Lesson Four: Fracassar não é cair; É recusar-se a levantar.

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-Sim tio, eu quero ficar aqui, me desculpe. -ele me olhou transtornado.

-Seu pai ficaria decepcionado com você. -eu chorei. 

-Ele ficaria mais se eu não assumisse as responsabilidades por meus atos. -olhei-o firme em meio ao choro.

-Se é assim que quer. Com licença. -ele saiu nos deixando ali.

-Samantha...

-Eu quero ir para casa. -pedi. -Por favor.

-Leve-a Itachi, nós terminamos tudo por aqui, é melhor para ela ficar longe disso tudo agora.

As pessoas nos olharam quando este me ajudou a sair dali. Era claro para todos o que poderia ter acontecido. Desde o começo o fato de Itachi não sair do meu lado, e os Uchihas terem cuidado de tudo já deveria ter levantado muitas suspeitas.

Dentro do carro fiquei com a cabeça baixa todo o caminho chorando baixinho, mas limpei o rosto quando o carro parou, porém tal foi minha surpresa quando vi que não estávamos em sua casa, mas sim num cemitério. O olhei sem entender, mas este saiu e veio me ajudar a descer.

-O que estamos fazendo aqui Uchiha?

-Você se arrependeria depois por não ter se despedido adequadamente de seus pais. Eles estão enterrados aqui, junto ao mausoléu de nossa família. -o olhei confusa. -Você é uma Uchiha agora, nada mais justo do que seus pais que lutaram para proteger meu filho descansarem aqui.

-Seus pais?

-Meu pai quem deu a ideia, mas ela estava na cabeça de todos nós acredite.

-Obrigada Uchiha. -ele me levou até o que parecia ser uma igreja no meio do cemitério, e lá abriu a porta. Parecia ser bem cuidado. Adentramos o local e ele me levou até uma cripta, e apontou para mim.

-Vou te deixar sozinha, se precisar de algo ou quando quiser ir, é só chamar. -ele se foi sem esperar uma resposta.

Olhei por minutos para aqueles caixões brancos, os nomes talhados a mão e os desenhos de brasões Uchihas e outros que eu não conhecia estava encriptado ali.

"Aqui jás aqueles que lutaram pelo bem, pela luz, por quem amam." 

E logo abaixo.

"Sayuki e Edvan Santos, amados país, bravos heróis. Morreram protegendo nosso sangue, e por ele sempre serão lembrados."

Eu fiquei um tempo parada olhando para aquilo sem saber o que fazer.

-Ainda não acredito que isso está acontecendo. Ainda espero acordar com a senhora brigando comigo por eu está atrasada mãe, e ouvir o pai dizer que eu estou magra demais para seu gosto. Mas está aqui agora, torna tudo tão real, torna a dor tão difícil. Eu sinto tanto... -coloquei a mão em minha boca para abafar o choro. -Sinto, e sei que nunca vou me perdoar por isso, por ter causado tudo isso. Vocês não mereciam, não mereciam uma filha como eu. Eram bons demais, amáveis demais para morrerem daquela forma por meus erros. Me perdoem... O que eu vou fazer agora sem vocês, o que devo fazer mãe? -me deixei cair no chão batendo no caixão. -O que devo fazer, como vou criar um filho, como vou viver com uma pessoa que me odeia? Como vou viver sabendo que causei tudo isso? Eu não sei... Me ajudem, eu estou com tanto medo! 

Fiquei ali chorando sem consolo por vários minutos, e só então me permiti fechar os olhos cansada demais, triste demais para querer levantar.

O frio da noite começou a invadir o local, mas o torpor de meu corpo não me permitiu reagir. Me senti ser levantada, e senti aquele cheiro de sândalo tão característico dele.

The demon slayer!Onde histórias criam vida. Descubra agora