Bad Girls Love It Too ‒ Seulrene [REEDITANDO]

Capítulo 8 - Permaneça em meus braços...

KANG SEULGI

Um barulho irritante ressoou pelo meu quarto, acordando-me vagarosamente.

Sem muita animação, girei o corpo no colchão para desligar o despertador, estando ainda sonolenta.

Bocejando, ajeitei o cobertor sobre o meu corpo, no intuito de tentar retornar a dormir.

Porém, subitamente, me recordei sobre o porquê eu tinha que acordar cedo neste sábado.

Peguei o celular para ver as horas, e me assustei quando a tela piscou sem parar, indicando que já eram 09:30.

"Droga! Era para eu ter acordado, no máximo, às 08:30!"

Pensei distraída, levantando-me rápido demais.

Acabei não percebendo que o cobertor se enrolou nos meus pés, o que me fez cair com tudo no chão.

Mas, por sorte, não me machuquei.

Tive que erguer o corpo na velocidade da luz, correndo para o banheiro, na intenção de tomar um banho veloz, antes que eu fique ainda mais atrasada.

Eu prometi para Irene que estaria na sua casa pontualmente às dez horas da manhã, e eu esperava de verdade que conseguisse cumprir com o combinado.

Simplesmente, eu odiava me atrasar para qualquer compromisso, onde recentemente pude descobrir que tenho até certo TOC com horários.

E um atraso me causaria um mau humor pelo resto do dia.

Sendo que a culpada disso tudo, foi justamente uma linda garota que usava óculos, que simplesmente não saiu dos meus pensamentos durante a noite toda.

Eu custei a dormir, por conta da ansiedade de conhecer a sua família, e também passar o primeiro final de semana ao seu lado.

Ultimamente, Irene tem habitado com frequência os meus pensamentos, e até mesmo os meus sonhos.

Foi algo completamente novo, e que me deixava nervosa e inquieta, em especial, quando eu despertava do mundo dos sonhos.

Era a primeira vez que isso acontecia comigo, pois eu apenas ficava com alguma garota numa festa, e no dia seguinte, até esquecia o nome dela.

Mas, com a Irene Bae, essa onda de sentimentos se tornou diferente.

Aliás, se tratando dela, tudo era novo para mim.

Não sabia se era o seu jeito lindo de se vestir adoravelmente, o que me deixava babando, toda vez que a via nos corredores do Colégio, ou a sua mania de ajeitar os óculos e brincar com os dedos, quando a mesma estava envergonhada.

Esses foram os gestos mais fofos que eu já presenciei numa garota.

Até o fato dela permanecer tão séria, quando me explicava alguma matéria, causava-me borboletas no estômago.

E logo eu, Kang Seulgi, que nem acreditava direito no amor, tendo todas essas sensações dignas de um romance clichê.

Ajeitei a gola da minha camisa xadrez vermelha, dobrando as mangas, até os cotovelos.

Comecei a pentear os meus cabelos rebeldes e alinhar a minha franja, e borrifei o meu perfume amadeirado, também calçando o All Star de cano alto, da cor vinho, para logo arrumar a minha mochila, ainda verificando se coloquei tudo no lugar.