𝐀𝐓𝐋𝐀𝐍𝐀 𝐎𝐒 𝐆𝐔𝐈𝐎𝐔 𝐏𝐄𝐋𝐎 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐎 Lado, explicando que criaturas pré-históricas viviam na Terra Oca. Aquele lugar era como um buraco de minhoca. Uma outra realidade, se não isso, uma realidade alternativa ou paralela, mas a maior vantagem deles era o fato de que o Outro Lado era protegido pelo guardião do Tridente Dourado perdido de Atlan.Este, que ficava na toca do monstro, logo através da cachoeira. Navia os acompanhou, enquanto Mera e Marcell ficaram para trás, conversando sobre os fatores dos quais o Subaquático haverá de ter escondido de Mera, em nome de assegurar que ela se continuaria longe dos problemas dele e de sua família problemática e covarde.
Navia e Arthur andaram lado a lado, de mãos entrelaçadas a cada passo do caminho, assim como dividiam as mesmas preocupações e os mesmos pensamentos. Suas almas, aparentemente feitas uma para a outra, colidiam com os seus corações, que estavam crentes de que iriam conseguir ultrapassar aquela barreira pessimista e finalmente ficarem em paz.
── Como está o seu pai? ── Atlana questionou, parando de andar por alguns minutos. Um misto de curiosidade, aflição, amor e carinho tomando conta de seu olhar azul.
── Careca. ── ele comentou. Atlana deu risada, sendo acompanhada por Navia.
── Estou falando sério, querido. Como ele está? ── ela parou de rir e ficou séria. Arthur suspirou pesada e profundamente, coçando a nuca.
── Ele ainda vai ao cás todas as noites, com esperança de que você volte. ── ele revelou. Navia voltou para o lado dele.
Atlana sorriu de canto, lembrando que havia feito uma promessa para o seu marido. A promessa de voltar para casa, para a sua família e filho. Se isso não se realizou, foi por falta de sorte. Ou ela pelo menos quis acreditar nisso, pois a ideia de que Orm havia mandado-a para a morte certa, fazia o seu coração doer.
── Agradeça a ele por mim, por não ter desistido de nós três. ── Atlana tocou o rosto de Arthur.
── Como assim? O que quer dizer com isso? ── perguntou, atônito. O seu tom de voz tomado pela angústia.
── Eu não posso voltar, filho. ── ela revelou. ── Eu já tentei sair pela brecha. Mas ela não me deixa voltar. ── alertou. ── A única coisa que pode tirar vocês daqui, é o Tridente de Atlan.
── Não sei se posso fazer isso. ── ele exclamou, aflito. ── Ser rei...
── Não, não, não, não, meu amor. ── Atlana negou com a cabeça, interrompendo Arthur e apontando com a cabeça para Navia, fazendo-o olhar para a rainha ruiva.
── Atlântida já tem um rei. ── Navia comentou, andando em passos lentos e calmos até o Curry. ── Agora, eles precisam de algo mais. ── ela ficou frente a frente de Arthur.
── E o que seria maior do que um rei? ── ele perguntou, tomado pela curiosidade e entorpecido pelos próprios sentidos.
── Um herói. ── Atlana e Navia responderam juntas, se entreolhando.
Arthur encarou a cascata da cachoeira e finalmente entendeu oque deveria fazer. Aquele era o seu destino lhe chamando pelo nome. Era a sua vez de ficar no controle. Ele deveria se manter no comando das coisas, ao invés de ser um covarde como Orm e atacar a superfície, que não tem como se defender. Ele era a ponte entre os dois mundos, bem como Navia havia dito uma vez.
Arthur pulou pelas pedras que estavam soterradas como andarilhos sobre a água, atravessando a cascata da cachoeira e pulando para dentro da poça de água presente entre um empilhado de pedras circulares. Logo, ele se viu pisando no antigo reino de Atlan, agora mergulhado sobe as águas do mar. o Curry ofegou, ao sentir a ondulação do Tridente Dourado perdido bem diante de seu campo de visão.
