— Léo olha que legal, talvez a mamãe seja igual a você. - Valentina disse para o filho se lembrando das palavras que a pediatra Duda havia lhe falado há duas semanas atrás, quando levou o filho Léo em uma consulta.• flash back on •
Durante uma consulta de rotina, Valentina se sentou na cadeira com seu filho no colo em frente a pediatra.
— Duda, eu queria tirar uma dúvida sobre o meu filho. - Disse Valentina.
— Pode falar. - Duda falou simpática.
— Então, o Léo sempre foi muito risonho, aprendeu a dormir sozinho rápido, mas ele nunca gostou muito de colo, e como você já deve ter reparado. Ele fala palavras isoladas, quando ele fez 8 meses eu pensei que conseguiria lhe ensinar as coisas: mandar beijo, dar tchau, bater palmas, mas ele parecia não se interessar por isso, e tudo bem, cada criança tem o seu tempo. - Falei respirando fundo.
— Prossiga. - Disse Duda.
— Eu esperava ansiosa pelo dia que eu me sentaria com ele para brincar, e ainda espero, ele não tem interesse em mim, eu ensino as coisas para ele, mas a cada conquista que ele tem, não me olha nos olhos, para ser sincera, antes eu achava que podia ser normal, mas de uns tempos pra cá não acho que seja. Mesmo o Léo sendo inteligente e muito esperto, sinto que falta algo. As vezes parece que ele se incomoda até com a minha presença. - Disse e respirei fundo outra vez e continuei falando. - Com 1 ano e 10 meses ele começou a pegar minha mão para fazer tudo, inclusive para apontar coisas, tenho a sensação que ele não entende as coisas que falo, ele é disperso e me ignora, meu filho pode ter atraso no comportamento? - Pergunto aflita.
— Pois bem, eu já reparei sim em alguns comportamentos no Léo, mas ouvindo esses relatos, eu te indico levá-lo em uma avaliação comportamental e terapias para ter um relatório sobre, mas acho que seu filho pode ser autista. - Disse Duda.
— Autista? - Pergunto surpresa. - Mas tem algum motivo pra ele ser assim?
— Não existe motivo existente para o espectro, mas a maior causa é a genética. - Explicou calmamente.
Ao ouvir aquilo Valentina ficou uns minutos em silêncio. A palavra genética ecoava na sua cabeça repetidamente.
— Tem alguém na sua família que seja autista? - Duda perguntou.
— Não, que eu saiba.
— É melhor levá-lo em uma fono especializada. - Disse Duda.
— Tudo bem, obrigada.
— Por nada.
— Vou indo então, até mais.
— Tchau, tchau Léo, até mais. - Ela disse dando tchau com um sorriso no rosto.
• flash back off •
Naquele mesmo dia ao chegar em casa,
Valentina marcou uma avaliação para o filho que foi encaminhado para a fono e uma psicóloga. Por fim, tendo o diagnóstico de autismo.
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Estupidamente Atípica - Valu
FanfictionApós seu filho ser diagnosticado com autismo, Valentina decide procurar uma neuropsicóloga ao descobrir que a maior causa do autismo é a genética, só não esperava ter hiperfoco nela.