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[capítulo não revisado]

Pov's Narradora

  Sinceridade.

Em sua etimologia, a palavra sincero vem do latim -sincerus, que tem como significado:
Limpo e puro.

Mas há uma explicação que associa o termo sincero com o significado de "verdadeiro" devido a um hábito em Roma.

A etimologia popular conta que, na antiguidade, alguns escultores menos qualificados usavam cera para disfarçar imperfeições nas suas esculturas.

Algum tempo depois, o Senado Romano criou um decreto que regulamentava que todas as esculturas produzidas em Roma deveriam ser -sine cera, ou seja, "sem cera" e sem disfarces, de forma honesta.

Dizer a verdade, além de ser algo que é considerado uma virtude, também é definido um hábito de vida saudável.

Cientificamente comprovado, quando somos sinceros com nós mesmos e com as pessoas ao nosso redor, proporcionamos um bem-estar físico e mental.

Ser sincero não é ser transparente, falar tudo que vem a mente sem filtro ou de qualquer jeito. É importante ser sincero, porém, sempre tentar comunicar de uma forma atenciosa, respeitosa e afetuosa.

Em relacionamentos, sejam eles familiares, amigáveis ou amorosos, a sinceridade é uma das bases para que haja o bom funcionamento de tais.

A sinceridade permite que mostremos nossos pensamentos e sentimentos, permitindo que outras pessoas possam ter entendimento de atitudes e incômodos vindo do outro lado.

Entretanto, sinceridade não era algo muito do cotidiano de Elle Aplin e JJ Maybank.

Algumas vezes a mentira servia mais como forma de divertimento, por suas mentes criativas trabalharem na criação de histórias para zoar com os amigos, ou para conseguirem coisas de graça em algum lugar.

Porém havia casos de necessidade.

Muitas vezes essa falta de sinceridade era como uma forma de auto-preservação, fugir de problemas e evitar perguntas na qual as respostas não eram das melhores e mais felizes.

Eles precisavam contar mentiras e inventar situações para terem que escapar desses inconvenientes que cercavam suas vidas desde que se lembravam.

Para JJ Maybank, a sinceridade era quase como uma kirptonita, pois era algo em que ele teria que deixar transparecer suas inseguranças que tanto camuflava.

Agora, estando mais calmo, o loiro resolveu respirar fundo e colocar seus pensamentos em ordem novamente, querendo pensar no que faria a seguir

A resposta para sua pergunta parece não demorar muito para chegar, pois passos se aproximam de onde ele estava, o fazendo olhar para cima e encontra a Carrera ali em pé ao seu lado.

— Não está presa em cárcere privado? — O Maybank questiona ironicamente.

— Acho que ainda estão pensando em uma punição melhor que me manter trancada em casa. — Kiara dá de ombros.

Ela observa a situação que seu amigo se encontrava, vendo os cantos de seus olhos vermelhos e alguns pedaços de madeira quebrados e espalhados pelo píer.

Aplin³ • Outer Banks Onde histórias criam vida. Descubra agora