Kate estava em uma situação dificil, ainda no porão frio, sem água ou comida a quase dois dias, já sentia o desespero tomar conta de seus pensamentos. Se a mãe acordasse e soubesse que ela morreu ali, de frio e inanição iria enlouquecer de vez. Precisava encontrar uma saída, mas estava se sentindo tão fraca, que mal tinha forças para se levantar. Ouviu passos pesados se aproximando e tentou permanecer ereta, sentada no chão gelado e com as costas apoiadas na parede de pedras ásperas. A luz foi acesa e a claridade repentina feriu seus olhos.
_ Levante-se e saia Kat! Cortez exigiu
Mas ela não teve forças e pra sua completa humilhação ele viu a poça a seu redor e fez um som de asco.
_ Fraca como a vagabunda da mãe!
_ Não fale sobre a minha mãe. fez rouca
Ele a chutou fazendo-a cair de lado.
_ Traga esse monte de lixo pra cima.
Ordenou a alguém e Kat sentiu mãos a tocando e gritou tentando lutar. Mas mal pode oferecer qualquer resistência, antes de ser arrastada escada acima. O capanga a deixou no próprio quarto e ficou de vigia na porta. A fechadura quebrada não permitia a Kat a menor privacidade.
_ Tome um banho e se arrume. Se você não descer em 20 minutos, linda e fresca, eu venho aqui te buscar e você não vai gostar disso!
Quando Kate desceu minutos depois, havia tomado um banho rápido e alguns goles de água da torneira do banheiro, a maquiagem ocultava as marcas em seu rosto e usava o único vestido que encontrou no quarto. Era preto, justo e muito sensual, com um decote que recelava seus seios firmes e arredondados, de uma maneira nada discreta. Ouviu a forte inspiração de Cortez ao vê-la e estremeceu de medo.
_ Agora sim você está com uma aparência adequada. Nada de bancar a mocinha inocente!
_ Preciso ver a minha mãe. Por favor!
_ Sua mãe não acordou... ainda. Mas tenho outros planos para você Katerina. Coma. Não queremos que você desmaie no meio da apresentação.
Kate precisou se obrigar a comer, estava faminta e precisava recuperar as forças, mas só foi capaz de ingerir alguns bocados antes de ser arrastada pra fora. Tentaria fugir antes que esse louco fizesse alguma coisa ainda pior do que ja fez até então. O rosto estava marcado e havia vários outros hematomas no corpo, principalmente nos braços.
Cortez não a tocou mais desde a última vez e sempre dava ordens para algum capanga escolta-la. E algumas vezes como agora, era levada à força, aumentando ainda mais as marcas em vários lugares. Chegaram em uma propriedade antiga e Kate viu dezenas de carros estacionados. Foi levada aos empurrões para uma sala e trancada lá. Somente muito tempo depois é que Cortez veio busca-la.
_ Não faça nenhum escândalo ou sua preciosa mãe, não vai mais acordar. ameaçou
_ O que está acontecendo?
_ Você já vai descobrir. Nem um pio, você entendeu?
Ela assentiu.
Entraram em uma espécie de palco e Cortez a posicionou sob os holofotes, em uma posição de destaque e depois desceu, indo se sentar na primeira fileira de um a plateia, lotada de homens de todas as idades e que a encaravam com ar de cobiça, nos rosto ávidos e grotescos.
_ Essa deliciosa peça, foi cedida por Marko Cortez. O lance inicial por sua preciosa virgindade é de cem mil dólares .
Katerinna estremeceu de pavor e só não saiu correndo, porque viu Cortez observando e se lembrou de sua ameaça. Ouviu os lances cada vez mais altos e quase chorou de desespero. Quando uma voz áspera deu um lance obsceno, soube que estava perdida.