Finalmente Esmeralda chegou ao castelo.
Ela observou que as flores que ela havia tirado do canteiro haviam sido plantadas novamente.
Ela observou o castelo horrorizada, o homem que havia comprado as suas flores havia plantado as mesmas novamente ao canteiro.
Esmeralda estava envergonhada por haver pego as flores do homem sem permissão.
Ela então observou a entrada do castelo.
Era uma porta imensa de cobre.
Esmeralda se aproximou da porta.
Pela janela, Alvaro a observou.
Ela iria entrar ao castelo!
Alvaro se desespera não queria que ela o visse.
Nao queria que ela entrasse ao castelo.
Ele ouviu o ruido da porta se abrindo.
Esmeralda entrou no castelo.
Ela caminhava por um corredor, o local estava escuro e parecia assustador.
_ ola!
Ela dizia na esperança de alguém responder.
Esmeralda ouviu alguns passos em sua direção porém, não via ninguém pela escuridão em que Estava.
_ por que invade meu castelo?
Ela ouviu a mesma voz do homem que havia comprado suas flores.
_ desculpe. Queria apenas pedir algumas flores.
Alvaro acendeu uma das velas e o local fica um pouco mais claro.
Ele usava a mesma vestimenta que cobria todo seu rosto.
_ o senhor é o mesmo homem que comprou minhas flores esta manhã.
Ela disse
_ sim sou eu. Ao que parece, as flores não são suas.
Ela ficou em silencio.
_ não se preocupe tenho muitas delas.
_ então não esta zangado por eu haver roubado suas flores?
_ confesso que havia ficado bastante decepcionado.
Esmeralda não poderia compreeder um homem a quem nao poderia ver o rosto._ venho me desculpar. Prometo nao tocar mais em suas flores.
Ela iria sair porem, Alvaro a impediu.
Uma das mãos o homem segurou os seus ombros trazendo-a para si.
Assustada, Esmeralda queria apenas ver aquele rosto.
O que ela sentiu foi a força de suas mãos sobre ela.
E estremeceu.
Alvaro s retraiu por haver tocado em Esmeralda.
_ me desculpe.
Ele disse afastando-se.
_ quero te mostrar uma coisa.
Ele diz
Esmeralda sentia uma mistura de desejo e curiosidade.
_ não precisa ter medo.
_ eu nao tenho medo.
_ pode me acompanhar?
_ sim.
Pela primeira vez após a morte de sua familia Alvaro conseguiu sorrir.
Ele caminhou a frente dela e virou pelo corredor chegando a uma escada.
Ele passava acendendo as velas para clarear o ambiente escuro e hostil.
Quando Esmeralda chegou ao local era simplesmente lindo.
Seus olhos nunca havia visto tamanha beleza e cuidado.
Ela se aproximou.
_ são tão lindas...
_ sim eu as cultivo.
_ são fascinantes.
Esmeralda o fitou.
_ porque não deixa que o vejam?
Ela perguntou
_ não importa.
_ desculpe.
_ você pode pegar quantas flores desejar aqui.
_ mas não do jardim.
_ exato. Essas eu as cultivo e sempre se pode melhorar.
_ eu agradeço, mas não posso fazer isso.
_ fazer isso o que?
_ não posso pegar suas flores. Elas são lindas demais para vende-las.
_ eu faço questão de doa-las a você.
Ela encarou aquele homem que se escondia do que ela nao poderia saber.
_ posso aceitar se voce me deixar ver seu rosto.
Ele sorriu.
_ ainda não, mas posso prometer que vera o meu rosto em algum momento.
_ então aceito e tem mais uma condição.
_ sim qual?
_ de que aceite uma parte das vendas.
_ não eu realmente não preciso.
_ então... melhor eu ir.
_ eu- eu não preciso eu as cultivo por amor e se você as vende ao seu sustento é por uma boa causa.
_ eu vou pensar nisso.
_ esta bem.
_ bem obrigada Alvaro. O seu castelo é...
_ escuro?
Eles riram juntos
_ misterioso como você.
Ele não era misterioso era um monstro com uma emorme cicatriz no rosto.
Ele pensou_ não há misterio algum.
Ela calou-se.
_ entao... foi um prazer conhecer suas flores.
_ você voltara.
Ele disse.
_ pensarei sobre o que disse.
_ sim e lembre-se que sera um prazer ajuda-la.Ela caminhou ate a saida.
Durante a noite em sua cama sob a luz de lamparinas, Esmeralda pensava no porque daquele homem querer ajuda-la.
Porque ele se escondia sob aquele capuz que não permitia que o visse?
Esmeralda adormeceu.Estava sonhando o sonho mais lindo de todos, em meus sonhos voce vinha ate mim e me abraça fortemente.
Como quem pudesse quebrar, mas eu não posso ver seu rosto.
Existe uma dor tão forte em você a mesma que existe em mim por me sentir tão solitária.
_ deixe-me ver seu rosto.
Eu te peço
_ eu não tenho um rosto.Chocada com o sonho, desperto.
Meu corpo estremecia e algo dizia que deveria salvar aquele homem da escuridão em que sua alma se encontrava._ Álvaro... quem é você afinal?
Aquela era uma resposta que ela so teria se estivesse próxima.
As flores os havia aproximado...
Esmeralda não consegue dormir o resto da noite pensando em Alvaro.Em seu castelo, Alvaro buscava novas ideias e precisava buscar novas flores, alguma que tivesse a beleza de Esmeralda.
Alguma que a fizesse ficar.
_ não crie sonhos estúpidos Alvaro.
Ele diz a si mesmo.
Porém, o sonho iria apenas começar...Alvaro não sentia aquela emoção mesmo que mínima, fazia muito tempo.
Seu coração estava fragilizado e fechado para qualquer sentimento por varios anos depois da morte da esposa e filho, ate aquela mulher surgir e roubar suas flores...
Nada mais Alvaro poderia prever ao perceber o quão grande era o coração de Esmeralda.
Tão solitária quanto ele, isso ele poderia sentir.
Sera que seus corações iriam salvar um ao outro do destino destituído que era ser só.
Ou aquele sentimento iria morrer quando ela ver seu rosto?
Alvaro não queria que ninguém o visse, porém ele não sentia medo que talvez Esmeralda o veja.
Talvez ela o veja com os olhos da alma, com os olhos do coração.
Alvaro sabia o quão grande e belo era o coração de Esmeralda.
Assim como o seu.♡
A flor amaranto
Amaranto (Amaranthus) é um gênero botânico da família Amaranthaceae. Várias espécies são conhecidas pelos nomes de bredo ou caruru. Compreende cerca de 70 espécies, das quais cerca de 40 são nativas das Américas. Ele inclui pelo menos 17 espécies com folhas
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Jardim de encantos
Romance1960 Alvaro vivia em seu castelo escondido do mundo sua vida era apenas suas flores. ele apenas cultivava e plantava lindas flores. Alvaro se via ao espelho e seu reflexo o assustava. um acidente trágico marca seu rosto e sua vida. Ele havia perdido...