Identidades

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Boa noite para as lindezas novas aqui no perfil e pras lindezas que estão aqui a mais um tempinho <3 Como prometido estamos com capítulo novo.

E obrigada especial para quem comenta aqui nos capítulos, me deixa tão animada que eu já começo a escrever outro!

Boa leitura. 

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"PESSOAS SÃO COMO OCEANOS, A SUPERFÍCIE NADA LHE DIRÁ SOBRE O QUE HABITA NAS PROFUNDEZAS

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"PESSOAS SÃO COMO OCEANOS, A SUPERFÍCIE NADA LHE DIRÁ SOBRE O QUE HABITA NAS PROFUNDEZAS."

Os poucos passos necessários para chegar até a casa de Hestia foram dados com calma e sem que ambos trocassem mais palavras.

Sem comentários sarcásticos ou olhares curiosos em sua direção, ela parecia cansada demais para explicar o que havia acontecido. Então Bucky apenas se concentrou em controlar a força usada para envolver o corpo frágil dela contra o seu, temendo  causar a menor mais dor do que a que ela deveria estar sentindo. 

A aproximação instintiva - mesmo que por iniciativa dele - lhe causara uma sensação estranha, como um arrepio sob sua pele. Não necessariamente ruim, apenas incomum. 

No passado costumava ser uma pessoa mais física, nos vários sentidos da palavra.  Mas tudo mudara após décadas tendo seu corpo tocado e utilizado de acordo com a vontade de terceiros. Ele mal podia abraçar alguém que não fosse Steve, e seu velho amigo não estava mais lá para conforta-lo. 

Como tantos outros, aquele era um assunto delicado no qual não gostava de pensar. Levava sua mente para lugares escuros, dos quais não sabia se um dia conseguiria escapar.

Imaginou que talvez a estranheza viesse do fato de que era a primeira vez que segurava alguém em seus braços depois de tanto tempo, ou a naturalidade com a qual a recebera nos seus. 

Quando entraram na casa, o pensamento de que de alguma forma nosso lar refletia quem somos voltou a sua mente. As luzes quentes que iluminavam a sala de estar davam um ar aconchegante ao local, enquanto os móveis em tons terroso e o piso de madeira escuro contrastavam com as paredes pintadas de branco. 

Porem, sua mente minuciosa não pode deixar de olhar para as peças de roupas largadas pelo chão e sofá, seguindo para a mesa de centro repleta de tigelas de comida já acabadas. O impulso de arrumar a casa devia estar estampado em seu rosto, pois logo escutou a voz de Hestia.

- Tão ruim assim?  - Ela olhava para ele com ambas as sobrancelhas erguidas.

Bucky a ajudou a se acomodar no sofá da melhor forma que pode, para em seguida recuar um passo. As mãos enluvadas mais uma vez escondidas nos bolsos da jaqueta.

Não era alguém exatamente em condições de julgar a casa dos outros, considerando o fato de que vivia em uma quase vazia. Ainda assim, como discutido nas super úteis sessões de terapia, organização era semelhante a controle. Foi por isso que provavelmente sua expressão mostrou descontentamento. 

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