Dois.

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Theo.

Não imaginei que minha noite, meu finalzinho de aniversário ia acabar nessa confusão toda.

Mas pergunta aê se eu me arrependo? Não mermo, tô realizadão de ter feito tudo aquilo com a Mariah e ainda de quebra tô namorando, quero mais nada não.

Pierre: Usou camisinha pelo menos seu pau no cu? — Dou risada ao ouvir meu pai e balanço em positivo com a cabeça. — Menos mal, tô querendo ser vô ainda não.

Theo: Fica de boa véinho, o pai é precavido. — Sinto um ardor na nuca e vejo que ele me deu um tapa estralado. — Porra!

Pierre: Véinho? Olha pra mim pô, sou novão. — Ele sorri daquele jeitão dele e caminha até a porta do meu quarto, mas antes de sair se vira pra mim. — Bora lá fora, não deu tempo de te mostrar teu presente.

Nem respondo e já saio com ele pra fora do quarto, desço as escadas rapidão e caminho com ele até a garagem de casa.

Pierre: Fecha o olho. — Nego com a cabeça achando graça e fecho os olhos como ele mandou. — Tua mãe vai me matar mas eu tô ligado que tu vai gostar a beça.

Theo: Posso abrir? Tô ansioso pô.

Pierre: Abre e se diverte. — Abro os olhos rapidamente e quando me dou conta do que está a minha frente eu travo em completo choque.

Theo: Tá de k.o?! — Falo alto e meu pai nega com a cabeça dando risada da minha reação. — CARALHO MERMÃO, QUE NAVE!

Eu simplesmente ganhei uma Triumph Tiger 1200 do ano, NO MEU ANIVERSÁRIO DE 16 ANOS!

Pensa numa nave? Linda pra caralho, enorme, brilha que chega a doer os olhos, uns detalhes azul na frente...A coisa mais linda, papo reto.

Theo: Tu é o melhor pai do mundo, papo reto! — Sorrio de orelha a orelha e abraço meu pai apertado que retribui da mesma forma, me dando um beijo na cabeça. — Eu te amo, obrigada mermo...sei nem o que falar.

Pierre: Tu merece moleque, pai te ama pra caralho. — Ele me abraça mais uma vez e eu saio do abraço no exato momento em que ele me entrega a chave da minha nova bebê. — Só fica ligado quando for andar por aí, dá bobeira não porque tu não é maior de idade ainda.

Anna: Espero que essa moto seja sua, Pierre. — Nós dois nos viramos no exato momento em que minha mãe entra na garagem de braços cruzados e com uma cara de que vai metralhar geral. — Eu espero mesmo.

Pierre: Vida... — Meu pai coça a nuca claramente nervoso e eu dou risada daquela cena, um homem desse porte com medo da mulher. — Ele vai se comportar, né não? — Faço que sim com a cabeça.

Anna: Eu sei que não vai adiantar discutir, e você Pierre, nossa conversa vai ser lá em cima. — Minha mãe aponta pro lado de dentro da casa e volta a me olhar. — Tenha juízo com essa moto e não abusa, não quero passar noites sem dormir imaginando você igual maluco por aí.

Theo: Tá tranquilo mãe, vou andar suave pela quebrada. — Sorrio e ela retribui observando a moto.

Anna: Depois abre seu aplicativo do banco, meu presente pra você tá lá. — Arregalo os olhos sem entender e pego o celular de dentro do bolso da calça entrando logo no aplicativo.

Theo: K.o?! — O tanto de zero que tem na minha conta que eu perco até o rumo da conversa. — Quanto tem aqui? Tem zero a beça!

Anna: 150 mil pra você gastar como quiser, sei que você é um menino responsável e vai saber como usar da melhor forma. — Abraço a mulher da minha vida que da risada e beija o topo da minha cabeça, me abraçando com mais força. — Eu te amo, meu milagre.

Theo: Te amo pra caralho mãe, valeu mermo! — Puxo meu pai pra perto e nós três nos abraçamos. — Amo vocês dois demais, papo reto, melhor aniversário de todos.

Pierre: Lógico que é, transou e de quebra ganhou moto e uma grana do caralho. — Vejo minha mãe beliscar a barriga dele e dou risada, vendo ele ficar puto. — Tu não larga essa mania hein porra?!

Anna: Quero nem saber desse assunto por hoje, do jeito que o Matheus saiu daqui eu duvido que ele vai levar essa história numa boa. — Respiro fundo e sorrio sem graça, desvencilhando do abraço.

Theo: Independente do que for eu sei o que eu quero, que é ficar com a Mariah...Ele precisa aceitar por bem ou por mal.

Pierre: Amanhã vou encontrar com ele na boca e mandar o papo, e certeza que vai tá mais manso por causa da Íris.

Anna: Bom, eu vou subir e tomar um banho porque já tô exausta. — Ela beija minha testa e se despede. — Juízo você com essa moto.

Theo: Pode deixar mãe. — Pisco de um olho e ela sorri indo pra dentro de casa. — Será que é muita loucura eu ir ver a Mariah?

Pierre: Se você tiver disposto a tomar rajada de glock, vai na fé fiote. — Ele gargalha e nega com a cabeça. — Deixa as parada esfriar primeiro, vou trocar um papo com ele amanhã.

Theo: Suave, vou subir pro quarto então. — Dou mais uma olhada na moto e abraço meu pai novamente. — Valeu mermo, tu é foda.

Pierre: É nois pivetão. — Ele apaga a luz da garagem e entra comigo na casa, subo as escadas junto com ele e sigo caminho diferente pro meu quarto.

Tiro toda a minha roupa e deixo largada no chão do banheiro, preciso tomar um banho quente pra dar uma relaxada boa antes de pegar no sono.

A todo momento penso na Mariah e em como nossas vidas mudou de forma drástica hoje, mas pra melhor.

Não sei como vai ser de amanhã a diante, mas sei de uma única coisa: eu tô disposto a passar por tudo, seja ruim ou seja bom, pra ficar com ela.

Não vai ter nego que vai fazer eu desistir dessa garota, ela é tudo que eu quero pra mim.

Me espera [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora