Anjo da guarda

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Oie genteee, boa segunda pra vocês <3

Nada melhor do que terminar a saga de Trono de Vidro e ganhar de presente A Guerra da Papoula. Por isso vamos comemorar com capítulo novo!

 Por isso vamos comemorar com capítulo novo!

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"HAVIA UMA GAROTA E HAVIA UM LOBO."

- Então, Senhor Barnes, alguma novidade desde nosso último encontro?

Ele podia pensar em uma infinidade de lugares em que preferia estar naquele momento. Nenhum deles envolvia se sentar no sofá cor de grafite mantendo uma postura estóica, enquanto encarava e era encarado de volta pela terapeuta com traços sociopáticos.

Uma profissional diferente para um paciente único. Se é que aquela situação podia ser descrita com tanta gentileza.

Seu caso era algo singular e necessitava não apenas de alguém habilidoso, mas corajoso o suficiente. Afinal de contas, se tratava de ficar em uma sala com um soldado quase morto resgatado por uma organização terrorista que implantou o alter ego de um assassino em série em sua mente.

Existiam poucos para nenhum terapeuta que concordaria em atender alguém com um histórico daquele. Ele sabia bem disso.

Demorou mais do que imaginara, porém o governo encontrou uma forma, eles sempre encontravam.

A terapeuta de pouca sorte escolhida foi a veterana aposentada a sua frente, Christina Raynor ficou encarregada de garantir que a mente velha e cansada de Bucky não fosse um perigo para os outros. Ainda que a mulher garantisse que o bem estar dele fosse sua maior preocupação no fim das contas.

- Nada de novo. - Sua resposta foi curta e a partir daquele momento podia-se escutar o som de um alfinete caindo.

O silêncio podia ser algo engraçado ou constrangedor, algumas vezes até mesmo acolhedor. Porém naquele consultório era sempre estranho, a falta de conversa levava a um olhar acusatório por parte de sua terapeuta que não estava disposta a jogar o jogo de encarar com ele.

Se fosse sincero consigo mesmo, o fato de caminhar todos os dias até ali era a pequena evidência de que ainda estava tentando. Porém, quando se tratava de dividir seus medos, problemas e experiências pessoais, era quase impossível tirar alguma sentença dele.

Então a situação costumava tomar o mesmo rumo de sempre. Constrangedora e invasiva.

O maldito caderno sendo retirado do bolso dela, como em uma ameaça silenciosa para finalmente conseguir sua cooperação.

- Hey, Doc. - Ele levantou ambas as mãos enluvadas para indicar rendição. - Não deveria usar uma arma não letal como forma de ameaça a um paciente, sabia?

Os cantos da boca da mulher subiram sutilmente com humor. Não havia nada que ele realmente pudesse dizer para mudar o processo de interrogatório daquela manhã. Da mesma forma que fora praticamente forçado a dividir sua vida reclusa e patética nos dias anteriores.

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