𝐐𝐔𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐀𝐑𝐓𝐇𝐔𝐑 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐎𝐔 𝐏𝐀𝐑𝐀 A casa, ele foi surpreendido por uma certa ruiva pulando em seu colo e lhe dando vários beijos no rosto e na boca. O motivo era claro: O bilhete que ele deixou. Navia havia ficado emocionada depois de ler e esperou ansiosamente até que o noivo retornasse, apenas para retribuir aquele gesto de amor e afeto que ele demonstrou no pequeno pedaço de papel minúsculo.
A ruiva nunca esteve acostumada a receber aquelas pequenas demonstrações de amor, afinal, seu pai era o rei Nereus e estava sempre ocupado, a única que sempre esteve do seu lado e lhe apoiando com muito carinho era Mera, porém, quando esses momentos acontenciam, significavam muito para ela. E ela não tinha palavras para dizer o quanto havia ficado agradecida em encontrar alguém tão especial como Arthur em sua vida.
Ela já o conhecia tão bem que sabia que, quando Arthur fazia promessas, por mais raras que fossem, ele cumpria com sua palavra. Mesmo que fosse difícil aguentar qualquer rotina mediante tais premissas e idealismos. o Curry foi educado corretamente para realizar, fosse qual fosse, uma tarefa. Proteger, amar, cuidar e fazer feliz a mulher que ele ama não era lá exatamente uma opção. Era uma obrigação. Ele queria que ela se sentisse a mulher mais alegre, satisfeita e sortuda do planeta. Ele esteve lá durante todo esse tempo, justamente para vingar o que tinha dito que faria. Eles seriam uma família.
Arthur e Navia começaram a assistir vários filmes no horário da tarde e adormeceram no sofá. O Curry acordou as 21:20, contudo, ao olhar para a janela, ele percebeu que tinha anoitecido. Todavia, pegou Navia nos braços e a levou para o andar de cima da casa, logo parando em frente a porta do seu quarto, ele deu um leve chute para poder empurrar a madeira lentamente e adentrar pelo pouco espaço que havia conseguido criar. Este, que acabou esticando com o seu corpo forte e grande atravessando a brecha. Arthur deitou Navia na cama, ajeitou sua cabeça entre os travesseiros e a enrolou até a altura dos cotovelos, depositando um beijo calmo em sua testa.
O Curry rapidamente foi para o outro lado da cama e se deitou atrás das costas de Navia, tendo a visão dos seus lindos cabelos vermelhos. Ele sorriu um pouco ao se lembrar de como tinham se conhecido. Ela havia sido um pouco grosseira e arisca, mas agora, perante aquele momento, não tinha nada em sua imagem que se compadecesse com a mulher de meses atrás. Com um semblante duro, olhos perdidos e coração petrificado. Ele conseguiu entrar na mente dela e em seu peito, que se contorcia só de pensar que poderia perder Arthur Curry.
── Arthur. ── ela murmurou o nome do mestiço. Suas palpebras se mexendo rigorosamente por conta de seu pesadelo.
Ele se aconchegou um pouco mais perto e trouxe o corpo de Navia para deitar entre os seus braços, finalmente sentindo o calor do corpo feminino. Navia ronronou de leve ao poder voltar a dormir tranquila. Agora que sua mente estava descansando sobre o peitoral de Arthur. A ruiva ficou mais tranquila quando o seu pesadelo foi embora na velocidade de uma correnteza intensa, despercebida e agressiva.
── Eu 'tô aqui, meu amor. ── ele afagou os cabelos vermelhos da mulher. ── Eu não vou sair daqui. ── ele proclamou. Quando estivesse na hora certa de acordar, eles acordariam, juntos. Navia suspirou calmamente ao ouvir a voz do Curry ecoar em seus ouvidos e o seu sistema nervoso pereceu em um estado de adormecimento.
𝐍𝐎 𝐃𝐈𝐀 𝐒𝐄𝐆𝐔𝐈𝐍𝐓𝐄, 𝐎 𝐂𝐀𝐒𝐀𝐋 𝐒𝐄 Levantou da cama mais cedo do que o planejado. Mera e Marcell estavam na superfície organizando os preparativos e cada detalhe do casamento já pago de Navia e Arthur. Claro que, o Curry já tinha conversado com a sua ruiva antes de toma qualquer decisão precipitada sem consultá-la. Ele apenas concordou em deixar sua irmã participar, mas, ele deixou óbvio que iria falar com a sua rainha. Arthur não queria dar um passo tão grande assim sem avisá-la sobre uma questão tão grande e detalhada.
