Calêndula

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Ela também é conhecida como bem-me-quer mal-me-quer, maravilha e margarida dourada. A calêndula é nativa da África central e foi trazida e disseminada no Brasil em meados do século XVIII. Seu nome vem da palavra latina calendae, que significa "primeiro dia de cada mês".

Ela estava em seus poros.

Já era noite e Álvaro sentia-se reprimido.

Esmeralda queria ver seu rosto, e isso era algo ao qual Álvaro não estava preparado.

Durante muitos anos se enclausurou naquele castelo.

A escuridão era tudo o que vivia após o trauma de perder filho e esposa.

Aquele rosto suave de covas angelicais , havia surgido em seu caminho.

Roubando suas flores... Porém, Álvaro se sentiu vivo novamente junto a ela.

Deveria procurá-la. Mostrar a ela sua face.

Álvaro olhou pela janela, um temporal caia, sem se importar com o tempo e a escuridão ao qual já estava acostumado, ele saiu a procura de Esmeralda.

Alvaro tinha pressa, seu coração no ritmo daquele sentimento inovador.

Apressado, louco.

Passou por um vilarejo.

Seguia procurando por ela.

Esmeralda havia saído para dar uma volta e não imaginava aquele temporal.

Ouviu o ruido de um cavalo e quando olhou para trás, estava um homem sobre o cavalo.

Aquela capa .. Álvaro.

Esmeralda estava inteiramente molhada.

Ele desceu do cavalo e se aproxima dela.

Sem dizer uma palavra, Álvaro tirou o capuz que lhe cobria o rosto.

Esmeralda apenas o olhava.

Ele tinha uma cicatriz em seu rosto, ao lado direito, uma queimadura bem aparente. Uma profunda e angustiante dor lhe percorreu todo seu corpo.

Como ele deve ter sofrido.

-- este é meu segredo.

-- Eu... Eu sinto tanto ..

-- não! Não sinta pena de mim! Diga que voce sente nojo e medo! Vamos!

Ele a sacudia e Esmeralda gemeu.

-- diga! Não é isso o que sente?

Ela o afasta.

-- você sente isso! Por si mesmo!

-- você não entende!

-- o que poderia não entender? Que você é um homem com traumas sobre sua aparência? Acredita que somente isso importa?

Álvaro ficou em silêncio.

Ela virou-se para seguir seu caminho, quando Álvaro a alcança.

-- espera... Levo você até seu aposento.

Ela levantou os olhos e havia lágrimas.

-- agradeço a gentileza, estou próximo a minha casa.

-- por favor.

Ela consente e ele a ajudou a montar sobre o cavalo, montando em seguida.

Cavalgando em silêncio.

-- minha casa é aqui.

Álvaro olhou a casa. Era uma pequena e simples cabana.

Álvaro a ajudou a descer, segurando ela pela cintura.

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