The demon slayer!

Lesson Twenty Four: Um dia é da caça, outro, do caçador

Quando meu tio Madara, me chamou para uma reunião, eu já sabia ser uma missão, porém ao encontrar meu pai em seu escritório, entendi que algo muito sério estava acontecendo. Todavia, eu não estava minimamente preparado para o relatório que estava agora em minhas mãos.

-Não vamos te forçar a ir Óbito. -meu tio disse sem um pingo de emoção em sua voz. -É sua escolha.

Era inegável para todos do clã que Itachi não se casaria com Izumi, e diferente do que muitas vozes dos mais antigos esbravejavam, meu sensato tio não se envolveu. Nosso clã tinha séculos de histórias sangrentas, e era notório que todo e qualquer casamento forçado em nosso meio só traria mais desgraça para nossa família, contudo, contrariando o bom senso que eu o julgava ter, Itachi tinha se casado com ''uma comum'', mesmo dadas as circunstâncias ali descritas, era inacreditável que ele o tenha se deixado enganar daquela forma. Ela o drogou e engravidou? Aquilo era risível!

-Eu irei! -afirmei, e meu tio apenas maneou a cabeça concordando.

-Rin pode não gostar muito disso, iremos ficar meses fora. -meu pai parecia querer me dissuadir.

-Ela entenderá, ademais ficar um tempo fora é o melhor agora. -ele apenas afirmou.

Ficara cógnito para o clã que eu despertara o Mangekyō Sharingan a anos atrás com a morte do meu primeiro filho, porém o poder deste era conhecido por poucos, o que tornava minha inclusão naquela incursão completamente necessária, meu tio não me pediria aquilo a menos que fosse extremamente imprescindível.

Rin não ficaria chateada de forma alguma, ela estava focada demais no romance do nosso filho com a menina do Hatake. De toda forma, ela entenderia, era a proteção de uma mulher grávida afinal.

Uma semana depois daquela conversa no escritório, achávamos-nos de joelhos frente aquela menina que era abraçada com carinho e orgulho pelo meu primo, e não era por menos, ele seria pai da primeira menina em anos no nosso clã, aquela informação por si só era algo que faria todo clã comemorar.

Eu a estudava de relance, desde a forma travessa com que se dirigira ao meu tio, ao jeito envergonhado que ficará quando a parabenizamos. Nada nela era o que eu esperava após ler o relatório sobre está. Mas, foi o apelido ''carinhoso'' de meu primo para com está que mais me surpreendeu, pois, para um caçador de demônios chamar sua jovem e amada esposa de ''demônia'' tão fervorosamente era no mínimo inusitado.

Uchiha Samantha ou demônia como Itachi tanto a chamava, não aparentava nenhum traço de loucura ou medo tão inerente á pessoas comuns que casaram com alguém de nosso clã, entendi, é claro, que desde o ocorrido na descoberta de sua gravidez que meu primo e sua família a vinha protegendo de nosso mundo como podiam, porém, por duas vezes essa viu o horror deste, ao menos é o que consta no relatório que me foi entregue. A primeira, quando seus pais foram mortos e a segunda vez quando em uma briga com Itachi está saiu para visitar a casa de uma amiga também ''comum'', acarretando no seu salvamento por Itachi e Shisui. Então, isso por si só já era surpreendente, qualquer outro comum nessa situação já teria enlouquecido.

Eu fora designado a fica a protegendo das sombras na maior parte do tempo, porém está não saia de casa e passava a maior parte do dia no laboratório com Mikoto ou conversando animadamente com qualquer um que encontrasse, e por vezes Itachi me avisara sobre algo que era inerente a ela, aquela menina não entendia sobre limites. Era como se não houvesse um filtro em suas palavras, ela perguntava tudo o que lhe vinha a mente, bem como dizia o que queria.  Entretanto, a forma que eu a olhava mudou no dia em que eu percebi o quão boa ela era julgando o mundo ao seu redor.

Ela não só manipulou a situação fazendo Sasuke entender seu erro, como enfrentou Itachi de frente com o lema de nosso clã para que este aceitasse que esta nos ajudasse. Ela sozinha já tinha três clãs fora o nosso, que lhe ofereceram proteção, e agora conseguira um quarto.