Extra 10: Hackeado!

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Eu a esperava na sala de música, mandara uma mensagem para o seu celular e marcado de nos encontrarmos ali. A dias eu tentava entender o que estava acontecendo.

Começou apenas com algumas de minhas mensagens no messenger sendo "lidas" antes de mim, e se o Hidan não tivesse reclamado, eu jamais teria percebido. Depois foram mensagens no WhatsApp e essa semana percebi a câmera do meu notebook estava piscando do nada, provavelmente também Hackeada, e isso foi a gota d'água para mim.

-Itachi, o que quer comigo? -ela entrou risonha e afobada, parecia ter corrido até ali.

A olhei frio, e ela piscou perdida para mim.

-Já disse oitocentas e oitenta e sete vezes para me chamar de Uchiha. -ela revirou os olhos.

-Pior é que você conta, pensei que...

-Sem conversas Santos, eu estou aqui para pedir que pare. -fui até ela, a olhando enraivecido, ela conseguia realmente me tirar do sério.

-Depois de todo esse tempo, você está com raiva agora por eu te chamar de Itachi... -ela começou a dizer meio perdida, mas a cortei, não a deixaria começar com o papo furado.

-Não estou falando disso Samantha. -sibilei seu nome e ela finalmente me olhou séria.

-Então do que está falando Itachi? -ela parecia realmente perdida, e aquilo me irritou ainda mais, será que ela pensou que eu nunca notaria?

-Estou falando de me hackear, quero que pare com isso, eu nunca te dei esse direito, você...

Ela veio até mim e bateu no meu peito com a mão aberta.

-Repita isso Itachi, e eu juro que você vai se arrepender. -ela levantou a cabeça me fitando puta, ela nunca tinha me olhado assim. -Eu jamais faria isso com você Itachi, com nenhum dos meus amigos, achei que me conhecia melhor que isso. -sua voz saiu magoada no final, e eu fechei a mão com tudo. Eu queria acreditar nela, mas... -Você não acredita em mim não é? -ela me fitou firme.

-Demônia, eu...

-Me dê seu telefone. -ela se afastou de mim e estendeu a mão.

-Por que eu...

-Me dê seu telefone Itachi, ou eu realmente hackearei você, e acredite, você não gostará disso. -ela estava realmente com raiva.

Peguei meu telefone a entregando, ela mexeu nele por uns minutos e depois tirou a bateria deste e puxou o seu do bolso da jaqueta de seu uniforme, e discou nele o colocando rapidamente no ouvido.

-Ei Shika, tudo beleza? -ela falou tranquila. -Comigo sim, mas vou precisar de ajuda para umas coisas, pode me emprestar seu equipamento um pouco? -ela esperou por uma resposta e sorriu. -Ok te encontro na minha casa em 10 minutos, fico te devendo essa. -ela desligou me fitando. -Vamos para minha casa Itachi.

-Temos aula ainda! -tentei argumentar, estávamos no horário de almoço.

-Isso não está aberto a discussões, vou pegar nossas coisas na sala, vá arrumar uma desculpa para nós na secretária, diga que estou morrendo com as cólicas e você está indo me levar em casa. -ela já e a saindo da sala. -Vou achar a filha da mãe que está hackeando você Itachi, e espero de você mais do que um  simples "me desculpe" por isso.

Por algum motivo eu me sentia completamente perdido. Respirei fundo, deveria saber que algo daria muito errado quando me preparei para enfrentá-la, era a demônia no fim das contas, ela sempre fora completamente imprevisível.

Respirei fundo pela centésima vez colocando os pensamentos em ordem.

Droga, realmente a culpara por algo que não fez, a revolta dela, o jeito como me olhou quando a acusei, era claro para mim agora que não foi ela, e deus o que eu faria para me desculpar, ela estava realmente magoada.

Deixaria para pensar nisso depois, por hora iria falar com o diretor para conseguir nossa saída. Não inventaria uma desculpa, apenas diria que precisávamos resolver algo, e que por isso a levaria comigo.

Conseguir a permissão não foi difícil, e ao sair de lá dei de cara com ela me esperando no corredor. Ela nem me esperou dizer nada quando jogou minha mochila para mim, saindo a frente revoltada.

Ela entrou dentro de um carro que estava a frente da escola parado, provavelmente tinha chamado um Uber, já que assim que entrou foi logo conversando sobre endereço e sentou na frente, então suspirei entrando atrás. Não conversamos, o motorista deve ter percebido algo já que não comentou nada.

The demon slayer!Onde histórias criam vida. Descubra agora