Extra 8: Verdade ou Consequência?

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Estávamos a beira das provas finais, e a demônia ainda tinha dificuldade com japonês, então como tínhamos um trabalho de biologia para fazer, resolvemos ir para a casa dela estudar. 

-Tem certeza que não seria melhor fazer uma pesquisa no...

-Não demônia, use os livros. -abaixei a voz para os pais dela que estavam na outra sala não escutarem. -Eu sei bem o que você quer fazer, nem pense em copiar nada da internet. -ela revirou os olhos.

-Seria muito mais fácil, e poderíamos nos focar no japonês. -ela fez bico, e se esticou pegando um salgadinho que sua mãe tinha colocado ali.

Ela comia com uma mão enquanto a outra estava com um livro levantado, ela fazia algumas caretas as vezes, era engraçado ver que ela realmente se concentrava piamente quando queria. 

Não era a primeira vez que vinha a sua casa já que sempre que tínhamos trabalho em equipe acabávamos fazendo só nós dois, e os encontros sempre eram em sua casa, com seus pais ali. Segundo ela, seu pai preferia assim, já que ele podia "ficar de olho". Aquele pobre homem deveria sofrer com ela, várias vezes eu a vi o perturbando também. 

Sua mãe era japonesa, uma senhora calma mas com um olhar compenetrado, e era notório o quanto ela tentava mudar o jeito louco da filha. Mas seu olhar para a demônia era de puro carinho e orgulho.

-Ei Itachi como se lê esse Kanji? Estou tentando com o dicionário mais não faz sentido para mim.  -ela me estendeu a folha e eu rapidamente dei uma olhada entendendo o problema.

-Vem aqui, vou te mostrar a diferença é bem simples. -coloquei a folha na mesa e ela se aproximou. 

Eu desenhei a família dos kanjis e ela ficou ao meu lado fazendo diversas caras até no fim rir animada entendendo e me agradecendo.

-Obrigada Itachi. -ela se afastou deixando seu cheiro de amêndoas no meu braço onde tínhamos nos tocado.

Passamos a tarde toda ali estudando. Ela sempre reclamava para usar o computador no começo, mas a demônia fazia ótimas resenhas dos livros e isso tornava nosso trabalho muito mais fácil. E eu precisava admitir, ela tinha uma ótima escrita crítica, e se tivesse sido criada aqui, provavelmente me superaria, já que em questões de mundo ela se saia sempre melhor.

Era em momentos como agora que eu me pegava pensando que tipo de criação ela teve? Seus pais parecem extremamente normais, e se não fosse por seus olhos tão iguais ao pai e seu rosto tão puxado de sua mãe, eu diria que ela não pertencia a aquele lugar. Contudo, eu deveria levar em conta a influencia de sua prima super inteligente sobre si, e se pensar dessa forma a demônia é a prova viva de que qualquer pessoa com um bom professor se torna extremante inteligente. Não tirando seus méritos, já que esta deveria ter dado muito duro nos estudos para ser quem é hoje.

-Tem certeza que não quer jantar Itachi? -ela me perguntou enquanto eu calçava os sapatos na bancada da casa.

-Sim, minha mãe gosta que todos jantemos juntos. -ela sorriu.

-Pai, mãe, vou acompanhar Itachi até a parada de ônibus. -ela gritou.

-Obrigado por ter vindo ajudá-la Uchiha-san. -a mãe dela se curvou.

-Eu que agradeço por me receberem. -me curvei para ela. -Tenham uma boa noite.

-Boa noite. -disseram juntos.

-Você não precisa me deixar na parada sabe. -ela sorriu.

-E como vou ter você só para mim uns minutinhos? -suspirei, já esperava uma resposta descarada dela. -E você ainda não confirmou sobre o Natal. -ainda faltava um mês para o Natal.

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