Navia concordou em deixar a irmã cuidar do seu casamento, até por que, era o mais justo a se fazer. Ela estava arrumando o casamento de Mera e queria que a irmã se sentisse no direito de fazer o mesmo, além de sempre poder participar da vida do casal e ir visitá-los na superfície. Navia havia conseguido um emprego de Técnica de Enfermagem. Ela adorava curar pessoas e tinhas os talentos perfeitos para isso, então não era para menos que ela acabou passando na entrevista com a médica, Vanessa Darling, que também tinham se tornado boas amigas e companheiras.
Navia havia saído mais cedo neste dia. Ela acordou assim que possível, antes de Arthur, e foi para Atlântida conversar com o seu pai sobre a coroação. Poucas horas depois de organizar tudo e fazer uma reunião com o Reino Subaquático e o Reino de Próa, eles concordaram em se unirem e dividirem seus tesouros, tecnológias e os mesmos mares que habitavam em diferentes áreas de Atlântida. Afinal, o reino de Navia e Arthur tinham uma lista enorme de territórios e nenhum deles eram tão utilizados assim, por isso, a ruiva deixou em pauta que iria criar um Reino em específico, mas que ele estaria entre a superfície e o mar. Uma verdadeira ponte para unificar os dois mundos. Tanto, que Navia e Arthur iriam governa-lo da mesma forma que estariam presentes na vida constante e nos assuntos de Atlântida.
Ao avisar sua irmã sobre a coroação, Navia voltou para a superfície apenas para ajudar a Rainha Atlanna a terminar de fazer um vestido para que Mera pudesse usar ao receber a coroa de Navia. O vestido era verde marinho, cheio de babados, as barras da saia eram iluminadas por várias luzes intermitentes, detalhes em dourado se misturavam com o azul oceano do busto do vestido, tinha um leve decote em V que marcava apenas um pouco dos seus seios. Os sapatos de salto-alto eram uma mistura entre o verde e o azul escuro.
A coroação seria em meio ao palco do trono. E logo depois, Marcell também iria ser coroado, já que sua mãe, a rainha Sloan, fez questão de pedir este favor para Navia, e é claro que a ruiva lhe deu a permissão para inseri-lo no evento, já que os dois coroados iriam se casar em breve. Navia trajava um vestido do mesmo tipo que Mera, porém, os detalhes em dourado alcançavam todo o vestido da mais velha. Arthur ainda usava a sua armadura de busto amarelo ouro e a parte de baixo verde musgo. O tridente estava sempre em suas mãos. Ele só o largava quando chegava em casa e sabia que não precisava se preocupar em ser o rei de Atlântida, pois já estariam ocupado sendo o marido de Navia e pai dos seus futuros filhos.
── Estou nervosa. ── Mera comentou para a sua irmã. Navia segurou suas mãos para tentar repassar uma energia de confiança para a mais nova.
── Não fique. ── pediu. ── Assim como eu, você também será feliz. Então apenas viva cada momento como se fosse o último. ── Mera assentiu e sorriu para a irmã assentindo com a cabeça para o cunhado, que estava ao lado da ruiva mais velha.
── Boa sorte. ── Arthur desejou e sorriu de canto para Mera. Ela se afastou e voltou a nadar para o palco do trono junto com Marcell.
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𝖣𝖴𝖲𝖪 𝖳𝖨𝖫𝖫 𝖣𝖠𝖶𝖭 ¹ ┆ 𝖠𝖱𝖳𝖧𝖴𝖱 𝖢𝖴𝖱𝖱𝖸
Historical Fictionᶜʳᵉᵖᵘ́ˢᶜᵘˡᵒ ᵃᵗᵉ́ ᵒ ᵃᵐᵃⁿʰᵉᶜᵉʳ 𝐘'𝐍𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐛𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐂𝐡𝐚𝐥𝐥𝐚 É a irmã mais velha de Mera, e diferente da irmã, ela já é uma rainha em ascensão. A primeira do trono, que não gostava e nem permitia a ideia de deixar Orm causar guerra entre...