11 | almoço

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- Eu não sei...

- eu só vou almoçar, eu não quero atrapalhar vocês. Sinto muito por ter acordado tarde, eu tava conversando com meus pais e o fuso horário não ajudou muito - digo enquanto meu tio pensa

- querido, não podemos levar a Infanta Ayla sem comer, ela precisa de se alimentar

- e eu sei onde é a prefeitura, tá bem. Só vou chegar uns 10 minutos atrasada...

- tá, mas o Rubén ficará com você, Ayla é sério. Restaurante para a prefeitura. Você precisa anotar tudo, tudo. - ele diz e eu fico atenta

- tá bem, eu irei. - Sofia me abraça

- eu já até sei o que planeja, você é muito boa nisso. - ela desfaz o abraço e sorri - te vejo em breve.

- tchau, até mais. - eles saem

- então, onde planeja se alimentar, Infanta?

- sabe aquele restaurante moments que comemos a primeira vez? - ele assinte - é esse.

- certo.

Enquanto íamos até o restaurante, eu já havia combinado de me encontrar com Pedri, me senti mal por ter falado daquele jeito. Tá era meu dever, mas eu também nunca tive amigos, tenho medo de estragar tudo.

Assim que piso no restaurante, vejo que ele não está cheio como sempre. O chefe me olha e vem até mim

- Infanta, Ayla! que surpresa agradável. Não sabia que viria

- obrigada, eu gostaria de comer algo delicioso para me conter de minha fome

- eu tenho um prato perfeito, mas... Onde está o rei e o resto da família Real?

- ah, não puderam vim, estão em uma reunião. Eu ainda não comi nada...

- eu já tragarei - ele se vira

- espere... - ele me olha pelos ombros - Um rapaz chamado Pedri, onde está sentado?

- Pedri? - ele parece pensar - Pe... ah o Pepi, nosso querido Pepi. Ele está sentado lá nos fundo

- ótimos, leve o meu prato ao lugar onde Pepi está acomodado, obrigada - digo enquanto Rubén me julgar com seus olhos castanhos - É um amigo meu, só irei comer ao seu lado e irei embora rápido

- Infanta eu...

- Ayla. Eu prometo Rubén, qualquer coisa tenho você por perto, certo? - digo e ele assinte. Nunca vi um sorriso dele

Ando com o Rubén atrás de mim. Assim que vejo Pedri, sorrio. Mas quando olho para o seu lado vejo um rosto indesejável. Pedri me avista e acena.

- Rubén, pode me dá privacidade? Sabe poderia fica em uma mesa diferente

- sim. Claro, Ayla. - ele diz e eu sorrio, sento na mesa e Gavi me olha com desprezo - Vocês vivem grudados é?

- sim. Mano, quem chamou ela? Achei que iríamos almoçar em paz

- eu tô ouvindo - digo e ele me olha

- que bom, você tem ouvidos - ele diz e eu fico boquiaberta

- sério, você e bastante infantil.

- olha quem fala, a princesa que queria atenção o suficiente que escondeu o rosto por anos.

- Você não sabe de nada seu piolho de anão - xingo ele em português

- o que você dis...

- chega! Parecem cão e gato.

- eu sou o gato da relação - ele diz sorrindo

- só se for o do Kohona - digo e ambos me olham. Pedri prende a respiração

- o que é um Kohona ?

- Pesquisa quando tiver tempo, senhor insuportável

- insuportável e sua voz

- o qu...

- chega gente, sério. Gavi, eu a convidei, eu nem sei por que vocês não se dão bem. O que aconteceu de tão grave? Ayla, você matou a avó dele?

- não, eu...

- não! ela não matou minha avó, mas minha dignidade me chamando de baixo e manchando meu moletom, meu moletom preferido, era o...

- Ah pelo amor de Deus, tá vendo essa criança?

- calma, calma. Gavi, é sério que você tá assim por causa disso?

- não, ela não pediu desculpas, ela ainda tentou me diminuir me chamando de egocêntrico e me chamou de idiota - ele diz contando no dedo

- eu pedi desculpas, você que não aceitou. E não, eu não quero chamar atenção de ninguém. Vocês não sabem como eu era no Brasil, então fique calado que você não sabe de nada. - ele finalmente fica calado

- olha gente, eu não quero me meter na relação ou briguinha de vocês e que... Já tá chato para quem ver de fora, então vocês resolvem isso ou vão ter que se atura sem discussões quando eu estiver por perto.

- aqui está, Alteza. - O chefe Bernardo diz me entregando um prato

- obrigada. - digo e ele sai

- Ayla, eu queria te fazer um convite. Sabe o jogo tá chegando, vai ser aqui no Camp nou. Sabe aquele que eu disse que você tinha que conhecer? - assinto com a cabeça enquanto como - pois e, vai acontecer. Vamos jogar contra Sevilha, seria demais se você aparecesse

-seria uma honra, mas infelizmente não tenho ingressos ou autorização do meu tio

- ingressos aqui. - Pedri me entregar quatro ingressos - um para você e o resto para a família Real

- que atencioso, porém, como já dito. Não tenho autorização do meu tio. - arrasto o ingresso na mesa afastado do meu alcance

- se não arrisca, não petisca - Pedri diz em português deixando surpresa assim como Gavi - o que? Raphinha me ensinou, espero ter usado no momento certo

- usou e bem. - digo e ele sorri - tá bem, perguntarei. Quando vai ser mesmo?

- vai ser ama... - o toque de meu celular o interrompe

- desculpe. - digo atendendo o celular enquanto ele fica calado - tio? Sim, ainda estou a comer. Já estou acabando. Sim, sim. Certo, faltam apenas 4 colheres. Certo, até em breve - desligo - desculpe.

- vai ser amanhã às 18:30 da noite

- falarei com meu tio. - passo guardanapo em meu lábios, me levanto e Rubén aparece logo atrás de mim - senhores, foi uma conversa aproveitosa, espero repeti-la em breve. Uma boa tarde - digo acenando e Gavi solta um leve sorriso

- vamos? - Rubén diz e eu me viro

- sim. Até mais, garotos - digo

- Até breve, Infanta, Ayla. - Pedri diz

- tchau, princesa. - a voz de Gavi sai como uma ironia porém não me viro, apenas continuo andando

Não importa se Pedri diz algo, ou se eu digo algo. Aquele garoto nunca amadurece. Sério, ele precisa de anos para amadurecer por que não é possível.

𝖙𝖍𝖊 𝖜𝖗𝖔𝖓𝖌𝖊𝖉 𝖑𝖔𝖛𝖊 >> 𝕲𝖆𝖛𝖎 Onde histórias criam vida. Descubra agora