Extra 2: Um mar de sangue!

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Eu não tinha ideia do que estava acontecendo, nenhum de nós tinha.

-O que exatamente a Sakura te disse Shisui? -Itachi pulava em cima das casas ao meu lado, ele não demonstrava, mas eu sabia o quão preocupado ele estava.

Sakura tinha me ligado a certa de 10 minutos, dizendo que a Sam tinha saído de lá apavorada, falando sobre um monstro que a perseguia.

-Ela disse que elas estavam na piscina da escola, que tinha enfim convencido Sam a sair depois de todo aquele tempo, e que estavam se divertindo. -a Sam tinha andado estranha no ultimo mês, não saindo mais de casa e evitando a gente. -Mas que quando escureceu, elas saíram e foram se trocar, e foi aí que tudo ficou estranho. Segundo ela a Sam começou a chorar dizendo que tinha visto algo medonho e que aquilo estava pedindo "Sangue Uchiha" ou assim ela tinha entendido. -ambos nos olhamos sérios. 

Aquilo era impossível!

Primeiro nenhuma delas nunca demonstrou conseguir ver algo sobrenatural, e segundo... Sangue Uchiha? Como, porque?

-E depois? -ele perguntou neutro. Estávamos nos aproximando.

-Ela disse que a Sam saiu de lá correndo amedrontada. -ele afirmou.

Quando pisamos na esquina já podíamos sentir o cheiro de sangue, e um profundo pavor assolou meu coração, mas Itachi não parou, seu Sharingan já ativo, ele puxava a espada.

-Não! -disse com terror.

A porta estava aberta e ele passou por ela em extrema velocidade. Eu travei por um segundo com medo do que encontraria ali. Como, porquê? Porque a Sam? 

Por favor, que ela esteja bem! Rezei! Eu precisava que ela estivesse bem.

-Quando entrei na casa a cena não era outra do que eu já não podia esperar. Sangue e destruição estavam por todo lado, o corpo do demônio ainda caia para frente sem cabeça, a esquerda dele o corpo da tia que havia sido provavelmente esmagado na parede, a cabeça do tio estava a alguns metros de seu corpo, e mais a frente ele a pegava nos braços.

-Ela? -ele se virou para mim com o mangekyou ativado, e eu suguei todo o ar ao meu redor. A quanto tempo eu não via aqueles olhos?

-Queime tudo. -sua voz saiu gélida, mas mesmo assim eu ainda fui até ele, precisava saber, tinha que ter certeza que ela estava bem. -Vou levá-la para minha casa, minha mãe saberá o que fazer, encontro você lá.

Eu mal tinha chegado para ter certeza que ela estava viva, e ele já saia apressado. Mas aqueles míseros segundo foram suficientes para eu entender tudo. 

O cheiro dela havia mudado. Mesmo em meio a esse mar de sangue, mesmo com o cheiro de enxofre por todo o lado, eu poderia discernir a quilômetros. Ela tinha o cheiro dele misturado com o dela, tinha o cheiro de Itachi.

A raiva que senti dele naquele momento foi tanta que eu quase me vi o seguindo. Mas ele estava certo, ela precisava de cuidados imediatos, e eu precisava cuidar das coisas aqui.

Acendi as bocas do fogão e sai da casa, e quando estava a uma boa distância usei o jutso do fogo tão comum a nossa família. Mas não antes de rezar pelas almas deles, prometendo cuidar dela.

Voltei para casa dele o mais rápido que pude, eu queria o sangue dele. Como ele podia ter tocado nela? Ele tinha me prometido que não o faria, ele jurou que não.

Sem falar que tínhamos nossas regras, ele as conhecia bem demais!

Eu estava cada vez mais puto, se ele tinha tocado nela dessa forma, porque, porque não a protegeu? Como teve a coragem de a deixar tão desprotegida se o tinha feito?

-ITACHI. -gritei seu nome revoltado o procurando assim que entrei na casa. 

Tirei a mascara de meu rosto, seguindo para onde sabia que ele estava.

E realmente lá estava ele, na frente da porta do quarto de hóspedes que estava fechada. Tia Mikoto estava cuidando dela lá dentro, tinha certeza. O cheiro do sangue dela impregnava a casa. Tio Fugaku e Sasuke também estavam lá.

-Como assim você não sabe Itachi? -ouvi o tio perguntar.

-Eu já disse, eu nunca toquei nela. -ele parecia uma parede impenetrável de calma. -Eu também não entendo o que está acontecendo.

-Isso é impossível seu bastardo. -o olhei revoltado o puxando pelo colarinho da camisa do uniforme, que ainda estava cheio de sangue. -Como pode fazer isso com ela? -rosnei, e ele me fitou sério.

-A questão é que ninguém percebeu que o cheiro dela tinha mudado até hoje. -Sasuke comentou.

-Provavelmente por causa da pulseira que ela usava. -ele olhou para mim. -Você deu a ela de presente não foi? -meu coração gelou. -Ela deve ter tirado para entrar na piscina, e depois disso os demônios a notaram, e a confundiram com uma Uchiha por causa do cheiro.

A porta foi aberta e eu o soltei para virar encontrando tia Mikoto exausta. 

-Ela vai ficar bem. -suspirei aliviado. -Mas precisamos ter certeza que o bebê também está. Temos que levá-la para um hospital quando amanhecer. -todos ficamos surpresos com suas palavras, e ela olhou séria para Itachi. -Você realmente não sabia?

-Não... -meu punho acertou seu rosto em cheio, e tio Fugaku me segurou antes que eu avançasse mais nele.

-Você ainda vai continuar com isso? -eu tentei me soltar do homem.

Ele ficou de cabeça baixa com um rosto virado. 

-Eu não me lembro... -ele fechou as mão em punho revoltado. -Só aquela noite que não me lembro. -ele se virou para mim com o sharingan ativado. -Só ela... -ele fechou os olhos. -Não importa. -ele abriu os olhos que agora estavam normais, recuperando sua postura calma. -Eu vou assumir minha responsabilidade, e pagar pelo meu erro. Eu vou toma-la como minha mulher Shisui.

-O quê? -perguntei perdido, eu não podia aceitar aquilo. -Você não pode, você prometeu!

-Eu já quebrei essa promessa, e sei que nunca vai me perdoar por isso. -ele me fitou sério e mostrava uma postura calma e firme, mas eu sabia que ele estava fervendo por dentro. -Então só me resta assumir minha responsabilidade por tudo isso. Se é meu filho, então sinto muito Shisui, mas a partir de agora ela é minha mulher. -ele se curvou e saiu, provavelmente indo quebrar algo antes de se trocar, me deixando ali. 

Eu a tinha perdido! Ela jamais poderia ser minha agora!

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The demon slayer!Onde histórias criam vida. Descubra agora