Bad Girls Love It Too ‒ Seulrene [REEDITANDO]

Capítulo 2 - Somos a revolução!

Durante todos os anos da sua vida, Seulgi nunca ficou tão nervosa quanto estava agora, neste momento, onde ela se sentia quase sem o ar estocado dentro dos pulmões do tórax tenso.

Ela batia as unhas curtas no braço da cadeira daquele auditório praticamente quase vazio e silencioso, conforme seguia aguardando a sua vez de ser convocada.

Se demorasse mais tempo, talvez, a monolítica tensa não aguentaria aquela tamanha pressão colocada em seus ombros, para finalmente se deixar assim levar por um desmaio, ali mesmo.

Mas, por sorte, não tardou muito para que a Professora Lalisa Manoban encerrasse a explicação exaustiva, e então, colocasse em prática o "Teste Relâmpago" da turma iniciante de dança.

E, quanto mais a monolítica assistia aos alunos se apresentando no palco, mais a sua ansiedade aumentava gradativamente.

Se, ao menos, fosse permitido que os outros estudantes assistissem a pequena competição, quem sabe, Seulgi estaria mais relaxada com a presença das suas amigas e da sua namorada.

Namorada...

Como esse simples termo se encaixava tão bem, quando se tratava do status que a Kang tinha com a Irene Bae?

Poderia ser descrito por vários motivos, porém, principalmente porque as duas combinavam em muitos aspectos, ainda que sejam diferentes em tantos outros critérios.

Era incrível que, somente em pensar na morena de óculos, servia como um calmante instantâneo ao estado do corpo angustiado da jovem dançarina.

— Kang Seulgi — o nome da monolítica havia sido chamado, de modo quase robótico, emanado por um eco no timbre firme da mulher de descendência Tailandesa.

Sem arrastar mais o próprio sofrimento, Seulgi subiu o conjunto de escadas que daria acesso ao palco daquele auditório, o mesmo que era carregado de uma tensão competitiva.

Reverenciando a Professora, a Kang se posicionou no meio, endireitamento imediatamente a sua postura.

Para muitos, aquele olhar analítico da Manoban poderia criar certas fissuras de insegurança em qualquer um, mesmo naqueles que se destacavam na turma.

E que, modéstia a parte, era o caso da jovem Kang.

Quando a turma teve o primeiro ensaio, Seulgi preocupou-se com a avaliação minuciosa de Lalisa sobre ela.

No entanto, ao ouvir os singelos sussurros do grupo de elite da dança, basicamente aquilo significava um bom sinal, diferente do que parecia.

Sendo assim, a despeito do nervosismo que os olhos amendoados da Tailandesa traziam, foi crucial que a Professora de Dança gastasse mais tempo se empenhando em estudar todos os passos dos seus melhores alunos.

Respirando fundo, a música escolhida pela Seulgi começou a tocar, tal como o corpo da monolítica iniciou a dançar pelo palco bem encerado.

Ao ouvir o som da batida de "La La La", do grupo sul-coreano BigBang, Seulgi posicionou-se inicialmente com ambas as pernas abertas num ângulo em "V", exalando uma postura relaxada, contudo, ainda dinâmica como deveria ser tecnicamente.

Dobrando os joelhos, um após o outro, os seus braços jogaram o corpo em um gingado essencial, enquanto as pernas se mantinham firmes no chão, nos primeiros segundos da música de estilo "hip-hop".

Logo, a dançarina ondulou todo o corpo, de maneira que a dança passasse como uma corrente elétrica dos pés à cabeça.

Ela marchou para frente, e depois para trás, sempre mantendo os pés fluídos, além dos braços, interpretando toda a coreografia incansavelmente ensaiada.