Azalea

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Álvaro estava em seu canteiro e iria refazer o estrago que fizeram ao roubar suas flores.
Talvez ele pudesse observar aquela noite quem era o responsável por sua ira ao invadir o seu castelo e roubar suas adoradas flores.
Gentilmente ele refaz o estrago plantando outras flores no lugar das roubadas.
Com todo cuidado e zelo.
Quando termina retorna ao castelo.
Tomando um longo banho de banheira.
Em seguida ele se veste com seu sobretudo.
Aquela noite descobriria quem perambulava seu castelo.
Ele então sentiu frente a janela.
A noite havia chegado e na escuridão aguardava o que talvez descobriria.

Esmeralda estava cansada. Porem, aquela noite teria que ir mais uma vez ao castelo.
Pegou sua cesta e partiu para mais uma aventura naquele castelo sombrio.
Ao chegar entrou facilmente pelo portão que por acaso parecia destrancado.
Observou o local.
Estranho pensou.
O local não poderia haver ninguém.
Era escuro e diziam que a família que ali vivia havia falecido em um terrível acidente de carro.
Ele ouviu um ruido e aproximou-se lemtamente da janela.
Olhou e o que viu foi uma mulher.
Usava um vestido em tom azul.
Seu coração palpitava.
Uma sensação estranha percorreu
Todo seu corpo.
Esperou ela terminar de pegar as flores.
Esmeralda sentiu um calafrio percorrer-lhe a espinha.
Parecia que era observada.
Olhou para as janelas.
Rapidamente Álvaro escondeu-se.
Em seguida ele ouviu o ruido do portão e ela havia saido.
Uma mulher! Porque ela lhe roubava?
Para que usaria suas flores afinal? Sera que apenas por gostar de flores como ele?

Amanhece e Álvaro teve a ideia de ir a cidade. Teria mesmo que comprar algumas coisas.
Ele usava seu longo sobretudo.
E um capuz cobria sua cicatriz. Deixando maior parte de seu rosto coberto.
As pessoas o olhava como se ele fosse um estranho.
E era.
Alguns passos dele avistou uma mulher.
Seu maxilar retraiu ao notar o mesmo vestido.
Era ela. A mulher que roubava suas flores.
Estava ali. A poucos metros dele e vendia suas flores.

Ele ficou a observa-la, ela tinha os olhos tristes e tão profundamente sofrido quanto os olhos dele.
Ele colocou a mão sobre o capuz de sua veste certificando-se de que seu rosto estaria coberto.
Iria se aproximar.
Calmamente e com o coração aos pulos Alvaro se aproxima da tenda de flores da mulher mais linda que seus olhos ja vira.

Esmeralda viu um homem encapuzado se aproximar de sua tenda.
_ bom dia senhorita.
O homem disse.
Esmeralda nao conseguia ver totalmente o seu rosto, pode observar o traço de seu queixo forte e com uma saliência.
O homem possuia uma voz de timbre forte e seguro.
_ bom dia senhor.
_ são lindas suas flores.
_ obrigada.
_ por quanto as vende?
_ eu faço os arranjos por 2 libras senhor.

2 libras.
Duas míseras libras, era o valor daquela mulher ao vender as flores depois de todo o trabalho que tinha.
Isso emocionou Álvaro que mudou suas intenções para com a mulher.
_ gostaria de comprar.
_ qual das flores o senhor gostaria?
Esmeralda o observou sorridente.
_ todos. Quero levar todas as suas flores.
Esmeralda pensou que o homem deveria ter cometido algum erro grave com alguma mulher por querer levar todas as flores...
_ sim senhor vou fazer os arranjos.
_ não precisa. Eu as levo da forma que estão.
_ é claro, vou coloca-las na cesta.
_ 200 libras paga todas as flores?

Esmeralda o observou, aquele valor era mais do que as flores valeriam.
_ muito nobre de sua parte senhor, mas não é preciso tanto por algumas flores.
_ poderia saber seu nome?
_ Esmeralda.
Que irônia.
Alvaro pensou.
Ela tinha nome de pedra preciosa.
_ Esmeralda que por acaso é uma linda pedra preciosa.
Alvaro disse.
_ sim. O senhor como se chama?
_ Alvaro, a seu dispor.
Ele pediu a mão dele e ao entregar uma das mãos a ele, o homem beijou suas mãos.
_ sabe senhorita Esmeralda, eu amo flores de todos os tipos, então para mim, elas valeriam muito mais que 200 libras.
_ entendo.
Esmeralda disse um pouco tensa.
Nao conseguia ver o rosto dele e estava curiosa.
Ela lhe entregou as flores e ao receber o dinheiro as mãos dele tocou as suas e ela sentiu o corpo estremecer.
Alvaro sentiu a tensão de Esmeralda, porém apenas agradeceu com um leve cumprimento com a cabeça e virou-se caminhando para longe.
Esmeralda observou aquele homem cheio de misterios se perder meio a multidão.
Quem seria ele e porque escondia o rosto?
Ela colocou as mãos sobre a boca aflita.
Seria aquele homem o dono do castelo em que ela colhia as flores?
Esmeralda tinha que saber quem seria aquele homem tão intenso e misterioso.

Alvaro chegou ao castelo e deixou as flores sobre a mesa.
Esmeralda vivia de suas flores, saber disso o cativou ainda mais por cuida-las.

Alvaro pensou que Esmeralda teria mais valor do que qualquer pedra preciosa e queria ajuda-la.
Sempre teve a solidão e a melancólia como sua companhia, porém agora teria um motivo para viver.

A flor azalea.

Uma das diferenças principais entre as azáleas e as demais espécies de rododendros é seu tamanho e crescimento da flor. Os rododendros desenvolvem inflorescências, enquanto a maioria das azaleias têm floradas terminais - uma para cada talo. Apesar disso, brotam tantos talos que durante as estações em que florescem formam uma sólida massa colorida que variam entre magenta, vermelho, laranja, cor de rosa, amarelo, lilás e branco.

As flores híbridas de azaleia se desenvolvem durante centenas de anos. Essas mudanças genéticas feitas pelo ser humano produziram mais de 10 mil espécies cultivadas. Também podem ser recolhidas e germinadas as sementes.

Estas plantas precisam de um solo bem drenado e uma exposição sombreada e fresca. O uso de fertilizantes é optativo. Algumas das espécies demandam podas regulares.

Gênero Azalea (Linné)

SistemaClassificaçãoReferênciaLinnéClasse Pentandria, ordem MonogyniaSpecies plantarum (1753)

Notas

↑ No Brasil é comum o uso da forma azaleia; embora menos correta, é a forma mais utilizada. Deriva de azálea, termo oriundo do latim azalea criado por Lineu em 1735, que, por sua vez, se origina do grego azalea (forma feminina de azaléos, azaléon que significa, "seco", "árido")

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