Eric não se dá bem com sua técnica de bateria e as brigas e discussões são mais comuns do que a própria música, mas as coisas mudam quando, no meio da turnê, eles acordam com os corpos trocados.
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Quando a porta do elevador se fechou, Alex se virou para Eric.
- De que entrevista ele estava falando?!
Eric levou as mãos à cabeça em desespero.
- Eu tinha esquecido disso! Porra, é uma entrevista pra uma rádio!
- E não tem como desmarcar?
- Não... Eu meio que já desmarquei duas vezes, então agora tem que sair.
Alex bufou e deu um tapa de leve no ombro dele.
- Que droga, Eric! E agora, o que vamos fazer?!
- Calma, vamos na cartomante e quem sabe ela já não desfaz tudo na hora, né?
Alex revirou os olhos.
- Se eu tiver que dar essa entrevista no seu lugar, eu vou deixar seu pau apodrecer de tanta sujeira.
Eric arregalou os olhos.
- Alex, por favor. Faz qualquer coisa, mas cuida bem do meu pau... - No momento que pronunciava a frase, a porta do elevador se abriu no quinto andar e uma senhora ouviu o que ele dissera.
Eric imediatamente congelou e a encarou. Alex reprimiu uma risada.
- Ah... Vai descer, senhora? - Eric falou, sem graça.
- Nem morta! Jovens depravados...
A porta do elevador fechou novamente e Alex caiu na gargalhada.
- Eric, seu depravado, assustou a senhorinha!
Eric não aguentou e caiu na risada também, e os dois saíram do elevador rindo quando ele se abriu no andar da garagem.
Eric parou diante de um Volvo preto e se virou para ela.
- Me dá sua licença.
- Pra quê? - Alex o encarou.
- Vou dirigir e sou você, portanto, preciso do seu documento.
- Minha licença está suspensa, amigão.
- Suspensa?! Como você conseguiu essa proeza?
- Atropelei um cara.
Eric ergueu uma sobrancelha.
- Não é tão fácil assim ter a licença suspensa por atropelar alguém, Alex.
- É que eu atropelei ele uma vez, dei ré e atropelei duas, depois acelerei e atropelei pela terceira vez.
Eric arregalou os olhos, em pânico.
- Mas relaxa, ele tá bem. Ele tentou abusar de mim numa festa.