── Eu consigo. ── ele afirmou para si mesmo. Quando Arthur achou que podia seguir caminho, tentáculos começaram a emergir em suas vistas. ── Merda! ── ele foi lançado por um dos tentáculos contra a parede do reino submerso.
── Olha só oque temos aqui. ── uma voz obscura ecoou. A criatura tinha uma energia forte e muito difícil de ser suprimida.
── Quem é você? ── ele perguntou, colocando a mão sobre o peitoral.
── Você não sabe? ── Arthur negou. ── Sou aquele monstro marinho gigante que vocês costumam descrever em suas lendas humanas...── seu tom de voz sairá sarcástico como resposta.
Arthur tentou se aproximar do Tridente novamente, e quando foi atacado mais uma vez, ele tratou de aguçar os seus sentidos e a sua percepção mediante a fera que estava enfrentando. O Curry desviou dos ataques e dessa vez quase chegará perto de tocar o Tridente, mas acabará sendo arremessado para longe.
No fim de tudo, Arthur fez um acordo com a criatura grotesca, que aceitou deixá-lo fazer o teste de ser digno de se tornar o próximo herdeiro legítimo de Atlan. Arthur tocará no Tridente e todos os seus músculos foram tomados pelos poderes de Atlan. Aqueles reconhecidos como herdeiros, ganhavam a confiança, sabedoria e domínio dos marés.
Foi como se seu corpo tivesse se desligado do seu verdadeiro eu por um minuto e atravessado uma barreira invisível. Ele era um novo homem. A partir do momento em que se relacionou com Navia sua vida mudou completamente. Aquilo era fato.
Ele era o novo dominante do mar e ninguém poderia ir contra as suas ordens. O Curry estava definitivamente no comando. Nada poderia detê-lo, nem mesmo Orm e sua guerra contra a superfície iria impedir que Arthur defendesse oque era seu por direito.
Ele sairá do reino submerso com a ideia de trazer a paz e a calmaria de volta a humanidade, em nome de proteger os inocentes e as pessoas que ama. Navia era uma dessas pessoas.
A mulher que lhe encantou no primeiro encontro, que lhe atormentou nos melhores sonhos, que lhe fez ficar com medo pela primera vez na vida. A sua rainha. E ela tinha um significado enorme para ele.
Ao reatravessar a cascata da cachoeira com a Armadura e o Tridente Dourado, sua mãe lhe fitará com um orgulho incadescende nos olhos, enquanto Navia tinha suas Iris tomadas pela surpresa e amor. Uma razão pela qual ela e Arthur lutaram lado a lado. Amor. O motivo de uni-los e de ainda estarem juntos. Ela sorriu, impressionada com a coragem e a dignidade que Arthur teve ao realmente conseguir pegar o Tridente Dourado. Seus lábios se curvando silenciosamente. o Curry bateu o objeto no chão e se aproximou em passos rápidos da ruiva, pegando-a pela cintura e colando os seus lábios aos dela.
── Estou feliz que conseguiu. ── ela falou, ao ter a sua boca desgrudada dele. ── Fico orgulhosa ao te ver segurando esse Tridente. ── ela firmou seus braços ai redor do tronco de Arthur. ── Você é o novo dono dos sete marés. Agora terá grande responsabilidades. ── comentou, reveladora. ── Tem certeza de que tá pronto pra isso?
── Sim. ── ele afirmou com a cabeça. ── Da mesma forma que você teve a certeza de que eu era digno. ── eles se abraçaram.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝖣𝖴𝖲𝖪 𝖳𝖨𝖫𝖫 𝖣𝖠𝖶𝖭 ¹ ┆ 𝖠𝖱𝖳𝖧𝖴𝖱 𝖢𝖴𝖱𝖱𝖸
Historische Romaneᶜʳᵉᵖᵘ́ˢᶜᵘˡᵒ ᵃᵗᵉ́ ᵒ ᵃᵐᵃⁿʰᵉᶜᵉʳ 𝐘'𝐍𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐛𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐂𝐡𝐚𝐥𝐥𝐚 É a irmã mais velha de Mera, e diferente da irmã, ela já é uma rainha em ascensão. A primeira do trono, que não gostava e nem permitia a ideia de deixar Orm causar guerra entre...