𝐍𝐀𝐕𝐈𝐀 𝐀𝐂𝐀𝐁𝐀𝐑𝐀́ 𝐕𝐎𝐋𝐓𝐀𝐍𝐃𝐎 𝐏𝐀𝐑𝐀 A superfície no final daquele dia para poder conversar com Arthur. Após uma breve discussão sobre o fato de que ela não tinha que ter aberto mão de ser rainha para ficar com ele e Navia dando todos os seus motivos para ter feito aquilo, eles chegaram em um consenso. A partir do momento em que Navia fez um sacrifício em nome do amor e da futura família que pretendiam criar, Arthur também queria fazer o mesmo, portanto, ele concordou em se aliar com o reino subaquático.Agora que a data do casamento e dos preparativos já estavam prontos, assim como o Casamento de Mera e Marcell, eles adormeceram juntos naquela tarde e se acordaram para pedirem o jantar. Uma pizza. Mas logo, adormeceram de novo. Acordaram no dia seguinte com a campainha tocando. Arthur foi o primeiro a acordar e pular da cama, descendo as escadas em seguida. Ao abrir a porta, ele deu de cara com Marcell. O príncipe carregava em suas mãos um pedaço de papel branco e uma caneta de tinta.
Ele ergueu os objetos na direção de Arthur, que lhe encarou com um semblante confuso, mas pegou os dois objetos e começou a ler a folha de papel.
── Contrato vitalício. ── Arthur leu a primeira parte e levantou uma sombrancelha de interrogação.
── Você precisa assinar para podermos finalmente finalizar o nosso acordo. ── Marcell explicou, Arthur assentiu e suspirou frustrado, mas deu o braço a torcer e perfurou seu dedo, já que ele não tinha tinta.
Assim que assinou aquele contrato, Arthur sentiu que novos dias de paz e de glória estavam por vir, apesar do pressentimento ruim que ameaçou se apertar em seu peito, ele balançou as cabeças levando aqueles pensamentos para longe. Ele iria se casar com a mulher que ele ama, não existia nada de ruim nisso. Navia e Arthur coexistem da mesma forma que o mar e a superfície. Eles unem essas duas pontem opostas e interligam os dois mundos.
── Esse é o início de uma nova era, Arthur. ── Marcell estendeu a mão esquerda em sua direção depois de pegar o papel de volta com a direita. Arthur sorriu com disposição. ── Você não vai se arrepender, eu te prometo, meu amigo. ── eles se separaram e seguiram caminhos diferentes.
Arthur quis voltar a dormir, mas quando olhou para o relógio da parede que dava o início do arco para a escadaria do andar de cima, ele enxergou 8:00. Daqui a pouco ele iria se encontrar com Mera para discutirem sobre os planos da irmã mais nova de Navia. E, por mais que quisesse permanecer de conchinha com sua amada, ele apenas se deu por vencido e subiu para tomar um banho quente e relaxar os músculos tensionados pela sensação pessimista que ainda estava do seu lado.
Quando ele voltou do banho, estava trajando uma camisa branca, uma calça de couro preta e um sapato social preto. Arthur ajeitou o colar de dente de tubarão em seu pescoço. Ele ganhou de Vulko em sua primeira caçada contra o cardume da espécie dos Brancos. Tinha 12 anos quando venceu aquela batalha, e se orgulhava muito daquela lembrança. Deu um sorriso satisfeito consigo mesmo e recordou do rosto angelical de Navia enquanto dormia. Dando uma breve olhada para o andar de cima, Arthur sussurrou:
── Nós vamos ser muito felizes. Não importa quem a gente tenha que enfrentar. Os obstáculos se tornam fáceis de lidar quando estamos juntos e eu nunca vou deixar a nossa vida ser ameaçada. Nem nós dois, nem os nossos filhos. ── murmurou em tom baixo. ── Eu te dou a minha palavra.
Arthur preparou um café da manhã leve para Navia e deixou as suas palavras, antes sussurradas, agora escritas em um pequeno bilhete junto a uma rosa vermelha que o fez, automaticamente, pensar na sua ruiva. Ao tomar um gole forte de café e mordiscar um sanduiche, Arthur pegou as chaves de seu carro e ligou, arrancando com o veículo da frente da casa. Ao chegar no pequeno restaurante da cidade, que não ficava muito longe da costa e nem da casa do faroleiro, Tom, Arthur estacionou na última vaga existente e saiu do carro com uma cara séria. Quem não o conhecia, pensaria rapidamente que ele era de alguma gangue do centro.
