Eric e Alex entraram apressados no quarto de Eric e trancaram a porta.
Alex parou no meio do quarto e encarou Eric.
- Como vamos fazer?
Eric pensou por um momento.
- Vamos sentar na beirada da cama. Se acontecer alguma coisa e destrocarmos, pelo menos não caímos direto no chão.
Alex concordou e se sentou. Eric se sentou ao lado dela e se viraram um para o outro.
- Isso é estranho. - Alex disse.
- Só vamos dar um selinho e ver o que acontece.
Alex concordou com a cabeça e fechous olhos. Formou um biquinho com seus lábios e esperou. Em alguns segundos, sentiu os lábios dele (ou melhor, os dela) tocando nos seus. Os lábios dele estavam quentes, e foi uma sensação boa.
Os dois abriram os olhos e se encararam.
- Pelo visto não deu certo. - Alex falou baixo.
- Acho que teremos que tentar um beijo maior então...
Alex suspirou. Há algumas horas, preferiria morrer do que trocar saliva com Eric Singer, mas agora, depois do selinho quentinho, não parecia tão má ideia assim.
Alex fechou os olhos novamente e sentiu a respiração dele quando ele se aproximou.
Os lábios deles se tocaram. Ele fazia movimentos bem lentos e com as pontas dos lábios. O beijo estava um pouco travado, tímido, parecia não estar encaixando bem. Alex estava tímida e um pouco nervosa, apesar de estar surpresa com o quão agradável era sentir ele tão perto assim.
Eric interrompeu o beijo e Alex o encarou, confusa.
- Alex, não vai funcionar assim.
- Do que você tá falando?
Ele levantou e a puxou pela mão. Os dois pararam frente a frente e Eric a encarou. Apesar de estar olhando pro próprio rosto, Alex reconhecia ele quando olhava no par de olhos azuis. Era a alma dele ali, e de uma forma muito estranha, ela o reconhecia por trás daquele corpo.
- Ligação verdadeira, lembra? Vamos caprichar no beijo, senão não vai acontecer.
Antes que Alex pudesse responder, ele se aproximou e a beijou. Como ele estava no corpo com a menor altura, ficou na ponta dos pés para beijá-la. Alex ficou sem reação, mas sua boca parecia ter entendido bem o recado.
Isso foi um arrepio?
Eric passou uma das mãos pela nuca dela e, com a outra, a apertou na cintura. O beijo era lento e suave. Eric a puxou pra mais perto e deu uma leve sugada na língua dela. Sem perceber, Alex soltou um leve gemido.
Ai, porra! Mas o que eu poderia fazer? Meu Deus, ele tem um beijo tão gostoso...
Ela então passou os braços pela cintura dele e se aproximaram mais. O beijo só melhorava a cada segundo.
Alex então sentiu algo em sua calça. Ela estava ficando mais apertada, e sentia um volume diferente. Imediatamente, ela se afastou e olhou para o membro, que estava totalmente ereto.
- Meu Deus, tá vivo!
Eric riu maliciosamente.
- Significa que você tava gostando...
- Eu?! - Alex exclamou. - Claro que eu não tava gostando!
Eric riu como se dissesse sei...
- Bom, então é isso, não destrocamos.
Alex não queria dar o braço a torcer que tinha amado o beijo e que queria mais, mas a vontade de continuar beijando era maior do que seu orgulho.
Eu já não tenho dignidade mesmo...
- Acho que a gente não beijou o suficiente.
Ela o tomou nos braços de novo e voltaram a se beijar.
Dessa vez, Alex o ergueu, já que estava no corpo mais forte, e Eric a segurou pela nuca novamente.
Entre o beijo, Alex riu e sussurrou:
- Isso é estranho, mas é bom...
Eric riu também e ia responder, mas ouviram uma batida na porta, e imediatamente se separaram.
Alex correu até a cama, se sentou e colocou um travesseiro sobre a cintura para cobrir o membro rígido.
Eric se aproximou da porta.
- Quem é?
- Ei, Eric, é o Doc. - Doc era o empresário da banda. - Não esquece, daqui duas horas saímos pra entrevista.
- Pode deixar!
Eric ouviu os passos de Doc se afastando e se virou para Alex, que estava pálida e com os olhos arregalados.
- Eric, ele não quer voltar ao normal, parece que tá vivo! Ele fica se mexendo sozinho!
Eric riu.
- Daqui a pouco ele volta ao normal, não se preocupe.
- O que foi que a gente fez...
Eric suspirou. Jamais no mundo ia imaginar que acabaria adorando beijar a chata da Alex. Mesmo trocados, puderam ver como seus corpos reagiam um ao outro. Alex estava tendo problemas com seu novo pênis, e Eric estava sentindo sua vagina úmida e dilatada. Sabia o motivo.
- Não destrocamos, infelizmente.
Alex o observou.
- E o que faremos agora?
- Vamos pra entrevista e, quando voltarmos, pensamos em algo. Mas sabe, - ele abriu um sorriso tímido para ela. - esse beijo não foi completamente em vão.
***
As coisas estavam estranhas após o beijo.
Eric havia ajudado Alex a se arrumar da forma correta para a entrevista, mas se pegavam observando um ao outro o tempo todo. Alex ficava ruborizada, e Eric sorria tímido, mas nenhum dos dois dizia nada.
Secretamente, gostariam de repetir o beijo. Seus corpos, mesmo trocados, desejavam o outro como se soubessem que isso os completaria.
Talvez aquela conexão absurda durante o beijo fora os corpos sabendo que as coisas estavam trocadas, Eric pensou. Talvez não haja uma atração real entre nós no fim das contas.
Mas ainda assim, não conseguiam tirar aquele beijo da cabeça.
- Eric.
- Oi. - Ele se virou para ela.
- Tô com medo. Não sei o que dizer na entrevista.
Eric pegou o relógio que ela usaria na entrevista e andou até ela. Alex era sempre animada, parecia estar sempre pronta para uma briga, para virar a noite em um festival ou para assaltar um banco (não necessariamente nessa ordem), sempre muito enérgica e confiante, mas estava abatida naquele momento, parecendo frágil, coisa que Eric jamais imaginou que ela pudesse ser.
Ele pegou o braço dela e disse, enquanto prendia o relógio em seu pulso:
- Seja verdadeira em tudo. Perguntarão sobre a banda, a música e provavelmente sobre relógios. Seja verdadeira, isso basta.
Ela suspirou e assentiu com a cabeça.
- Vou estar lá com você. - Ele abriu um sorriso meigo que Alex nunca vira.
As coisas estão realmente estranhas...
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WHEN LIGHTNING STRIKES - An Eric Singer fanfiction
FanfictionEric não se dá bem com sua técnica de bateria e as brigas e discussões são mais comuns do que a própria música, mas as coisas mudam quando, no meio da turnê, eles acordam com os corpos trocados.