Hoje, amanhã e para sempre. - Nós dois

A gravação

*No capítulo anterior*

Ele sai do meu quarto e eu tranco a porta. Quando eu percebo, eu estava com um sorriso bobo. Logo, eu tiro o sorriso do rosto e vou deitar. Pego meu celular e posto o vídeo, mesmo com Tato aparecendo lá no fundo.
Eu não sei o que tava acontecendo comigo, toda vez que Tato estava perto ou falava comigo, eu ficava estranha. Eu ficava com uma sensação estranha na barriga, mas não era ruim.
Enfim, logo, eu durmo.

*No outro dia*

*Continuando*

Sábado - 08:00

Pov Sn

Eu acordo, vou pro banheiro, escovo meus dentes, tomo banho, troco de roupa, pego uns remédios e vou ver como meu irmão tá.
A porta estava aberta, então, eu entro lá.

Sn - Ae maninho? Como você tá? - Eu digo acordando ele.
Lzyn - Aí, que dor de cabeça! - Ele diz acordando.
Sn - Eu imaginei. Toma, isso vai ajudar. - Eu dou um comprimido pra ele e água.
Lzyn - O que aconteceu ontem? - Ele pergunta depois de tomar o remédio.
Sn - Você bebeu demais e quase abriu a boca sobre o que a gente fazia na favela.
Lzyn - Puta merda!
Sn - É.
Lzyn - Mas a gente não devia falar isso pra eles? Porque, tipo, vamos ficar aqui por um tempo e eles precisam confiar na gente.
Sn - Você disse a mesma coisa ontem a noite. E você tá certo, vamos conversar com todos hoje.
Lzyn - Tá bom.
Sn - Agora levanta e vai se arrumar, temos uma música pra gravar hoje, lembra?
Lzyn - Lógico! - Ele levanta feliz.

A casa estava um silêncio, talvez porque todos estavam dormindo.
Eu decido descer pra área da piscina. sentar lá e relaxar um pouco.
Quando chego lá, eu sento em uma das cadeiras. Acendo um baseado e começo a relaxar um pouco.

Tato - Bom dia, Sn. - Ele brota do nada e senta do meu lado.
Sn - Bom dia, Tato.
Tato - O que você tá fazendo acordada tão cedo?
Sn - Sou acostumada a acordar cedo. Mas daqui a pouco eu e o meninos vamos pra Love Funk. Lzyn vai gravar nossa música.
Tato - Entandi.
Sn - E você? - Eu digo e dou um trago no baseado.
Tato - O Kotim nao sabe fazer anada sem fazer barulho, então eu e o Gabb acordamos. Acho que eu e o Gabb vamos pra Love Funk com vocês.
Sn - Hmm. - Dou de ombros.
Tato - Você tá linda, sabia?
Sn - Valeu. - Eu digo e tenho a impressão que um sorriso abre no meu rosto, sem eu querer. - Você também tá.
Tato - Olha que mentirosa! Eu acabei de acordar e tô de pijama, não tem como eu estar bonito. - Ele diz e nós rimos.
Sn - Você é bonito, Tato, de qualquer jeito. - Eu digo sem olhar pra ele.
Tato - O que é isso que você tá fumando?
Sn - Maconha. - Digo simples.
Tato - Sn, você tá chapando? Isso faz mal.
Sn - Você acha que eu não sei.
Tato - Porque você usa então?
Sn - Não importa. Minha vida ta fodida faz tempo, uns baseados nao vão mudar nada.
Tato - O que você tá falando, Sn? Olha em volta, olha onde você chegou com sua música. Sua vida não tá fudida, muito pelo contrário.
Sn - Eu sei, mas não tava me referindo a isso.
Tato - Então, me fala. Eu quero te ajudar.
Sn - Nada, Tato. Só esquece, tá bom? - Eu digo e saio dali.

Eu comecei a fumar muito cedo. Com isso, me veio vários pensamentos ruins sobre o meu passado. Eu fui uma pessoa horrível, e meus pensamentos me assombravam sempre que algo bom acontecia comigo.
O clima entre nós dois ficou estranho. E não sei porque, mas aquilo tava me destruindo por dentro.
Por mais que eu tivesse conhecido ele a pouco tempo, parece que eu conheço ele a anos. Eu nunca tinha sentido isso por alguém, depois do meu último relacionamento.
Eu subo pro quarto do meu irmão e ele está pronto.

Sn - Então, vamos?
Lzyn - Bora, só temos que chamar o Kotim.
Sn - Tá, vamo lá. - Nós saimos do quarto e vimos Kotim, Gabb e Tato lá.
Lzyn - Bom dia família. Vocês vão com a gente? - Ele pergunta pra Tato e Gabb.
Gabb - Sim.
Lzyn - Então vamo.
Kotim - Calmo, esqueci meu celular lá no quarto. - Ele diz e vai buscar o celular dele.
Sn - É... - Eu dou uma pausa. - Eu vou esperar vocês lá embaixo. - Eu digo, olhando pra Tato e desço.
Gabb - O que deu nela?
Lzyn - Sei lá. Mas ela tá estranha.