Lesson Seven: Nunca acendas um fogo que não possas apagar.

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-Não importa o passado, mas o que faremos daqui em diante. Sim, você engravidou da forma errada, mas nunca quis isso. -ele desceu os dedos limpando as lágrimas de meu rosto. -Deus escreve certo por linhas tortas Sam. Leve o tempo que precisar para se curar, mas não reprima mais essa dor, você não está sozinha. -ele me puxou pelo queixo e me beijou.

Eu sentia o gosto do guioza ainda ali, sua mão quente em meu queixo me impedindo de fugir. Como se eu pudesse, como se eu quisesse. Fechei os olhos e deixei me levar, aquilo era bom, gostoso de uma forma diferente, não mágico como imaginei, mas tão caloroso a ponto de me esquentar de me fazer esquecer tudo ao meu redor. Ele foi invasivo, sem me dar brechas, como quem quer sempre ditar o ritmo, mas carinhoso, como se tomasse cuidado para não me quebrar.

Quando ele se afastou, vi que seus olhos tinham uma leve cor vermelha, mas logo voltaram ao tom normal.

-Vamos para casa! -ele se levantou e me ajudou a fazer o mesmo. 

Segui quieta, perdida em pensamentos sobre o que tinha acabado de acontecer. E quando dei por mim já estávamos em casa.

-Samantha você está bem? -uma Mikoto vinha agitada até mim. Olhei dela para Itachi sem entender, minha cabeça estava uma bagunça. -O que fez com ela Itachi? -ela brandou brava para o filho e meu rosto esquentou.

-Ela está bem mãe. Demoramos porque ela estava com desejo de comer guioza, então fomos em uma praça próxima a escola comprar e acabamos ficando por lá conversando. -ele deu de ombros e ela me olhou.

-Entendo! Se está bem é o que importa. -a senhora me olhou aliviada, e eu num rompante a abracei.

-Obrigada por tudo! Me desculpe se causei algum problema a vocês. -ela olhou para Itachi que negou, depois se voltou para mim sem entender. -Com licença. -sai dali correndo e fui para o quarto, peguei qualquer roupa e novamente me refugiei no banheiro.

Eu só podia estar maluca. 

Toquei meus lábios sorrindo feito criança. 

-Posso ser feliz? Eu ainda mereço esse tipo de felicidade? Em mãe, pai, eu posso? -eu ria enquanto chorava. Escorreguei pela parede e fiquei ali no chão do banheiro sem saber o que fazer por um longo tempo.

Depois de me acalmar tomei um banho quente, e usei varias vezes o sabonete para ter certeza que não havia ficado cheiro de urina em lugar nenhum em mim. 

Quando sai do banheiro o quarto estava vazio, então percebi que já estava escurecendo. Desci as escadas e os ouvi. Itachi e Sasuke treinavam no quintal, enquanto Fugaku os corrigia (algo bem comum), então fui até Mikoto envergonhada.

Ela estava na cozinha, preparando o jantar.

-Posso ajudar em alguma coisa? -ela me olhou curiosa por uns segundos e depois me sorriu.

-Seria ótimo ter uma ajuda aqui. -ela me passou umas verduras para cortar.

-Desculpe nunca ter ajudado antes. -me senti envergonhada por isso.

-Não tem porque, você passou por tanta coisas esses últimos meses que só o fato de estar bem, já nos deixava tranquilos. -cortei cenouras e me vi lavando-as e depois comendo-as. E ela riu vendo aquilo.

Ela continuou preparando o jantar enquanto conversávamos sobre coisas banais. Eu estava apenas ali sentada roendo uns pedaços de cenoura e repolho cru, enquanto ela ria de minhas histórias da escola.

-Foi na cerimonia de boas-vindas desse ano sabe, eu tinha cabulado ela, e estava passeando pelos terrenos da escola quando resolvi que tinha quer ir no telhado, nunca havia ido lá e aquela era a chance perfeita. Então corri animada. Mas quando cheguei no ultimo lance tive de usa a bombinha por que me faltou ar. -ela riu de minha tristeza. -Mas depois que me recuperei eu continuei fervorosa em minha tarefa, e entrei no terraço do telhado. -ela me sorriu. -Corri alegre até o arame de proteção, e fiquei olhando o terreno. Foi quando vi, aquele cabelo rosa, eu reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar. Ela estava abraçada a um garoto, então no impulso eu gritei. "Dali Sakura", daí ela empurrou o Sasuke longe, e ele caiu de bunda no chão. -ambas rimos. -Acho que desde então ele me odeia.

The demon slayer!Onde histórias criam vida. Descubra agora