreditava em almas gêmeas vendo Vegas e Pete juntos ─ Ainda não acredito que convenceu Kinn a fazer o casamento na praia, a única coisa que eu e ele combinamos é odiar areia.

       ─ Reclame com o seu homem, olha essa casa...eu te amo Pete, poderia te puxar pra casar comigo naquele altar ─ Porsche riu de seu própria piada, olhando em volta a casa alguns metros da distância da areia da praia, que Pete havia encontrado para o casamento acontecer. Séria no quintal da casa, assim Porsche teria a paisagem do mar que tanto desejava e Kinn (Vegas também) não surtaria agoniado com os grãos de areia que faziam seu corpo coçar.