— Hoje é meu dia de ir lavar o banheiro. — Giselle reclamou e Minjeong fez uma careta.
— O meu foi ontem. — Ela respondeu e Jimin sorriu.
— O meu não foi semana passada e nem essa. Acho que esqueceram de mim. — Ela falou e Minjeong olhou desapontada para a semente da fruta em sua mão.
— Ji, minha maçã acabou. — Minjeong disse e fitou sua namorada. — Eu queria outra. — Minjeong falou e Jimin ergueu a cabeça para olhar para o lugar aonde deixavam as frutas.
— Olha que sorte, Minjeong. Ainda há frutas. — Ela disse e Minjeong deitou a cabeça em seu ombro.
— Busca para mim? — Ela pediu com a voz manhosa e Jimin riu anasalado.
— Está bem. — Ela replicou após alguns segundos, se esquivando da menor antes de ir buscar a fruta.
— Ela ficou frouxa demais, não é certo explorar ela assim, Minjeong. — Giselle falou e a Kim riu.
— Não a estou explorando. — A mesma rebateu. — Eu pedi para ela, ou seja, ela teve a opção de dizer não.
— Céus, ela está apaixonada. Não te dirá não para essas coisas que te agradam. — Giselle falou e Minjeong sorriu.
— Aqui está. — A voz de Jimin soou atrás de Minjeong e a menor se virou, pegando a fruta e esperando Jimin se sentar ao seu lado novamente para se inclinar e depositar um beijo manso em seus lábios.
— Obrigada. — Ela disse sorrindo. — Mas você sabe que pode dizer não quando eu te pedir algo, não é? — Minjeong indagou e Jimin assentiu.
— Eu sei, mas gosto de te dar todos os sim's possíveis. — Ela replicou e Minjeong mordeu o lábio inferior.
— Então... — Minjeong começou, inclinando-se sutilmente para sussurrar algo no ouvido de Jimin. — Que tal dizer sim para a ideia de irmos para nossa cela para eu te dar alguns orgasmos, hm? — Indagou sensualmente, pincelando seu nariz ao longo do pescoço de Jimin. — Essa noite a gente nem fez nada disso, apenas dormimos.
— Sua proposta é muito tentadora. — Jimin disse respirando fundo, ouvindo o riso genuíno da menor.
— E então? — Minjeong perguntou mordendo o lábio inferior.
— Kim Minjeong! — A voz firme de uma das policiais soou e a menor a olhou instantaneamente.
— Sim, senhora?
— Visita para você. — Ela disse e a menor franziu o cenho.
— Mas não estamos em horário e nem em dia de visita. — Ela falou confusa.
— Vai recebê-la ou não? É a sua advogada. — A mulher disse sem paciência.
— Ah. — Ela falou assentindo. — Eu já volto, pensa no que eu disse. — Minjeong falou, se inclinando e dando um selinho em Jimin antes de se levantar e seguir a policial.
Caminharam em silêncio até o lugar, tendo sido algemada no percurso. Quando chegaram lá a advogada voltou a pedir que a soltassem e assim a policial o fez. Minjeong agradeceu com um sorriso, porém a expressão solene no rosto de sua advogada quase lhe trouxe náuseas.
— Devo admitir que me surpreendi com sua visita inesperada. — Minjeong falou, se aproximando alguns passos. — Não se supõe que eu sairia só em alguns meses? — Nayeon assentiu. — Então a que devo a honra de sua visita?
A loira suspirou e ajeitou os óculos que usava. Ela alisou seu blazer preto e endireitou sua coluna, encarando Minjeong no momento seguinte.
— Eu não sou a favor de injustiças, senhorita, quero deixar isso claro antes
de tudo. — Minjeong arqueou uma sobrancelha e uma sensação de mal-estar varreu sua paz interior naquele momento.— Por que diz isso?
— Eu fui contratada por sua irmã após sua audiência. — Ela começou. — Porém levo meu trabalho à níveis elevados e, por determinada razão, eu fui procurar o advogado que representou a senhorita no tribunal. — Minjeong assentiu atenta. — E o que descobri não me atraiu de forma alguma.
— Por favor, explique-me. — Minjeong pediu aflita, cruzando os braços.
— Eu estranhei o fato de um advogado tão bom não ter conseguido resolver uma simples coisa. Seu caso era simples, era apenas localizar a pessoa da farmácia e pronto, não teriam como te prender.
— O que está sugerindo? — A loira umedeceu os lábios e se aproximou um
pouco mais.— Eu fui procurar a pessoa dessa farmácia e ela tinha desaparecido. Me deixei guiar pelo instinto e segui os rastros do cartão de crédito dessa pessoa, senhorita, e quando a encontrei aleguei que ela poderia ser presa caso se negasse a comparecer no julgamento. — Falou. — Claro que eu já tinha provas de sua inocência, porém quis ir à fundo e, bem, a amiga de Sunoo ficou com tanto medo que acabou confessando ter sido comprada
para se afastar. — Minjeong arregalou os olhos em total surpresa.— Oh meu Deus! — Exclamou boquiabierta. — Quem poderia ter feito isso? — A loira suspirou e a fitou.
— Sua irmã, senhorita. — Minjeong sentiu de supetão um vazio tão grande que congelou sua alma por um instante. Aquilo não poderia ser real. Por que Minju faria algo cruel daquele jeito?
— Como disse? — Minjeong indagou e a loira arrumou seus cabelos com uma expressão apenada em seu rosto.
— Foi Minju.
— Vo-você... tem certeza? — Ela questionou e Nayeon assentiu.
— Por isso vim lhe procurar. — Advertiu. — Eu me demito do posto de sua advogada, pois sou completamente contra esse tipo de ação, a menos que a senhorita que me contrate.
— Eu... — Minjeong queria chorar, porém se conteve. — Não acredito que perdi o natal e ano novo aqui; o aniversário de minha sobrinha... — Disse indignada.
— Não costumo cometer negligências em meu trabalho, senhorita, por isso fui a fundo nisso. — Nayeon disse e Minjeong assentiu.
— Eu agradeço, Nayeon. Eu... vou querer, sim, os seus serviços. — Ela disse, ainda arrasada demais.
— Ótimo. Prepare-se então, senhorita. Abrirei um novo pedido de audiência, desta vez por fraude. Garanto que em menos de um mês estará completamente fora daqui e muito bem remunerada pelo descuido tanto do estado como do seu antigo advogado.
— Sou imensamente grata. — Minjeong disse, sorrindo fraco. Não podia crer o tipo de monstro que sua irmã se transformara.
— Qualquer novidade eu volto. Passar bem e tenha um ótimo dia, Minjeong.
— Você também, Nayeon. Obrigada de novo. — A advogada assentiu com um terno sorriso no rosto e se retirou.
O momento onde a policial a algemou, para levá-la de volta ao pátio, mal foi notado por ela. Em sua mente só se passava perguntas e mais perguntas do porquê de sua irmã ter feito aquilo e trazia consigo uma só certeza: Aquilo não ficaria assim.
![](https://img.wattpad.com/cover/337591068-288-k184573.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Presa por Acaso | winrina
Fanfiction[EM REVISÃO] O que você faria se, por um golpe do destino, você fosse presa mesmo sendo inocente? Minjeong não se assustou tanto quando foi mandada ao julgamento, afinal sua família tinha a conta bancária transbordando dinheiro o suficiente para pag...