Wednesday Addams nunca se sentiu assim antes.
Os dedos dele, longos e finos seguravam seu quadril com força, tanta força que as unhas aparadas se enterraram na carne macia e pálida, deixando hematomas em uma linda cor aquarela.
Cada empurrão que os quadris dele davam contra os dela, faziam seu abdômen andular, linhas duras se movendo como ondas do mar, gotas de suor descendo até os cachos escuros, no exato ponto aonde eles eram um.
Wednesday queria fechar os olhos, aproveitar ao máximo aquele sentimento intenso e desconhecido que crescia e crescia no seu baixo ventre, causando pontadas por todo o corpo até a ponta dos pés.
Tyler tirou a mão do seu quadril e enterrou na coxa direita com vontade, levantando a perna dela até colocá-la no ombro dele, seus olhos tão escuros que parecia piche, um poço profundo que engolia tudo.
Sem uma palavra de permissão, ele se retirou completamente dela, os cachos molhados de suor grudados na testa, o corpo dourado brilhando sob a luz da lua que entrava pela janela e ele enterrou dentro dela profundamente, fazendo Wednesday engasgar uma maldição.
E ele fez isso de novo, e de novo e de novo, tão forte e tão rápido quanto a primeira vez e Wednesday estava queimando de dentro para fora, juntando os próprios impulsos com os dele para encontrá-lo no caminho e senti-lo dentro de si de forma mais desesperada possível.
O nó que estava crescendo dentro dela explodiu e ela mordeu a própria língua pra evitar gritar, o gosto metálico na boca.
E Tyler parou completamente e com um polegar, pressionou o clitóris de Wednesday com maestria e desta vez ela gritou a sensação mais forte que cem mil volts percorrendo seu corpo.
Ela nem percebeu que tinha fechado os olhos até senti Tyler deitado do seu lado e com dedos gentis, tirou a franga de Wednesday dos olhos, alisando sua testa e sobrancelha como se não acreditasse que ela estava ali, com ele.
Se um Addams eram conhecidos pelas peles frias e rígidas ao toque, os Galpin eram a chama viva, deixando queimaduras aonde tocava, algo macio e grudento que se enroscou dentro dela e cresceu como um verme, um parasita que se alimenta de cada momento, cada olhar, cada linha visível e invisível entre eles.
Ela deveria ter sabido melhor.
Os olhos dele, antes pretos como o breu, agora voltaram para um verde suave, quente, analisando cada micro expressão com um toque quase faminto, ansioso para desvendar a presa pessoa na frente dele.
E ele sorriu, bonito, largo, e instantaneamente Wednesday fechou o rosto em sua carranca habitual e o sorriso dele só se alargou, se isso era possível, caninos brancos brincando na borda dos lábios.
— Nem uma palavra. — Wednesday disse em um tom baixo, mas firme, o corpo que antes estava mole, marcado e relaxado, agora era um cadáver em decomposição, rigidez em cada membro.
— Eu não ia dizer nada. — Tyler respondeu com o sorriso idiota no rosto, o braço servido de apoio para a cabeça, os cachos caindo ao redor como uma coroa. Ele não tentou fechar a distância entre eles, parecendo perfeitamente feliz em apenas observá-la.
E Wednesday nunca admitiria, nem sob pena de morte, uma faca pescoço e o cano da arma contra a nuca, como soube, que naquele momento, nunca esteve mais certa de algo antes.
Como seu cérebro desligou de todas as possibilidades de "se" e "pós" que o futuro traria depois do coito carnal.
Porque essa mentiroso pessoa nunca ultrapassou seus limites como muitos tentaram, ficando perfeitamente feliz em esperar pacientemente para ela vim até ele.

VOCÊ ESTÁ LENDO
Filho da mãe, sangue do pai.
Roman d'amour"E se naquela noite acontecesse mais que apenas um beijo?" Edgar Addams fica repentinamente doente e Wednesday Addams tenta de tudo para salvar a vida do filho, mas não consegue descobrir o que tem de errado com ele. Em um último ato de desespero, e...