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O Gabriel continuou ali, com as mãos na minha cintura. Ele e o Victor não paravam de se encarar. E eu? Só queria que um raio acertasse a minha cabeça.

O Victor nada disse, apenas pegou suas coisas e saiu.

Gabriel: Ele gosta de você, não é? - ele me olha sério.

- Acho que sim, por que?

Gabriel: Acho que já deu pra perceber que eu estou a fim de você, certo? - ele tira as mãos da minha cintura e se afasta.

- E-eu...? Por que você se interessaria logo por mim? -pergunto um pouco surpresa com o que ele disse.

Gabriel: Por que? Você é linda, qualquer um se interessaria por você. - diz e eu consigo sentir sinceridade no que ele fala. - Mas não é só pela sua beleza...Eu não consigo ficar um minuto sem pensar em você, isso tem me tirado noites de sono e até me atrapalhado nos treinos, não sei nem como consegui fazer 5 gols hoje. Bem, talvez tenha sido porque você estava me assistindo jogar. - ele coça a nuca.

Eu apenas fico calada.

Gabriel: Eu sei que pode parecer estranho, e também está muito cedo pra te falar isso, mas eu tenho certeza de que estou sentindo algo a mais por você, e eu realmente queria tentar algo.

- Uou... Eu não sei nem o que falar. - digo sem graça. - É, só faz um mês que agente se conhece. Ainda acho um pouco cedo pra começar um relacionamento. Mas eu acho, ou melhor, também tenho certeza de que estou sentindo algo a mais por você. E devolvendo seu elogio, eu também te acho muito lindo! - ele da uma risada e eu também. - Vamos esperar mais um pouco, beleza?

Gabriel: Tudo bem gatinha.

- Ah, eu adoro esse apelido. - dou um sorriso para ele.

Gabriel: Que ótimo, vou te chamar assim sempre então.

- Eu vou indo, o Lucas deve estar me esperando lá fora. Até mais tarde. - lhe dou um abraço. - Você não se incomoda de eu estar te abraçando?

Gabriel: Seu abraço é gostoso, não me incomoda nem um pouco.

- Valeu. - solto ele e vou em direção a porta.

Algo me faz dar meia volta, agarrar seu pescoço e lhe dar um selinho.

Gabriel: Aí sim. - sorri malicioso.

- Tô indo agora. -saio do vestiário e em seguida do estádio.

Lucas: 'Ce tava aonde?

- Tava no banheiro, eu tô naqueles dias. - minto.

Lucas: Eita. Vamos logo, você ainda tem que passar no supermercado pra escolher as verduras pro almoço de amanhã.

- Hum, é verdade, vamos então.

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- Batata, tomate, alface... - eu dizia pra mim mesma para não esquecer o que tinha que comprar

Estava indo pegar o carrinho, até sentir alguém agarrar o meu pulso e me puxar para dentro do banheiro (que fica do lado do lugar onde fica os carrinhos de compra)

É ele...

De novo ele...

Tento gritar, mas ele coloca a mão na minha boca.

Ele me joga dentro do banheiro e tranca a porta.

Diogo: Que porra foi aquela em S/n? - aperta meu punho - Tá namorando aquele desgraçado do gabigol agora é?! Você é minha e eu já deixei isso bem claro.

- Me solta, por favor- ele me dá um tapa forte no rosto, fazendo com que eu caia no chão em cima do meu pulso. - A-ai - começo a chorar de dor.

Diogo: Deixa de mimimi sua puta. - ele enrola sua mão nos meus cabelos e os puxa.

- S-solta, tá doendo. - choro ainda mais.

Diogo: É uma vagabunda mesmo. - ele me joga no chão novamente, dessa vez eu dei um mal jeito no meu pé direito e bati meu nariz no chão, que imediatamente começou a sangrar. - Você já foi avisada. - ele sai do banheiro, e me deixa ali, chorando de dor.

Bem na hora meu celular que estava caído no chão toca. Vejo no visor que é o Gabriel me ligando.

Resolvo atender.

- Bi... - solto um soluço.

Gabriel: Ei gatinha, o que foi? - diz e consigo sentir preocupação em sua voz.

- Vem me buscar... Por favor. - choro mais ainda.

Gabriel: O que aconteceu S/n?! Onde é que você tá?

- ******

Gabriel: Eu tô pertinho desse supermercado, fica aí do lado de fora que eu já tô chegando. - ele desliga o telefone e eu me levanto do chão com dificuldade por conta das dores.

Eu vou andando até a saída do supermercado com dificuldade por causa do meu pé,
tento tampar o meu nariz para que não o vejam daquele jeito.

Quando eu chego do lado de fora, já vejo o carro do Gabriel estacionado e ele vindo até mim, andando rapidamente.

Gabriel: O que que aconteceu com você? - ele segura minhas mãos e as afasta do meu rosto. - Quem fez isso S/n? - pergunta com raiva ao ver meu nariz sangrando e os hematomas espalhados pelo meu corpo.

Eu não digo nada, apenas abaixo a cabeça e continuo chorando.

Gabriel: Vem então, no caminho você me conta- ele pega no meu pulso, e logo eu solto um gemido de dor e em seguida desce mais lágrimas. - Eu te machuquei? Me desculpa. - ele me abraça e eu deito minha cabeça em seu ombro.

- Me leva pro hospital, por favor. - falo em seu ouvido.

Gabriel: Está bem. - ele percebe o incômodo que eu estava sentindo ao tentar andar. - Vem cá. - ele me pega no colo e me leva até o carro.

Com muito cuidado, ele me coloca dentro do veículo e em seguida, me leva para o hospital.

Gabriel: Vou avisar o Lucas que estamos aqui. - ele pega seu celular e começa a discar o número do meu irmão enquanto estávamos ali, parados no trânsito.

- Não, pelo amor de Deus não faz isso. - imploro.

Gabriel: E por que não?

- É uma longa história, e eu prometo que te conto tudinho. Mas não liga pra ele, por favor.

Ele pensa um pouco, e logo guarda o celular.

Chegamos no hospital, e novamente ele me pegou no colo e me levou para dentro.

Gabriel: Vou descer você rapidinho tá? - eu apenas concordo e ele me coloca no chão.

Eu agarro seu braço, com medo de aquele homem vir atrás de mim de novo.

xx: Em que posso ajudá-los?

Gabriel: A minha namorada está precisando de atendimento, urgente. - olho para ele na hora, mas não falo nada.

xx: E o que ela está sentindo?

Ele termina de explicar tudo a recepcionista e logo ela imprimi uma pulseira com o meu nome. O Gabriel me ajuda a colocá-la no meu braço.

Poucos minutos depois, me chamaram para ir até a sala onde o doutor estava.

Estico os braços para o Gabriel, que me pegar como se eu fosse um bebê. Confesso que fiquei com muita vergonha das pessoas olhando para nós dois.

Dr.: S/n, certo? - ele estava distraído com alguns papéis que estava organizando em cima de sua mesa. - O que houve com você? - assim que ele olha para mim, já parece entender o que aconteceu. - Você bateu nela?

Gabriel: Eu?

- Não Dr. não foi ele, foi um conhecido meu. Eu tô sentindo muita dor no pulso e no meu pé. - me sento ma cadeira e lhe mostro meu braço.

Ele me examinou. Tive que fazer uma radiografia, o meu pulso não estava quebrado, era apenas uma luxação, mas eu teria que usar uma faixa no pulso durante 7 dias. O meu pé foi apenas uma torção, eu devo colocar gelo durante dois dias para desinchar e parar de doer.

LightOnde histórias criam vida. Descubra agora