Arthur encontrou Mera sentada em uma das cadeiras das mesas que estavam reservadas do lado de fora e se sentou em frente a ruiva mais nova. Mera, que folheava um jornal diante de seu rosto, retirou-o e analisou o semblante de Arthur. Ele realmente parecia um ignorante, mas quando não estava fazendo cara de quem quer matar alguém, sua carranca só mudava quando estava perto de quem gostava. Mera não era uma excessão, já que ela era sua cunhada, porém, o Curry odiava ter que acordar aquele horário mais cedo da manhã, e odiava ainda mais ter que deixar os seus aponsentos onde estava com Navia Chebella Challa na cama.
── Para de me olhar assim, credo. ── Mera reclamou. Arthur desfez a carranca e suspirou pesadamente.
── Então, sobre o que nós vamos discutir? ── perguntou apressado.
── Bom. Estamos aqui para falar sobre, não só o casamento de vocês, mas o lado financeiro também. ── ela sobrepôs as mãos na mesa enquanto entrelaçava os seus dedos. ── Eu quero arcar com os custos de tudo. ── Arthur deu uma curta risada sarcástica e a encarou desacreditado.
── Nem pensar. Eu e Navia concordamos que iríamos nos dividir em dois se necessário, mas a gente não vai depender de Atlântida para realizar a nossa cerimônia de casamento. ── Arthur negou.
── Isso não é uma opção, Arthur. ── Mera o fitou com confiança e convicção. ── Eu quero dar isso pra minha irmã como um presente. Ela abriu mão da coroa por você e pela felicidade que ela nunca achou que fosse digna de ter. Agora, mais do que nunca, meu pai tá decidido a nós apoiar e até a entregar uma grande parte dos nossos tesouros para que Navia tenha alguma coisa para poder deixar para o futuro dos meus sobrinhos. ── explicou.
Arthur começou a repensar suas ideias. Se eles pretendiam ter filhos, um apoio como aquele não poderia ser desperdiçado. Afinal, seus herdeiros seriam Atlantis e humanos também. Claro que ele queria garantir que eles teriam uma vida confortável. O Curry resolveu prestar mais atenção na conversa e suspirou derrotado enquanto cruzava os braços e se deixava levar pelos fatos condizentes com a explicação de Mera e seus motivos.
── Eu quero fazer parte disso. Não quero que ela pense que precisa se afastar de Atlântida. ── Mera exclamou. ── Em nome do meu povo e da superfície, nós devemos isso a ela. ── apontou. ── E você sabe que é verdade. ── comentou. ── Ela está fazendo sacrifícios muito grandes desde que vocês dois se apaixonaram. Esse é o mínimo que eu posso fazer para poder continuar vendo ela feliz. ── revelou, finalmente colocando um fim em sua explicação.
── Tudo bem. ── Arthur coçou a nuca intimidado pela posição de Mera e seu semblante de confiança e convicção. ── Eu vou conversar com a Navia e avisar a ela que os planos mudaram. ── ele alertou com seriedade. ── Mais saiba que só estou aceitando isso porque você é irmã dela. E tem razão quando diz que ela merece ser mais feliz e, que nossos filhos merecem ter um futuro brilhante. ── Mera sorriu satisfeita e os dois partiram para uma discussão mais suave e detalhada sobre o local e os preparativos do casamento.
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𝖣𝖴𝖲𝖪 𝖳𝖨𝖫𝖫 𝖣𝖠𝖶𝖭 ¹ ┆ 𝖠𝖱𝖳𝖧𝖴𝖱 𝖢𝖴𝖱𝖱𝖸
Ficción históricaᶜʳᵉᵖᵘ́ˢᶜᵘˡᵒ ᵃᵗᵉ́ ᵒ ᵃᵐᵃⁿʰᵉᶜᵉʳ 𝐘'𝐍𝐚𝐯𝐢𝐚 𝐂𝐡𝐞𝐛𝐞𝐥𝐥𝐚 𝐂𝐡𝐚𝐥𝐥𝐚 É a irmã mais velha de Mera, e diferente da irmã, ela já é uma rainha em ascensão. A primeira do trono, que não gostava e nem permitia a ideia de deixar Orm causar guerra entre...